4 interpretações marcantes de mulheres no cinema

4 interpretações marcantes de mulheres no cinema
Cristina Roda Rivera

Escrito e verificado por a psicóloga Cristina Roda Rivera.

Última atualização: 27 janeiro, 2023

Listamos neste artigo algumas interpretações marcantes de mulheres no mundo do cinema para que você possa se inspirar com estas personagens incríveis.

Quando encontramos o “dilema” de escolher um filme para ver, não é muito comum olharmos se em seu elenco predominam mais homens ou mulheres. A chave que decide a escolha parece estar mais no assunto. Nesse sentido, parece que existem certos papéis que foram escritos expressamente por e para as mulheres.

Fora do setor dos filmes mais comerciais, podemos encontrar interpretações femininas com as quais podemos nos deleitar, crescer e empatizar. Nesse sentido, diríamos que na variedade está o gosto, tanto no tema como na época ou no tipo de narrativa.

Vamos tentar oferecer uma síntese interessante, uma lista de filmes tão diferentes quanto impactantes com interpretações marcantes de mulheres protagonistas de suas histórias.

Algumas interpretações marcantes de mulheres nas telonas

“Duas mulheres” de Vittorio de Sica

O neorrealismo italiano retorna e nos presenteia com essa imensa obra com excelentes interpretações e uma história baseada em fatos reais que deixa os cabelos em pé. É baseado em um livro de Alberto Moravia, que em 1943 se instalou no sul da Itália e ali conheceu as barbaridades do que supostamente era o lado aliado encarregado de libertar o povo da barbárie do nazismo.

Filme 'Duas Mulheres'

Em uma das ações militares mais vergonhosas e sádicas da história militar, o general Alphonse Juin deu a ordem às suas tropas francesas, conhecidas como “os Goumiers”, de tomarem para si mesmos e fazerem o que quisessem nos territórios já recuperados pelo lado aliado.

Compreendendo esta “ordem” como um presente, eles realizaram atos tão cruéis quanto difíceis de imaginar. Foram muitas as mulheres italianas que sofreram algumas dessas atrocidades. Para mostrar sua história na telona, Vittorio de Sica viu em Sophia Loren a atriz perfeita para dar vida e mostrar ao espectador todo o sofrimento que as mulheres sofreram neste contexto cruel.

“Eu, Christiane F., 13 Anos, Drogada e Prostituída” de Uli Edel

Este filme de cultura alemã se baseia no relato autobiográfico de Vera Christiane Felscherinow, intitulado “Nós, as crianças da estação do zoológico”. Vera continua despertando grande interesse em seu país e o filme em que se baseou sua autobiografia é uma das histórias mais destacadas sobre o vício em heroína e suas diferentes formas de consumo.

Atriz em 'Eu, Christiane F., 13 Anos, Drogada e Prostituída'

A protagonista do filme é a jovem atriz Natja Brunckhorst, que é mais do que convincente pela naturalidade com que interpreta uma garota de 13 anos que é apenas motivada pela música de David Bowie, pelo amor de sua irmã e por sair cada vez mais para a região elegante de Berlim, onde geralmente vai o garoto que ela gosta.

Uma história que nos transporta da inocência da juventude para o consumo mais brutal de heroína que pode acabar com a vida de toda uma geração de jovens. David Bowie se mostrou tão interessado pelo romance que aceitou atuar no filme, dando-lhe assim um toque final.

“Carta de uma desconhecida” de Max Ophüls

Já na introdução se aludia à possibilidade de passar por todos os tipos de gênero cinematográfico e época. Neste sentido, o cinema da era dourada de Hollywood é uma delícia e este filme é um dos seus chocolates.Fala do amor mais platônico e idealizado, sem que em nenhum momento caia na saturação e, portanto, no perigo de que o espectador se canse dele.

A atriz Joan Fontaine está esplêndida, mostrando mais uma vez que a moderação interpretativa não tem nada a ver com fazer uma bobalhona. Sua personagem, Lisa, é tão autêntica e sonhadora que chega a confundir uma com a outra, mas sem nunca chegar a confabular uma história falsa. É um breve romance, mas o amor de sua vida e de sua memória.

Filme 'Carta de uma desconhecida'

Joan Fontaine incorpora nesta história uma mulher com personalidade. Ela pensa que não merece o amor que recebe, mas nem por isso se rebaixa, tentando progredir como uma mulher independente.

“Monster – Desejo Assassino” de Patty Jenkins

Este filme conta a verdadeira história de Aileen Wuornos, uma assassina em série norte-americana. No filme ela é interpretada por uma irreconhecível Charlize Theron, em uma das melhores interpretações femininas da história do cinema, deixando o público e a crítica sem palavras.

Alieen Lee é uma prostituta marcada por uma série de acontecimentos de vida que minaram sua autoestima. Sua mãe é estuprada por um amigo de seu pai e, aos 15 anos, ela é abandonada com a esperança de que alguém se compadeça dela e a ame.

Ela se acha muito feia por sua aparência desagradável, acentuada por algumas queimaduras da infância. Alieen negligencia cada vez mais sua aparência física, se torna alcoólatra e se prostitui, deixando muitos de seus clientes a humilharem e a insultarem.

Charlize Theron em 'Monster - Desejo Assassino'

Uma noite ela conhece Selby, interpretada por Christina Ricci, uma jovem lésbica que passa uma temporada na casa de seus tios na cidade onde Alieen vive. Nessa noite, ambas se encontram e surge uma história de amor que começa com a confusão sobre seus próprios sentimentos.

Dizem que todos merecem uma oportunidade, mas neste mundo vivem verdadeiros monstros de coração que acabam enlouquecendo até as almas mais vulneráveis, até que compreendam apenas a vingança. É imprevisível, emocionante, e em sua narração há um convite para que compreendamos como as circunstâncias da vida inevitavelmente marcam nosso caráter.

Você já assistiu a estes filmes? De qual destas interpretações marcantes de mulheres gostou mais? Se ainda não viu, já sabe o que escolher da próxima vez.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.