As 5 chaves para um bom contrato emocional

As 5 chaves para um bom contrato emocional

Última atualização: 09 dezembro, 2016

O bom contrato emocional é baseado em um compromisso genuíno com nós mesmos. Se você não ama a si mesmo, o rompe. Se você se alimenta com o salário da manipulação e da toxicidade, esse contrato também fica danificado. Temos que aprender a ser bons administradores das nossas vidas e do delicado universo das emoções.

Entendemos a palavra “contrato” como um acordo entre duas partes que se comprometem a oferecer algo e receber outra coisa em troca. No entanto, no mundo emocional essa operação é muito mais íntima. Falamos desses acordos básicos que devemos fazer com nós mesmos para sobreviver, para defender a nossa dignidade e lutar pela nossa felicidade.

Se analisarmos a questão dos contratos emocionais, perceberemos que muitos de nós já aceitaram e assumiram contratos baseados na desigualdade. Alguns deles têm suas origens em nossa infância. Há crianças que injustamente assumiram o cumprimento de “não ser amados”. Por isso, às vezes elas avançam pela maturidade arrastando o pior compromisso de todos: o de não amar a si mesmas.

Em nossos relacionamentos amorosos também selamos acordos implícitos onde, quase que sem perceber, acabamos presos. Assumimos um contrato afetivo onde a cláusula da manipulação, do egoísmo e do desprezo é assinada sem saber, com a inconsciência de um amor cego e cheio de esperanças.

Todas elas são dimensões dolorosas e complexas que devem ser confrontadas com um bom contrato emocional que vai garantir a nossa dignidade e nosso pleno direito de lutar para ser felizes. Propomos uma reflexão sobre 5 de suas chaves.

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O bom contrato emocional não deve ser violado

O bom contrato emocional requer, acima de tudo, compromisso, coragem, e uma clara vontade de começar a ser quem realmente somos. Pode ser que aparentemente essas dimensões sejam fáceis de implementar. No entanto, não são nem um pouco: os pontos desse contrato são tão delicados quanto complexos.

São os seguintes.

1. O bom contrato emocional requer, por vezes, quebrar outros contratos emocionais

O legado do nosso sistema familiar está cheio de compromissos não evocados que assumimos de forma inconsciente. Embora vejamos nossas raízes como uma unidade, como uma valiosa rede formada por nossos pais, irmãos, primos e tios, há componentes dos quais talvez nós deveríamos nos libertar.

  • Temos que levar em consideração que mesmo nos dias de hoje ainda seguimos obedecendo nosso cérebro primitivo. É ele quem nos diz aquela mensagem de “se sairmos do clã, não sobreviveremos”.
  • Além disso, em certas ocasiões é necessário romper com determinados vínculos, com determinadas linhagens. Se nosso pai, nossa mãe ou outro familiar estabeleceu um contrato emocional baseado na dor, no medo ou na imposição egoísta, chegou a hora de colocar um ponto final.
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2. Ame a si mesmo acima de qualquer coisa

A autoestima é o que nos dará a tinta indelével para selar o melhor contrato de todos: o da força interior, da autodefesa, do amor próprio…

  • No entanto, são muitas as pessoas que avançam pela vida quebradas por dentro. Secretamente feridas. Intimamente fragmentadas.
  • Temos que ter em mente que, quando uma pessoa não ama a si mesmo, procura o amparo e o reconhecimento dos outros.
  • Não faça isso. Lembre-se de que quando colocamos nossas vidas a cargo dos outros perdemos tudo, e esse é o pior contrato que podemos assinar na vida.

Ame-se. Ame a si mesmo acima de qualquer coisa. Apenas quem a ama a si mesmo é digno de ser amado.

3. O contrato emocional exige acordos com aqueles que nos cercam

Viver é chegar a acordos, é estabelecer limites, defender espaços e harmonizar o seu universo com o meu. Somos almas forçadas a viver umas com as outras, a construir felicidades em espaços comuns, portanto, os acordos são necessários.

O bom contrato emocional é realizado de maneira assertiva. Devemos deixar claras nossas necessidades sabendo também respeitar pensamentos, desejos e valores dos outros.

  • O bom acordo é realizado com um coração sincero que defende a si mesmo e que, por sua vez, é intuitivo o suficiente para escolher a melhor opção.
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A autoafirmação é uma atitude e um comportamento que deveríamos praticar todos os dias como quem segue uma dieta adequada e pratica esporte. Dizer “sim” sem medo e “não” sem culpa é muito mais do que um exercício necessário de saúde mental e sobrevivência.

Faz parte do nosso contrato emocional, é um compromisso fundamental que nos permitirá criar ambientes mais respeitosos para sermos muito mais felizes.

5. Não seja seu próprio inimigo

Sabemos reconhecer os predadores externos, aqueles que nos machucam, que nos violam. No entanto, nem sempre temos a mesma facilidade para detectar alguém que pode atuar como um inimigo terrível: nós mesmos.

O bom contrato emocional nos exige o seguinte:

  • Aceite a si mesmo, as suas grandezas, os seus defeitos, as suas virtudes e cada erro cometido.
  • Que suas desculpas não o coloquem na estação dos sonhos perdidos. 
  • Você é merecedor de tudo aquilo que deseja.
  • Lembre-se de que você não é menos que ninguém e ninguém é melhor que você.
  • Deixe de sabotar a si mesmo. Você é o responsável pela sua vida e deve acabar com os “não posso”, “não sou capaz”, “deixa pra lá”, “isso não é para mim”.
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Como podemos ver, as cláusulas desse contrato emocional nem sempre são fáceis de ser seguidas. No entanto, é essencial que o assinemos, que honremos com o bonito compromisso de cuidar e amar a nós mesmos. Fazer isso não é um ato de egoísmo, é o sopro da dignidade e a base da felicidade.

 


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