5 romances históricos que vão ampliar seus horizontes
Os romances históricos são capazes de nos transportar a outro cenário e outras épocas. Um bom romance histórico tem o potencial de nos fazer viajar para longe da nossa realidade. Isso porque pode nos apresentar uma cultura desconhecida, comidas exóticas, paisagens inesquecíveis e personagens cativantes.
Os romances históricos são um subgênero narrativo que recria um período histórico e que apresenta personagens e acontecimentos não fictícios empregando argumentos fictícios, como qualquer outro romance. Este subgênero nasceu na Europa do século XIX, no contexto do Romantismo, e rapidamente se popularizou a nível mundial.
Assim, fizemos uma compilação de cinco romances históricos icônicos que vão desde a Pré-história até a Idade Média, passando pelo Japão feudal e a Roma Antiga.
Romances históricos que você vai gostar de conhecer
Ayla, a Filha das Cavernas (Jean Marie Auel)
Esta é a história de Ayla, uma menina que, devido a um terremoto, fica isolada de sua tribo. Por isso, deve sobreviver e tentar ser aceita em outra tribo. O problema é que essa tribo é de Neandertais. Assim, somente depois de demonstrar sua coragem, Ayla é aceita por alguns membros da tribo, enquanto outros tentam lhe fazer mal.
Este romance histórico é o primeiro livro da saga Os filhos da Terra e foi publicado em 1980. A história de Ayla consegue fazer os leitores se sentirem na Pré-história. Mais especificamente na última fase da Era do Gelo, momento em que os Homo Sapiens e os Neandertais viviam em conflito, competindo por recursos e territórios.
A escritora não apenas se fundamentou em algumas das hipóteses mais importantes sobre os primeiros anos de existência dos seres humanos, mas também em algumas teorias de como nossos antepassados conseguiram sobreviver. Assim, no romance estão presentes muitas técnicas de caça e coleta, costumes, métodos de construção, etc. das sociedades primitivas.
Eu, Cláudio (Robert Graves)
Entre os romances históricos, Eu, Cláudio é um clássico. Isso se deve ao fato de que é apresentado como uma autobiografia de Tibério Cláudio, que se tornou o quarto Imperador de Roma na dinastia júlio-claudiana.
Assim, a obra recria, de certa maneira, os tempos do Império Romano desde o assassinato de Júlio César (44 a.C.) até o de Calígula (41 a.C.). Portanto, é uma representação da grandeza, crueldade e perversidade de muitos dos governantes da Roma Imperial.
Este romance, escrito por Robert Graves em 1934, é considerado um dos melhores romances históricos do século XX. Isso porque, ao longo da história, apresenta inúmeras situações que envolvem vários gêneros literários. Está repleto de traições, corações partidos, humor, loucura e, inclusive, batalhas. Dessa forma, retrata de maneira muito completa a vida e os personagens clássicos de uma época agitada da história romana.
Os Pilares da Terra (Ken Follet)
Este romance gira em torno da construção de uma majestosa catedral gótica. Conta a história de muitos personagens que, direta ou indiretamente, estão relacionados com a construção do templo. Exibe as vidas, as dificuldades e as mortes de várias gerações, desde construtores até reis.
Este romance, escrito pelo aclamado Ken Follet, alcançou grande sucesso internacional e dá início a uma trilogia. O autor nos leva à Idade Média da Inglaterra, a um fascinante mundo de disputas entre reinados e dramas entre a nobreza. Uma teia de histórias à qual poucos romances históricos conseguem se igualar.
Perfume: a história de um assassino (Patrick Süskind)
Esta é a história de um jovem, Jean-Baptiste Grenouille, que tem um olfato prodigioso e está obcecado em encontrar a fragrância perfeita. Assim, com uma grande determinação, sobe na escala social transformando-se em um famoso perfumista. Cria perfumes com capacidades fantásticas, que podem gerar sentimentos como a simpatia, o amor ou a compaixão. No entanto, para criar essas fragrâncias, precisa assassinar jovens virgens para extrair seus fluídos corporais.
Esta história, escrita por Patrick Süskind, em 1985, se passa na França do século XVIII, sendo uma descrição bastante próxima da época. É um momento em que nas ruas da França coexistiam os magníficos aromas que surgiam das perfumarias e o repugnante cheiro que vinha dos esgotos nas vias públicas. Os perfumes eram usados pela alta sociedade que vivia nas cortes, ao passo que as pessoas comuns tinham que aguentar o fedor e a miasma que se tornavam cotidianos.
Xógum (James Clavell)
Esta é a fascinante história do encontro entre o mundo ocidental e o oriental, personificada em um marinheiro inglês capturado por um Xógum no início do século XVII. Ao longo da história, o marinheiro se transforma de um desonrado prisioneiro em um samurai a serviço do grande Xógum.
Graças a este personagem, dois mundos tão distintos como a cultural ocidental e a oriental se reconciliam. Ele consegue fazer isso ao aceitar as diferenças e respeitar a filosofia e a espiritualidade japonesa da época feudal.
Xógum é um romance repleto de aventuras e reflexões filosóficas que foi escrito por James Clavell e publicado em 1975. Um romance especialmente recomendável para todos aqueles que são apaixonados pelo distante oriente e desejam saber mais sobre a vida dos samurais.