Você conhece os 7 tipos de não-monogamia?
Quem disse que os relacionamentos são construídos somente entre duas pessoas? Nos últimos tempos, graças à libertação dos papeis sociais tradicionais, muitas pessoas descobriram que a monogamia não é a única opção e passaram a conhecer os diferentes tipos de não-monogamia.
Assim, surgiram termos como a “orientação relacional”. Refere-se ao fato de que, da mesma forma que as pessoas se sentem atraídas por um sexo (ou sexos), também temos uma preferência sobre o tipo de relacionamento que mais nos agrada.
Se você é uma pessoa que está descobrindo sua orientação relacional, vai encontrar neste artigo algumas ideias sobre os 7 tipos de não-monogamia que existem. Estude-os e descubra se algum deles parece ser o certo para você.
Os 7 tipos de não-monogamia
Certamente você já teve algum relacionamento monogâmico. Pense neles por um momento e reflita sobre como você se sentiu (ou se sente) dentro dos relacionamentos que já teve. Pode ser que, ao pensar em sua experiência monogâmica, você sinta que algo falhou ou que não se encaixou 100% com você. Talvez este seja o momento de parar e repensar a maneira como vive seus amores.
A seguir você verá os 7 principais tipos de não-monogamia que existem. É claro, existem muitas outras formas de ter um relacionamento aberto. No entanto, a maioria das pessoas que praticam a não-monogamia o fazem de alguma destas formas:
Swinger
Uma relação swinger é aquela na qual existe um parceiro principal, no estilo do relacionamento monogâmico. Porém, os membros deste relacionamento fazem trocas de parceiros com outras pessoas.
A principal diferença das relações swinger com os outros 7 tipos de não-monogamia é que, aqui, os membros do relacionamento só podem fazer sexo com alguém novo se o parceiro principal estiver presente.
Casal liberal
Costumam se definir como pessoas que sentem um desejo sexual muito alto e que têm muitas fantasias sexuais. No geral, as pessoas que se definem como “liberais” não têm regras estabelecidas com respeito a como e quando podem fazer sexo com outras pessoas. Pelo contrário, elas conversam sobre seus sentimentos com seu parceiro à medida que eles surgem.
Este tipo de relacionamento pode implicar muitas formas diferentes de viver o casal. Por exemplo, algumas pessoas que praticam as relações liberais participam de sexo grupal ou troca de parceiros. Outros, pelo contrário, só são abertos a encontros casuais se estes acontecerem de forma espontânea.
Não exclusividade sexual ou polissexo
Algumas pessoas querem manter relações sexuais com diferentes parceiros. No entanto, em vez de enganar os demais, querem fazer isso de forma consentida e comunicando todas as suas intenções e ações. Neste caso, estamos falando de polissexo ou não-exclusividade sexual.
A principal característica é que as relações das quais estas pessoas gostam têm a tendência a ser casuais. No geral, os polissexuais consideram que não podem amar mais de uma pessoa por vez.
Poliamor
O poliamor difere do polissexo no sentido de que aqueles que o praticam buscam ter vários relacionamentos reais. Assim, os que escolhem o poliamor como sua forma de se relacionar se consideram capazes de se apaixonar por mais de uma pessoa.
Para conseguir ter relacionamentos desse tipo, seus defensores falam da importância de manter uma boa comunicação e expressar as emoções. Assim, todos os membros do relacionamento múltiplo têm suas necessidades afetivas supridas.
Poliamor hierárquico
O poliamor hierárquico é um tipo de relação não-monogâmica na qual há vários casais estáveis, mas alguns deles são mais importantes do que o resto. Assim, costuma-se falar de parceiros primários, parceiros secundários, e até mesmo terciários.
Poliamor não-hierárquico
Para outras pessoas, no entanto, falar de uma hierarquia vai contra a própria ideia do poliamor. Assim, os defensores da versão não-hierárquica consideram que podem amar todos os seus parceiros igualmente. Isso implica que ninguém tenha nenhum tipo de privilégio sobre os outros membros do relacionamento.
Anarquia relacional
Por último, algumas pessoas preferem desfrutar de suas relações sem colocar nenhum tipo de rótulo. Os praticantes da anarquia relacional acreditam que as regras dentro de um relacionamento só servem parar atrapalhar o vínculo afetivo.
Algum destes modelos é adequado para você?
Os seres humanos têm a capacidade de pensar, questionar, discutir e comparar; além de muitas outras faculdades mentais que permitem que as pessoas possam se desenvolver como tal. No entanto, essas faculdades mentais poucas vezes são usadas para escolher o tipo de relacionamento que mais convém às pessoas.
Por essa razão, é importante usar nossa capacidade mental para nos perguntarmos como gostaríamos de viver nossos relacionamentos. Sendo assim, se você acredita que a não-monogamia pode se para você, responda às seguintes perguntas:
- Como você se sente quanto aos relacionamentos monogâmicos que já teve?
- Você se sente oprimido ao pensar em ter um relacionamento afetivo-sexual com apenas uma pessoa?
- Acredita que não é “natural” amar e se relacionar exclusivamente com um único parceiro?
- Sente ou já sentiu atração sexual por outras pessoas estando em um relacionamento?
- Acha que falta algo nos relacionamentos monogâmicos?
- Já pediu “um tempo” ao seu parceiro porque se sentia oprimido/a?
- Já foi infiel em mais de uma ocasião? Como você se sentiu?
- Já se identificou com pessoas que falam sobre algum dos 7 tipos de não-monogamia?
- Terminou algum relacionamento monogâmico e começou outros em pouco tempo (conhecido como “monogamia em série”)?
- Como você se sentiria se pudesse ter diversos relacionamentos e compartilhar experiências e conhecimentos com várias pessoas?
- Você se sente aliviado em poder estar com mais de um parceiro ao mesmo tempo?
Se você respondeu afirmativamente à maioria destas perguntas, o mais provável é que sua personalidade ou necessidades neste momento não estejam sendo satisfeitas; talvez a melhor forma de satisfazê-las seja com relações não monogâmicas.
A boa notícia é que vivemos em uma época na qual podemos escolher.Não se trata de decidir qual é o melhor tipo de relação, mas sim de ver qual se encaixa melhor com você neste momento da sua vida.
Algumas explicações sobre a não-monogamia
Como acontece em muitos aspectos da vida, a sociedade na qual vivemos nos faz ter algumas crenças sobre diferentes realidades. Por conta da cultura ocidental ter sido construída sobre a monogamia, na cabeça de muitas pessoas podem continuar existindo algumas ideias errôneas sobre as relações não baseadas nela.
A seguir apresentamos algumas explicações necessárias para compreender algumas implicações da não-monogamia:
- De acordo com muitas pesquisas, o ser humano não é monogâmico por natureza.
- As pessoas que não escolhem a monogamia não são mais insatisfeitas, nem mais neuróticas, nem mais promíscuas, nem mais disfuncionais que as pessoas monogâmicas.
- A monogamia não é uma forma de evitar o compromisso.
- Ter relações abertas não significa que você esteja confuso ou indeciso.
- As relações abertas não acontecem somente entre pessoas jovens ou inexperientes.
Os diferentes tipos de relações não monogâmicas, em frente às mais tradicionais, implicam uma negociação mais flexível. Desta forma, existem mais possibilidades dentro delas, em função da interpretação e das sugestões daqueles que a praticam.
Abrir a mente para a existência destes 7 tipos de não-monogamia pode ajudá-lo a encontrar o modelo de relacionamento que melhor funciona para você.