8 dicas essenciais para ser um bom psicólogo

8 dicas essenciais para ser um bom psicólogo
Sara Clemente

Escrito e verificado por psicóloga e jornalista Sara Clemente.

Última atualização: 01 agosto, 2023

A psicologia é a ciência que estuda o indivíduo, seu comportamento e suas vivências. Como podemos perceber, é um campo de estudo muito amplo e extenso, que requer uma formação bastante específica e especializada. Por isso, para ser um bom psicólogo, independentemente da especialidade, é preciso ter uma série de características e habilidades fundamentais.

Segundo o Código de Ética Profissional dos Psicólogos, este profissional deve ser, em todos os momentos, respeitoso, responsável, honesto, sincero, prudente, competente e garantir a “solidez da fundamentação objetiva e científica das suas intervenções”. Mas, além de todas essas competências, o bom psicólogo é mais do que isso.

É importante que o psicólogo saiba se colocar no lugar dos pacientes que trata. É preciso contar com os mecanismos e as estratégias mentais para compreender quais são os medos, as necessidades e as particularidades das circunstâncias de cada paciente. Apenas quando alcançar esse entendimento, o profissional vai entender como abordar o caso e como pode ajudar.

A empatia é erroneamente considerada por muitas pessoas como uma espécie de misticismo. Os psicólogos atingiram tamanho grau de compreensão da mente humana que são capazes de adaptar suas ideias às do paciente.

Dessa maneira, entendem qualquer maneira de pensar, mesmo que seja radicalmente diferente da sua. Isso faz com que saibam conceder a mesma importância às ideias alheias e às próprias.

Mente aberta

Ser um bom psicólogo significa estar livre de preconceitos, estereótipos, crenças e ideias pré-concebidas. Faz referência a estar aberto a novas ideias, ao diferente e ao desconhecido.

Essa qualidade, além de permitir que qualquer pessoa viva de maneira mais plena, é essencial para esses profissionais. Nunca se sabe quem vai comparecer à consulta. Portanto, é preciso sempre estar aberto a conhecer a essência da pessoa, sua própria cultura, seus interesses e suas ideias.

Para poder adquirir esse nível de tolerância, é necessário que o psicólogo tenha previamente saído da sua zona de conforto. Aquela na qual nos sentimos protegidos e amparados pelo conhecido. É conveniente questionar, descobrir, indagar e assimilar que o que nos rodeia pode nos servir como uma verdadeira fonte de inspiração.

Segurança

Uma característica bastante relacionada com a abertura da mente é a segurança que o psicólogo tem em si mesmo e na sua capacitação como profissional. Se ele não consegue demonstrar confiança nas próprias palavras, dificilmente vai conseguir transmitir essa sensação a quem lhe pede ajuda. 

Não significa que seja pedante, muito direto ou que diga as coisas sem nenhum tato. Refere-se a transmitir as orientações de ação de maneira clara, concisa e confiável. Com certeza, titubear, dizer ambiguidades, transmitir mensagens contraditórias ou se considerar inferior ao paciente são ações que prejudicam a relação terapêutica.

Introspecção

Para conquistar esse nível de abertura mental, é necessário que o psicólogo realize previamente um trabalho muito importante de introspecção. Isso implica observar a si mesmo, se analisar e se entender. Apenas conhecendo a si mesmo é que se alcança esse melhor conhecimento em relação à condução e ao controle dos próprios estados mentais.

Acessibilidade

Essa qualidade está no meio do caminho entre a comodidade e a compreensão. É conveniente que o paciente se sinta à vontade com o profissional para, assim, poder conversar e contar seu caso, seus problemas, suas intenções ou seus maiores segredos.

Do outro lado está a empatia que consideramos uma das principais habilidades que é preciso ter para ser um bom psicólogo. A convergência entre ambas dá como resultado a acessibilidade: a facilidade e a naturalidade de poder contar ao profissional suas preocupações.

Capacidade analítica

Para poder agir, é necessário que o profissional saiba interpretar o que o paciente lhe conta. Como não deve cortar a fluidez da conversa, sua capacidade de selecionar o fundamental é essencial. Isto é, saber separar o que é importante, o fio que se deve retomar.

Essa capacidade também permite poder aplicar as técnicas de meditação mais apropriadas, garantindo com isso o sucesso da terapia. Além disso, é crucial para projetar um plano de intervenção e avaliar os resultados.

Boa comunicação

Esse é talvez um dos maiores desafios que os psicólogos enfrentam na prática diária, especialmente se ainda não possuem anos de bagagem. Saber como transportar todos os conhecimentos teóricos aos casos reais nem sempre é simples.

Portanto, é imprescindível dominar certas habilidades comunicativas e sociais para ser um bom psicólogo. Desenvolver esse dom e saber se relacionar e interagir com as pessoas são qualidades fundamentais.

Por exemplo, durante uma sessão é bom saber fazer perguntas, assim como detectar previamente qual pode ser o principal desencadeador de um transtorno ou uma patologia. Da mesma maneira, o profissional deve ter a capacidade de organizar o tempo da sessão, distribuindo os minutos de maneira eficaz.

Saber escutar

Se a consulta for realizada em um ambiente relaxado, o profissional já estará com metade do caminho andado. Se for criado um clima de cumplicidade, a outra pessoa vai conseguir falar com tranquilidade e sinceridade. Saber escutar passa por ter em todos os momentos uma atitude ativa e aberta, além de demonstrar interesse por aquilo que a outra pessoa está contando.

Ou seja, ser um bom ouvinte e demonstrar isso. É recomendável não interromper o paciente para que ele possa se expressar livremente. Assim, ele será capaz de responder às próprias perguntas retóricas que ele mesmo se faz em voz alta.

Deixar espaço para o silêncio também é muito positivo. O profissional deve observar como o paciente se comporta nessas pausas. Qual é o movimento das mãos, a postura ou os gestos. Tudo é comunicação.

Como vemos, para ser um bom psicólogo é preciso não apenas ter determinadas habilidades, mas também saber usá-las. Além disso, durante a prática da profissão é preciso manter uma atitude adequada, comprometida e rigorosa.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.