9 conselhos para superar uma crise no relacionamento
“E continuou suas pisadas com a esperança de que em algum momento olhasse para trás, lembrando dia após dia daquela doce voz que falava na sua memória, aqueles olhos que mutuamente se olhavam muito de perto e aquela forma de tremer quando ambos os corpos se tocavam.
E o seu caminhar esperançoso, ao mesmo tempo que com o coração quebrado, não duvidava em continuar em frente apesar dos mil nãos e das mil rejeições que já colecionava no seu passado recente.
E com milhões de lágrimas, ia regando suas pegadas, murchando o pouco que restava de vontade e jurando que nunca mais perseguiria os seus passos. E os seus cativos de dor se arrastavam entre o lodo de pensamentos ruminantes deixando qualquer pressentimento do que no seu dia chamou alegremente de dignidade.
E apesar das infinitas promessas feitas a amigos, familiares e a si próprio, novamente rogava. Não lhe importavam os resultados que lhe arrastassem, sempre voltava a suplicar. Sempre que acordava o sinal da angústia de dentro de si, este gritava dominando a sua capacidade de controle e deixando-se levar pelos desígnios da desesperança.
E a sua autoestima afundada e esmagada se escondia imersa na lama mais escura e profunda, abandonando a pessoa que uma vez o acompanhou. Deslocada pela melancolia das lembranças do amor quebrado e perdido, da fidelidade eterna e de projetos futuros quebrados.
E olhou para trás e pensou: O que poderia ter feito para não chegar até ali? E chorou…”
Esta história fez você refletir?
Quem não sofreu ou foi testemunha do término de um relacionamento? E das que você viveu ou foi testemunha, quantos se deixaram levar pela frustração da derrota? Quantos lutaram contra um “não” claro, contra o inevitável fim com a esperança de consertar tudo e voltar ao ponto de retomada? O que se pode fazer para não chegar até aqui?
É verdade que, em muitos casos, um “não” pode ter conserto; outros “nãos” são para sempre, mas em alguns casos podemos receber um “não” pressionado por nossa angústia, falta de controle e por querermos ter uma resposta engatilhada, quando a pessoa pode precisar apenas de um tempo para respirar. Acontece que, às vezes, essa pressão é a que empurra o outro a tomar a decisão final do “não”.
Os conflitos de casal, como qualquer conflito deste mundo de humanos, podem ter solução.
Ativar a solução requer compromisso e vontade, requer querer e fazer, ceder e compreender. Uma ruptura pode ser a saída de um dos membros do casal a uma situação que, do seu ponto, de vista é insuportável.
Inclusive em muitos casos, pode ser mais um respiro de oxigênio que um abandono real. A questão é que normalmente há uma parte ativa e outra passiva, isto é, uma parte quer a tal separação e ativa todas as medidas para esta ocorra, e uma parte passiva não o quer, nem o deseja.
O fato de ser a parte ativa da decisão não significa que sofre-se menos, e também não significa que a parte passiva é quem tem a culpa de tal separação.
Quando se fala de um término e este não tem a ver com terceiras pessoas, é preciso fazer uma autocritica, mesmo que seja difícil, porque apesar de ter tentado fazer bem as coisas, possivelmente em muitos casos, você se enganou, julgou e provocou sem querer situações insustentáveis.
O que fazer diante de uma crise no relacionamento?
Existem muitos conselhos que podemos seguir para que estas situações não cheguem a um ponto sem retorno como:
– Não impor e sim dialogar, chegar a um consenso. Deixar de lutar para ver quem tem razão, e sim explicar os seus motivos ou lógica. Focar mais no presente e não lembrar de conflitos já passados, muito menos usá-los como exemplo.
– Entender que é normal não estar de acordo com algo, olhando para isto mais como um desafio para encontrar pontos em comum do que como um conflito.
– Encorajar o seu companheiro com detalhes pelos esforços que faz para melhorar a relação ou a convivência. Os pequenos detalhes, um beijo, um abraço, uma caricia, um carinho, um sorriso ou um momento de atenção podem chegar a ser mais importantes e mais potentes que as grandes ações.
– Se você for criticar algo que não lhe agrada, melhor falar da conduta do que da pessoa, isto é, mostrar o que ela fez que não lhe agradou mais do que usar censuras ou qualificações desdenhosas pessoais. O respeito é essencial para a boa convivência.
– Diante de situações difíceis, afastar-se e tomar a decisão previamente e de forma dialogada, pensando durante um bom tempo e procurando formas de solução criativas para o problema. Quando estiverem mais relaxados, tentar dialogar e compreender de uma forma mais refletida e paciente, ambos cedendo para que os dois ganhem.
– Esforçar-se para escutar, olhando nos olhos, procurando entender o seu mundo, suas vicissitudes, suas inquietações e seus medos.
– Procurar atividades em comum e retomar aquele tempo compartilhado que era prazeroso para ambos. Aceitar o dinamismo da relação sem tentar ser uma cópia do início da mesma.
– Confiar e também dar um tempo próprio para o companheiro, não afogá-lo com chamadas ou mensagens e respeitar o seu próprio espaço. A liberdade é a semente do amor verdadeiro.
– E principalmente, dedique um tempo a si mesmo, em que não esteja o seu companheiro, onde você se lembre de quem é e por que um dia essa pessoa se apaixonou por você. Ame-se!
Albert Einstein disse:
“A energia não se cria nem se destrói, apenas se transforma”
O amor também!