Anorgasmia feminina: causas e tratamentos

Anorgasmia feminina: causas e tratamentos
Laura Reguera

Escrito e verificado por a psicóloga Laura Reguera.

Última atualização: 22 dezembro, 2022

A anorgasmia feminina é um problema que atinge um grande número de mulheres, causando um grande mal-estar psicológico e emocional. Antigamente não se falava da vida sexual das pessoas. Na verdade, pouco importava se ela era satisfatória ou não para as mulheres, já que o papel delas era meramente reprodutivo ou como objeto do desejo masculino, mas sem direito a aproveitar.

Felizmente, as mulheres estão cada vez mais conscientes da importância desse âmbito da vida e como ele influencia a saúde física e mental. O papel da mulher tem ganhado relevância e sua sexualidade está começando a adquirir um significado muito mais abrangente. Mesmo assim, ainda falta muito a ser conquistado, por isso é importante não considerar esse problema como resolvido e seguir progredindo nessa área.

“Nada amedronta mais o discurso normativo do sexo do que o desejo feminino, e nada compreende menos que a sexualidade feminina”.
-Valerie Tasso-

Mulher segurando abacaxi

O que é e por que surge a anorgasmia feminina?

A anorgasmia feminina ou orgasmo feminino inibido é a ausência ou demora persistente ou recorrente do orgasmo depois de uma fase normal de excitação sexual. Ou seja, quando a mulher sente desejo sexual, mas não consegue chegar ao auge intenso do prazer que se alcança com o orgasmo.

Por que isso acontece? Na verdade, isso pode ter várias causas. Por um lado, envolve de maneira notável a educação sexual recebida por essa pessoa. Existe a ideia equivocada de que a mulher tem que chegar sempre ao orgasmo mediante a penetração, quando na realidade é muito mais frequente que ocorra através da estimulação manual ou oral do clitóris.

Portanto, uma pobre ou nula estimulação desta parte do corpo pode ser uma das causas desse problema. Também pode ser a presença de um lapso de atenção no próprio comportamento ou uma auto-observação excessiva durante o ato sexual, unida a uma série de pensamentos negativos obsessivos sobre o próprio desempenho.

“A sexualidade é o 50% do que você aprendeu e o 50% do que as pessoas pensam que têm”.
-Sophia Loren-

Além do mais, influencia bastante o fato da ausência ou escassez de um histórico de masturbação na mulher, como também se distrair ou acreditar que elas não devem ter fantasias (e, portanto, isso acaba sendo bastante prejudicial). Por último, deve-se considerar certos remédios que podem contribuir para o surgimento de dificuldades para chegar ao orgasmo.

Mulher sentada em galho de árvore

Qual é o tratamento para a anorgasmia feminina?

Como se pode ver, muitas das causas da anorgasmia feminina são de origem psicológica. Por isso é importante realizar um tratamento com um psicólogo especializado. Para que seja eficaz, deve existir um pilar fundamental: a educação psicológica e sexual.

É importante que as mulheres entendam a natureza daquilo que acontece com elas e sua sexualidade. Por outro lado, é vital que elas entendam que são irracionais as crenças que  valorizam e que não têm uma base real.

Porém, além de trabalhar os conhecimentos e as ideias sobre o sexo, é necessário fazer a parte prática. Isso deve ser personalizado em cada mulher, incluindo exercícios de focalização sensorial e estimulação.

Primeiro, será ela a que deve explorar seu próprio corpo de maneira gradual até conseguir o orgasmo, e depois deve mostrar ao companheiro o tipo de estimulação que deseja para chegar a sentir esse prazer tão característico.

Junto com este último, também é importante incluir um treinamento em habilidades sociais e técnicas assertivas, pois elas melhoram a comunicação do casal e as habilidades de relacionamento são um passo fundamental para conseguir o êxito no tratamento. Como vimos, a anorgasmia feminina é um problema que pode ser superado. Devemos trabalhar nisso!

“Nossos desejos são sussurros do nosso eu autêntico, aprenda a respeitá-los e escutá-los”.
-Sarah Ban Breathnach-


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.