Aprender a dar consolo

Aprender a dar consolo

Última atualização: 24 março, 2017

Quando alguém está passando por uma situação difícil, a última coisa que essa pessoa quer é escutar conselhos que pedem para ignorar o ocorrido, que o menosprezem ou que existem coisas piores para se preocupar. O que a pessoa necessita é compreensão e consolo, não que minimizem seu sofrimento.

Menos palavras e mais ação na hora de dar consolo

A maioria de nós já passou alguma vez por uma perda importante, uma notícia dolorosa, uma doença de difícil administração ou alguma situação que nos afeta severamente. O que esperamos dos demais nesses momentos não são frases feitas, mas sim atitudes que permitam sentir compreensão e apoio.

Agimos de maneira equivocada quando tentamos amenizar a situação, pensando que assim vamos ajudar o outro a aliviar sua carga. Esta atitude demonstra falta de empatia e pode até soar agressiva para quem está do outro lado. É uma maneira de diminuir ou eliminar os sentimentos do outro, que são legítimos. O pior é que geralmente banalizamos a dor da outra pessoa para podermos preservar a nossa própria tranquilidade.

Uma pessoa aflita, na maioria das vezes, só quer ser ouvida com atenção, sem julgamentos. O ato de escutar, por si só, é a melhor maneira de consolar a quem sofre. Saber que alguém está disposto a acolher esse sofrimento, sem questioná-lo, alivia a dor.

Algumas pessoas simplesmente não querem falar sobre o que está acontecendo com elas, tudo o que elas querem é que os demais respeitem seu silêncio. Nesses casos, é sempre bom evitar referir-se ao tema que é motivo de aflição, é uma maneira de compreender e de acompanhar. Sua atitude não será interpretada como indiferença, muito pelo contrário.

Ser sensível ao outro

Não existem fórmulas feitas para consolar uma pessoa que sofre. Cada um tem um modo particular de assumir sua própria dor, assim como nem sempre essa mesma pessoa vai experimentar o sofrimento da mesma maneira em todas as circunstâncias da vida.

A única condição para consolar eficazmente a outra pessoa é ter uma disposição genuína. Consolar é basicamente oferecer companhia afetuosa, respeito e apoio. Para isso, o importante é demonstrar, com gestos e atitudes, que você está ali, que a dor do outro não incomoda e que você a compreende.

Não tenha receio de perguntar explicitamente à outra pessoa se há alguma forma específica de ajudá-la. Às vezes há necessidades que não são tão evidentes, ou não damos importância a algumas ações que podem ser determinantes para quem está diretamente envolvido em uma situação difícil.

Por outro lado, consolar um adulto é diferente de consolar uma criança. Nos pequenos, a ação de consolar pode ser mais fácil “porque basta tocá-los, é um trabalho mais corporal” diz a psicoterapeuta Irmtraud Tarr; então, ambos os cérebros se sincronizam.

O mais importante, em todo caso, é que você abra seu coração aos sentimentos e necessidades da outra pessoa. Representa um enorme consolo saber que alguém tem boa vontade para nos entender em determinada situação. Consolar é uma arte, e toda arte requer sensibilidade e empenho.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.