A arte de amar

A arte de amar

Última atualização: 14 maio, 2015

O amor. Uma palavra tão simples para um sentimento tão complexo, avassalador e emocionante.

Todos nós chegamos a este mundo sem um manual de instruções; caímos de uma chaminé para esse jardim exótico chamado Terra e caminhamos por ele sem o conhecimento adequado, cheios de medos e dúvidas; mas com muita vontade de aprender, experimentar, amar e sofrer.

A arte de amar começa com muitas esperanças e expectativas, e mesmo assim fracassamos muitas vezes. Como seres racionais que somos, deveríamos aprender com as nossas experiências, reconhecer nossos erros, nos tornarmos pessoas melhores para superar os fracassos e entender melhor o que significa e o que traz para nossa vida esse sentimento chamado amor.

O amor não é um ato passivo. Amar é um contínuo “dar e receber”, mas não confunda a palavra “dar” com renúncia e sacrifício.

O psicanalista Erich Fromm, em seu livro “A arte de amar”, introduziu pela primeira vez os elementos básicos que devemos levar em conta para conceituar o amor. Abaixo, um pequeno resumo.

A arte de amar

1- Cuidado

O amor é uma preocupação ativa por toda a vida e crescimento de quem amamos. Esse conceito não se refere somente ao amor entre a mãe e o filho, mas também entre um casal. É fundamental cuidar da pessoa amada e saber quais são suas necessidades.

2- Responsabilidade

Não é um dever ou uma obrigação, mas é um ato voluntário da nossa parte. É uma resposta adequada às necessidades expressas ou não do nosso parceiro. “Ninguém me obriga a ser responsável por você, faço isso porque o amo e quero seu bem estar”. Esse conceito é delicado e pode resultar em algo tão perigoso como a dominação ou possessividade. Sentir-se responsável pode nos fazer cair na armadilha de “assumo a responsabilidade por você, porque você pertence a mim”. Nada pode estar mais longe da verdade. Ser responsável é respeitar e cuidar da outra pessoa, possibilitando o seu crescimento pessoal e valorizando a sua individualidade.

3- Respeito

Se amamos uma pessoa, devemos “respeitar o outro como ele é, e não como queremos que seja”. Os seres humanos não são objetos que podemos possuir ou dominar, mas sim pessoas que contribuem e enriquecem os demais com sua forma de ser e sua individualidade. É uma interação onde ambos dão e recebem. Temos que alcançar nossa maturidade e independência, sem projetar no outro nossos medos, inseguranças e necessidades; sem explorarmos e nos tornarmos “vampiros emocionais”.

O amor é um desafio constante. Não é algo fácil onde tudo corre com tranquilidade e harmonia. Temos que avançar, crescer, compreender e trabalhar em conjunto. É um turbilhão, onde tudo pode acontecer: harmonia e conflito, alegria e tristeza. O amor é uma arte que nos enriquece como pessoas; é um aprendizado. Amar é uma experiência pessoal que cada qual só pode ter por si e para si.

Como disse o psicanalista Erich Fromm “para amar o outro é preciso antes amar a si mesmo”


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