10 atitudes que acabam com a nossa energia

Por vezes, continuamos praticando determinadas atitudes que, longe de nos ajudar, acabam nos prejudicando. Pois bem, neste artigo, vamos identificá-las e apresentar algumas estratégias para eliminá-las da sua vida ou limitar seus efeitos.
10 atitudes que acabam com a nossa energia
Laura Rodríguez

Escrito e verificado por a psicóloga Laura Rodríguez.

Última atualização: 22 dezembro, 2022

Existem atitudes que acabam com a nossa energia, que nos deixam física e mentalmente exaustos. Em certos casos acabamos fazendo coisas, às vezes sem perceber, que roubam nossa energia, desviando-a para preocupações e estados mentais negativos que nos deixam mal.

Vale destacar que todos os seres humanos são seres de energia, a qual é o motor que nos permite trabalhar com motivação e aproveitar ao máximo todas as oportunidades que aparecem em nossas vidas.

A energia é aquilo que nos leva a fazer o que gostamos e a realizar estas ações com sucesso. “A energia é essencial para satisfazer nossas necessidades mais básicas”, afirma a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Você se sente sem energia, mentalmente exausto, desmotivado e constantemente preocupado? Talvez você esteja tomando algumas atitudes que acabam com a sua energia. Destacamos, a seguir, algumas das que consideramos mais relevantes.

Mulher sem energia

1. Viver preso ao passado

Viver preso ao passado significa reviver continuamente o que já passou, aquilo que já aconteceu. É a saudade de um tempo passado que gostaríamos de recuperar. Infelizmente para muitos, o passado não pode ser mudado. Não se pode modificar o que já aconteceu.

Por outro lado, o presente e o futuro estão em nossas mãos. Viver preso ao que não se pode mudar em vez de viver o presente, o aqui e agora, rouba nossa energia e nos deixa mentalmente exaustos.

Então, não seria mais saudável gastar energia naquilo que pode ser modificado, naquilo que está em nossas mãos no presente, em vez de gastar toda essa energia recordando situações passadas?

 “Se o presente tentar julgar o passado, perderá o futuro”.
-Winston Churchill-

2. Sentir culpa

Em referência à seção anterior, Patti Brietman, em sua obra Como dizer ‘Não’ sem sentir culpa, afirma que o sentimento de culpa rouba nossa energia.

Por isso, aceite o que aconteceu e liberte-se da culpa que carrega em seus ombros. É ela que não lhe permite ver o futuro, nem viver o hoje.

3. Falta de assertividade

Por que temos dificuldade para dizer ‘não’? São muitas as pessoas acostumadas a ceder, a fazer as coisas para agradar. Pessoas que, frequentemente, têm medo de dizer ‘não’ porque não querem contrariar os outros ou parecer egoístas.

Nesse sentido, dizer ‘sim’ constantemente nos leva a ter tempo para todos, mas não para nós mesmos. Dessa forma, acabamos esquecendo de nós mesmos para agradar aos outros.

Não dizer ‘não’ nos deixa exaustos, acaba com a nossa energia, pois nos obriga a estar muito ocupados fazendo coisas pelos outros, deixando em um segundo plano as nossas necessidades e os nossos desejos.

 “É preciso dizer ‘não’ para mil coisas a fim de ter certeza de que você não está se equivocando ou tentando se envolver demais”.
-Steve Jobs-

4. Dificuldade para pedir ajuda

Todos nós conhecemos alguém que prefere empregar uma boa quantidade de recursos para solucionar um problema antes de pedir ajuda. Certamente conhecemos alguém que prefere fracassar antes de permitir que outros se somem ao projeto a fim de fazê-lo funcionar.

Regular com inteligência nossos recursos implica saber delegar, pedir ou exigir ajuda e conselhos em situações em que contar com os demais pode transformar uma grande montanha em um pequeno monte.

Isso acontece dessa forma especialmente no mundo em que vivemos. Deixamos de lado a economia de subsistência: cada um se especializa na prestação de um serviço, deixando o resto para os demais.

5. Preocupar-se em excesso

Muitas das nossas preocupações dizem respeito a acontecimentos que antecipamos. Assim, não podemos deixar de nos fazer a seguinte pergunta: faz sentido se angustiar pelo que ainda não aconteceu?

As pessoas que têm como um hábito ficar preocupadas gastam uma boa parte de suas forças lidando com esses pensamentos. Portanto, a preocupação rouba grande parte da sua energia, gastando muito tempo pensando no que acontecerá quando ainda não aconteceu.

 “Há dois tipos de preocupações: aquelas sobre as quais se pode fazer algo a respeito e aquelas que não. Não se pode perder tempo com as segundas”.
-Duke Ellington-

6. Viver reclamando

O psicólogo Joan Garriga afirma que “Reclamar é uma ação que diminui a vitalidade das pessoas”.  Consequentemente, reclamar constantemente sobre as coisas que acontecem em nossas vidas é uma das atitudes que acabam com nossa energia.

A espiral contínua de queixas não nos leva a lugar algum. Pelo contrário, nos paralisa.

 “A reclamação, utilizada em certas ocasiões, é um modo de descarregar ou uma válvula de escape em relação ao que está acontecendo, nos libertando de certa maneira. Mas quando nos apegamos a ela, esgotamos grande parte da nossa energia ao reclamar”.

7. Projetar para o futuro aquilo que não gostamos

Por vezes, postergamos planos ou obrigações porque temos preguiça. Dessa maneira, nossa agenda fica repleta de tarefas pendentes.

Deixar tarefas que não gostamos de realizar para o futuro é como carregar uma nuvem, preparando uma tormenta de consequências imprevisíveis de caráter negativo.

 “Qualquer coisa que você possa sonhar, que você possa fazer, comece a fazê-la. A ousadia envolve genialidade, poder e magia. Comece agora!”.
-Goethe-

8. Ver o lado negativo das coisas constantemente

Se você pensa no lado negativo das coisas, se você acha que algo ruim vai acontecer, se você pensa constantemente que alguma coisa vai dar errado, provavelmente isso vai acontecer porque você mantém uma atitude negativa.

É o que se conhece como profecia autorrealizável. O sociólogo Robert K. Merton afirma: “a profecia autorrealizável é, inicialmente, uma definição falsa da situação que desperta um novo comportamento, que faz com que a falsa concepção original da situação se torne verdadeira”.

Portanto, seguindo o pensamento do autor, se você acha que alguma coisa vai dar errado, provavelmente isso vai acontecer.

Mulher brigando com o parceiro

9. Tentar controlar tudo

Tentar controlar tudo ao nosso redor é exaustivo e é uma das atitudes que acabam com a nossa energia. Exige um esforço em vão que nos transforma em fábricas de frustrações e de ansiedade por nunca conseguir ter o nível de controle desejado.

Nesse sentido, pensar a todo momento em colocar cada ficha do tabuleiro da vida em determinado lugar é complicado quando você não é a única pessoa jogando essa partida. Será que podemos controlar tudo que nos rodeia?

 “Se pensarmos que podemos controlar as rédeas de coisas que, por natureza, fogem do nosso controle, ou se tentarmos nos apropriar dos assuntos dos outros, nossos esforços serão destruídos e nós vamos nos transformar em pessoas frustradas, ansiosas e excessivamente críticas”.
-Epicleto-

10. Não se permitir parar e desconectar

Sentar no sofá, tomar um banho relaxante ao chegar em casa, assistir a um filme com um amigo, ler um livro ou, talvez, ligar para aquela amiga com quem você quer conversar há tanto tempo.

Existem infinitas formas de parar e desconectar, e aqui destacamos a importância de fazer isso. Assim como indica Maslow em sua pirâmide sobre a hierarquia das necessidades humanas, descansar é uma parte fundamental para o equilíbrio. 

Para concluir, lembre-se de que a vida que transita pela via da preocupação acaba sendo um percurso de escasso valor e muito sofrimento. Por isso, ria, chore, ame, sinta.

Perder grande parte do nosso tempo preocupados, pensando no que poderia ter sido ou reclamando, são atitudes que nos levam a esquecer o presente, o aqui e agora, e, consequentemente, nos impedem de aproveitar cada sensação.

“Você ama a vida? Pois se você ama a vida, não desperdice seu tempo, porque o tempo é o bem que constitui a vida”.
-Benjamin Franklin-


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  • Wilson, K. G., & Soriano, M. C. L. (2014). Terapia de aceptación y compromiso (ACT). Ediciones Pirámide.
  • Branden, N., & Senestrari De Salvi, M. (1990). El respeto hacia uno mismo: cómo vencer el temor a la desaprobación de los demás, el sentimiento de culpa, la inseguridad.

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