A boa saúde é resultado da coerência e do equilíbrio

A boa saúde é resultado da coerência e do equilíbrio

Última atualização: 15 dezembro, 2016

Várias medicinas complementares ou alternativas defendem que a boa saúde é fruto do equilíbrio interior, mais do que qualquer fator externo. Esse equilíbrio, por sua vez, é alcançado a partir da coerência na forma de pensar, sentir e agir. Nós conseguimos tudo isso quando somos capazes de resolver os conflitos que muitos de nós guardamos.

Para chegar a essas conclusões, existem ramificações que estudam o momento da vida em que uma doença é produzida. A Fundação Chiozzs da Argentina, por exemplo, tem milhares de casos que foram analisados durante 30 anos. Em todos eles, foi possível encontrar uma relação direta entre a perda da saúde e algum conflito que as pessoas se negavam a reconhecer.

Entretanto, Enric Corbera, psicólogo espanhol, afirma que o segredo para recuperar a boa saúde é alcançar a “emoção oculta”. Segundo ele, esta emoção poderia inclusive ser transmitida a partir de uma geração anterior.

Assim, para ter uma boa saúde, temos que perguntar dentro de nós para identificar aqueles cantos escuros que necessitam de uma limpeza. A tomada de consciência se traduz em comportamentos mais coerentes, ou seja, mais de acordo com o que realmente desejamos fazer. Finalmente, isto se projeta como um estado de maior equilíbrio e, com isso, nosso corpo ficará melhor.

A boa saúde e a coerência

Falamos de coerência quando o que você sente coincide com o que você pensa e faz. Nenhum ser humano tem uma coerência absoluta, mas quem ostenta uma boa saúde mental é basicamente coerente nos aspectos mais importantes da sua vida. Por isso não tem que passar por um grande desgaste emocional diante de cada situação.

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As pessoas coerentes costumam sentir mais interesse pelo seu trabalho. Elas buscam as companhias que lhes agradam e estabelecem relações que primam pela harmonia e pelo carinho. Elas também são boas em negociar com as limitações naturais que percebem nelas, sem caírem na angústia ou no desespero. E, como têm precisamente essa coerência, em geral desfrutam de uma boa saúde, já que as suas emoções se movem a um ritmo que podem controlar.

Por outro lado, outras pessoas experimentam um mal-estar constante devido à sua forma de vida, mas não conseguem identificar exatamente de onde ele provém, muito menos fazer esforços reais para superar esta inconformidade. Essas pessoas queriam ser outras, ou viver de outra forma, mas não se esforçam realmente para fazer essas mudanças.

Neste caso, cada situação pode implicar um alto grau de desgaste emocional. Se eles não trabalham no que desejam, terão que fazer muitos esforços para suportar isso. Se viverem ou estabelecerem laços onde há um forte componente de dano mútuo, se verão obrigados a superar inúmeras dificuldades de cada vez. E assim, neste turbilhão de emoções, o mais provável é que a sua saúde acabe prejudicada.

O equilíbrio e a saúde

Muitos definem a doença como a perda de equilíbrio em um ou vários aspectos da vidaUm mal-estar de saúde estaria indicando que foi produzido um excesso ou uma falta na troca com o ambiente que o envolve. E, principalmente, que o organismo não foi capaz de superar a falta ou a abundância de algo.

Quando as emoções estão alteradas por alguma razão, o que acontece é precisamente que o nosso corpo perde o seu equilíbrio e não pode funcionar normalmente. Este equilíbrio é químico em primeira instância, mas se ele for mantido por muito tempo, irá repercutir fisicamente na estrutura dos nossos órgãos.

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Isto pode ser facilmente comprovado quando, por exemplo, você está sentindo muita raiva, ou viveu algo que o impressionou muito, e logo em seguida pedem para você comer. Certamente o seu próprio corpo se encarregará de rejeitar o alimento, porque primeiro ele deve apaziguar os efeitos desta experiência. Uma vez restaurada a calma, o corpo voltará a assimilar a comida com normalidade.

O exemplo é simples, mas serve para ilustrar a forma como o lado emocional pode condicionar o funcionamento do nosso corpo. E se isto ocorre com frequência, definitivamente o corpo acaba ficando doente. Mas não é o fator externo que deixa você doente, e sim estes conflitos que são expressados como estados emocionais alterados e que impedem que o seu corpo aceite e processe o que vem de fora. O caminho para a saúde é chegar a estas emoções disfarçadas, tirar a máscara delas e resolvê-las.


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