Para um casal, a liberdade é o ar que revive o amor

Para um casal, a liberdade é o ar que revive o amor

Última atualização: 29 agosto, 2016

Somos seres humanos pertencentes a uma sociedade que não escolhemos, uma sociedade em que as canções falam do tanto que as pessoas se amam, de que necessitam um do outro e do idílico que é ter alguém. Nos filmes infantis vemos como príncipes salvam as princesas de dragões para que sejam SUAS rainhas, onde é quase obrigatório que ambos sejam uma pessoa só. Mas… onde se encaixa a LIBERDADE, a independência, o projeto individual?

Uma casa, um móvel, um computador ou inclusive um animal de estimação podem lhe pertencer, mas não uma pessoa. O ser humano pertence a ele mesmo, ao universo e a suas experiências de vida. Ninguém tem o direito a tirar sua identidade e cortar suas asas.

Como sobrevivemos aos relacionamentos “românticos”

Nos últimos duzentos anos podemos ver como se estabeleceu o conceito romântico do amor, de completar-se, de ser apenas um e de fazer com que cada dia da outra pessoa seja único por estar ao seu lado.

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Você conhece uma pessoa e tudo é maravilhoso, tudo é novo nos primeiros meses, cada gesto, cada palavra, cada lugar. Você não quer se separar dessa pessoa por nada desse mundo, você começa a criar dinâmicas a dois, onde antes era um. Isso é maravilhoso, mas o tempo passa e as dinâmicas correm o perigo de se converter em necessidades, de maneira que tudo o que um faz sem o outro é interpretado como egoísmo.

Aqui está o erro, é preciso sermos suficientemente racionais, dentro do irracional que o amor traz, para não perdermos a nossa liberdade, para termos consciência das atividades individuais, dos amigos próprios e dos momentos de solidão, pois o amor também precisa de tudo isso.

A conversa é a melhor maneira para promover a independência

Para poder promover a liberdade e a independência, é importante manter uma comunicação saudável e funcional. Não deve ser um problema informar ao seu companheiro seus planos. Não é saudável ter que pensar como negociar o que você quer fazer, como se se tratasse de uma barganha, o relacionamento não é um negócio, deve ser um lugar de confiança e compreensão onde devemos despejar o melhor de ambos.

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Na hora de discutir a relação é preciso ter em mente, de ambas as partes, que você não apenas fala com o seu companheiro: fala com seu companheiro e com a sua experiência vital. É bom que aqui entrem duas atitudes em jogo. Por um lado a compreensão de que é preciso se adaptar a você mesmo, já que talvez no passado você tenha vivido coisas que a tenham deixada desconfiada e com medo. Desde outra perspectiva, é preciso entender que adiante você não tem o seu passado, mas sim uma pessoa nova que vai lhe proporcionar um novo futuro e vai ser maravilhoso para os dois.

Aproveitar o outro, compartilhando um tempo de qualidade e liberdade

É possível encontrar a maior liberdade quando aproveitamos nosso tempo e aumentamos a sua qualidade, assim como quando agradecemos o tempo que o outro nos dedica. Gerando essa corrente, podemos valorizar a pessoa que temos ao nosso lado e cada gesto que ela tem conosco, sem acreditar que você está obrigado a fazê-lo porque é o que dita a sociedade para o seu papel num relacionamento.

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Portanto, como conclusão, seria bom lembrar que para um casal o espaço é vital, tanto o que se compartilha, como o que é particular. De fato, o mais provável é que favorecendo o particular também se enriqueça o que é compartilhado. Sentir saudades, sentir a necessidade do outro ou ter tempo para refletir são exemplos dessas atividades que podem somar muito ao seu relacionamento e que são complicadas de sentir ou de fazer se vocês passam o tempo todo juntos.

 


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