As cicatrizes ensinam; os carinhos também

As cicatrizes ensinam; os carinhos também

Última atualização: 06 junho, 2015

As cicatrizes nos mostram que o passado foi real. Não é fácil aceitá-las, mas fazem parte de nós, e como tal, devem ser assumidas. O modo como encaramos essas cicatrizes nos permite ver a vida de uma forma agradável, ou pelo contrário, arrastar pequenos traumas.

Colocar numa balança as boas e más experiências nos permite compreender que o que somos hoje, resultado tanto dos fatos negativos como dos positivos. Nossa personalidade é determinada pelas perdas, sofrimentos, erros e também pelo afeto que damos e recebemos.

Por exemplo, não há aprendizado maior do que aquele que as crianças recebem dos pais; apenas um carinho, um toque, já estimulam os neurônios do cérebro do bebê, promovendo o seu desenvolvimento e dando-lhe segurança. Tudo na vida é aprendizagem; aceite suas experiências com tranquilidade.

Como aceitar as cicatrizes

Não importa a nossa idade. Todos nós já experimentamos, em maior ou menor grau, algum sofrimento psicológico que deixou cicatrizes profundas. É interessante entender qual foi o impacto disso na nossa vida. Ficamos mais cautelosos e medrosos? Nos tornamos mais fortes para enfrentar a vida com coragem e determinação? O sofrimento nos amadurece e também nos faz enxergar onde erramos e o que devemos mudar.  Cada pessoa enfrenta as experiências de uma determinada forma. O essencial é assumir sua realidade e redirecionar a vida. Assumir, aceitar e seguir em frente.

Aprendendo com as boas lembranças

Qualquer lembrança positiva pode servir como “âncora” em nosso dia a dia. As lembranças de uma época feliz da nossa vida deixam uma impressão agradável, uma sensação de tranquilidade, onde podemos voltar sempre que precisarmos de segurança e confiança para enfrentar o presente. São como abrigos onde nos refugiamos para encontrar a  força necessária e enfrentar a nossa realidade, a nós mesmos e para recordar que somos capazes de enfrentar os obstáculos. Diga à você mesmo; “tudo valeu a pena”.

A técnica da linha da vida

Às vezes, os psicólogos aplicam um exercício simples para avaliar o ciclo de vida de uma pessoa. Esse exercício mostra de uma forma gráfica que, em nossa vida, temos experiências positivas e negativas que foram superadas ou não. Ele destaca os momentos de mudança, as experiências importantes, nossa história pessoal e os projetos futuros. É muito fácil de realizar.

Numa folha de papel ou cartolina desenhe uma linha bem longa. Marque as datas que considera mais significativas, desde o nascimento até hoje (estudos, trabalhos, doenças, mudanças pessoais e familiares). Reflita sobre seu passado e escreva em cada ponto como se sentia naquele momento, o que pensou e como esse acontecimento mudou sua vida. Uma vez concluída essa fase, aumente essa linha e pense no futuro. Coloque suas metas, objetivos e trace seus planos para “chegar lá”.

A linha da vida reflete toda a nossa existência: tudo o que já vivemos e o que desejamos para o nosso futuro.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.