6 consequências emocionais do estresse
Você já sofreu de estresse? Você acha que esse fenômeno afeta apenas o corpo? A realidade é que há uma série de consequências emocionais do estresse que devemos considerar.
Embora o estresse possa ser adaptativo em momentos específicos, o estresse prolongado afeta negativamente nossas emoções e nosso estado de espírito. Conheça as consequências das quais estamos falando a seguir.
“A mente tem uma grande influência sobre o corpo, e as doenças muitas vezes se originam nela.”
-Jean Baptiste Molière-
O que é o estresse?
O estresse é um estado fisiológico e psicológico que surge quando as demandas do entorno excedem nossos recursos e capacidades. Quando nos sentimos estressados, nos sentimos oprimidos; Este estado nos prepara para reagir mais rapidamente aos sinais ambientais (especialmente sinais de alarme).
Porém, existem diferentes tipos de estresse, e não é a mesma coisa sofrê-lo quando somos atacados por um leão (estresse específico, adaptativo e justificado) e vivê-lo de forma crônica e persistente (e por outras causas, como o trabalho).
O estresse surge de um mecanismo muito primitivo, desenvolvido ao longo de milhões de anos de evolução. Por esse motivo, não só as pessoas sentem estresse, mas também os animais (para garantir a sua sobrevivência).
Como ele nos afeta?
O estresse afeta o corpo (em um nível fisiológico), mas também afeta nossos pensamentos e emoções. Portanto, sofrer de estresse não implica apenas exaustão emocional e fadiga, tensão, hiperexcitação, mas também ansiedade e desconforto, por exemplo.
Quais são as consequências emocionais mais frequentes do estresse? Vamos falar sobre elas.
Consequências emocionais do estresse
Como vimos, o estresse afeta nossas emoções, uma vez que emoções, corpo e mente não podem ser desintegrados. Algumas das consequências emocionais mais proeminentes do estresse são:
1. Desconforto decorrente da falta de controle
Uma das principais consequências emocionais do estresse é o desconforto que surge da falta de controle das emoções e sensações. Nesses casos, a pessoa que sofre de estresse sente vontade de controlar o que sente e o que acontece com ela.
No entanto, ao se sentir “sobrecarregada”, com incapacidade de controlar essas sensações, ela sente desconforto. A esse desconforto às vezes se somam a impotência e a preocupação por nunca poder mudar a sua situação (desesperança).
2. Ansiedade
Quando sentimos estresse, como já dissemos, muitas vezes tentamos controlar o que nos acontece por dentro e por fora. É por isso que podemos tender a verificar continuamente as coisas que queremos mudar (ou que queremos ter certeza de que estão “ok”).
Essas verificações costumam levar a mais ansiedade e a uma sensação de desamparo aprendido.
Um exemplo dessa consequência emocional do estresse seria verificar se fizemos um relatório perfeito para o chefe, por medo de que ele nos repreenda e aumente o nosso estresse.
3. Pensamentos negativos
O estresse também afeta nosso sistema de pensamento, alimentando pensamentos catastróficos e negativos (também típicos da ansiedade).
Isso tem um impacto direto sobre as nossas emoções e o nosso estado de espírito. Pensar negativamente pode nos deixar mais fracos e tristes e, como em um círculo vicioso, nosso estresse aumenta.
4. Desamparo aprendido
O desamparo aprendido, mencionado no ponto anterior, é outra das consequências emocionais do estresse. Ele é definido como a sensação de que as coisas não dependem de nós e de que não podemos fazer nada para mudar – e melhorar – a nossa situação.
Quando sofremos de estresse e, sobretudo, estresse prolongado ou crônico, podemos acabar desenvolvendo essa percepção, o que gera mais incertezas, desconforto e angústia.
5. Aumento da irritabilidade
A irritabilidade é outra das consequências emocionais do estresse. A irritabilidade implica que nosso limiar ao reagir a eventos do entorno diminui. Isso significa que ficamos mais vulneráveis e que as coisas nos incomodam com mais facilidade.
Quando estamos estressados há muito tempo, nossa irritabilidade aumenta por vários motivos; estamos física e emocionalmente exaustos e, além disso, o fato de estarmos “sobrecarregados” significa que não temos tanta paciência para reagir com calma às situações.
6. Burnout
Segundo Gil-Monte (2002), citado no estudo de Zavala (2008), o burnout é uma resposta ao estresse laboral crônico. Embora a síndrome de burnout englobe sintomas físicos além dos emocionais, também é considerada uma das consequências emocionais do estresse, segundo o estudo de Zavala.
Alguns dos sintomas de esgotamento são falta de energia, sensação de sobrecarga, irritabilidade, incapacidade de concentração, sensação de opressão, etc. Esta é uma síndrome que surge no ambiente de trabalho, mas afeta nossa vida pessoal e emocional.
O estresse, especialmente o estresse crônico ou prolongado, pode nos deixar emocionalmente perturbados, oprimidos e tristes. Essas são algumas das consequências emocionais do estresse, que podem ser evitadas tratando o problema subjacente.
A terapia psicológica é benéfica nesses casos, juntamente com a implementação de hábitos de vida saudáveis: alimentação balanceada, respeitar as horas de sono, ter horários e rotina, fazer exercícios, eliminar fontes desnecessárias de estresse, etc.
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- Bustamante, E. (2007). El sistema nervioso: desde las neuronas hasta el cerebro humano. Medellín (Colombia): Universidad de Antioquía.
- Gil-Monte, P. (2002). Validez factorial de la adaptación al español del Maslach Burnout Inventory-General Survey. Revista Salud Pública de México, 44(1).
- Zayala, J. (2008). Estrés y burnout docente: conceptos, causas y efectos. Educación, 17(32): 67-86.