Histórias de cães que deixaram sua marca

Quase todas as histórias de cães deixam uma lição de nobreza para nós. Desde épocas muito antigas, os cães acompanham o ser humano e muitos deles não pensaram duas vezes antes de sacrificar sua vida por amor aos seus donos.
Histórias de cães que deixaram sua marca
Sergio De Dios González

Escrito e verificado por o psicólogo Sergio De Dios González.

Última atualização: 13 julho, 2020

Não são poucas as histórias de cães capazes de nos inspirar. Elas narram de forma comovente como o melhor amigo do homem manifesta sua solidariedade e lealdade. São muitos os cães que, literalmente, deram suas vidas pelos seres humanos. Diante de situações de perigo, não pensam duas vezes antes de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para salvar seus donos ou outras pessoas.

Também são muitas as histórias de cães que seguem seus donos em qualquer lugar, inclusive na morte. Ou que entendem que as crianças são seres vulneráveis e, por isso, desafiam graves perigos só para ajudá-las e salvá-las.

Todos os dias os cães nos dão lições de nobreza. São companheiros fiéis, amorosos e alegres. Em troca de muito pouco, nos dão tudo.

Desde épocas muito antigas são companheiros inseparáveis do homem e, mesmo que não recebam os créditos, são e foram protagonistas indiscutíveis de muitos acontecimentos relevantes. Por isso, apresentamos a seguir algumas das histórias de cães que deixaram uma grande marca.

A vida dos cães é muito curta. Na verdade, este é o único defeito que eles têm”.
– Agnes Sligh Turnbull –

Salty, um cão guia que se transformou em herói

Salty é um Labrador Retriever que protagonizou um dos episódios mais comoventes durante o famoso 11 de Setembro, em Nova York. Seu dono, o colombiano Omar Eduardo Rivera, é cego; Salty é seu guia. Rivera trabalhava na torre 1 do World Trade Center. Estava em seu escritório quando o primeiro avião se chocou contra o prédio.

Salty reagiu com nervosismo enquanto escutava gritos por toda parte. Logo, do corredor, Salty latiu com força. Rivera sentiu como se ele o estivesse chamando para sair do prédio. Então, ele se aproximou do cão que, passo a passo, foi conduzindo o dono pelos 71 andares do prédio até chegar à rua. Uma vez que chegaram lá, o prédio desmoronou. Salty guiou seu dono até o metrô e, de lá, chegaram em casa. Essa é uma das histórias de cães que circulou o mundo todo.

Labrador com a língua para fora

Outra das incríveis histórias de cães

Em Punta Arenas, no Chile, aconteceu outra história fantástica que superou a imaginação de qualquer roteirista. Não se sabe o nome do cão. Sua dona era uma menina de 8 anos que tinha um vínculo muito forte com o animal. Em uma manhã, sua mãe foi levar seu o irmão mais novo para a escola. Por isso, a menina ficou sozinha em casa por uma hora.

Um homem, que estava perseguindo a menina, se aproveitou da situação para tocar a campainha. Entrou à força e tentou abusar sexualmente da menina, que mal podia se defender. O cachorro atacou furiosamente o agressor que, em pouco tempo, teve que fugir.

Quando a mãe voltou, a menina contou o ocorrido. A polícia logo chegou e detectou rastros de sangue do invasor. Assim, puderam estabelecer sua identidade e capturá-lo.

Bobby e a força da lealdade

Bobby era um cão da raça Skye Terrier que se transformou em uma verdadeira lenda. Seu dono era John Gray, um vigilante noturno de Edimburgo, que o adotou e logo se tornaram amigos inseparáveis. No entanto, Gray morreu de tuberculose em 1858. Tinha passado os últimos anos de sua vida ao lado do cachorro e ele não entendeu o que estava acontecendo com o seu dono.

A história diz que John Gray foi enterrado no cemitério Greyfriars. Desde então, Bobby se mudou para lá para acompanhar seu dono, mesmo além da fronteira da vida. Essa é uma das histórias de cães que continuam na esperança de rever seus donos, mesmo depois que estes já morreram. No entanto, o caso de Bobby tem algumas particularidades especiais.

Cachorro sorrindo

As pessoas que moravam na área notaram que o cachorro não se separava do túmulo de seu dono por nada. Tentaram atraí-lo para outro lugar, mas ele não respondia. Assim passou 9 anos de sua vida, até que foi criada uma lei de que todo cachorro não registrado seria sacrificado. O senhor William Chambers pagou o registro de Bobby e fez para ele uma coleira com seu nome gravado, que até hoje está conservada em um museu da Escócia.

O Bobby morreu 14 anos depois de seu dono. Foi feito um túmulo em sua homenagem e o escultor Wiliam Brodie fez uma famosa estátua, em tamanho real, que ainda está conservada em Edimburgo.

Desde o ano 2000, o túmulo de Bobby se transformou em uma espécie de santuário onde as pessoas deixam gravetos para que Bobby os pegue. Sua lápide diz: “Que sua lealdade  e  devoção sejam um exemplo para todos nós”.


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  • Bonilla, L. (1967). Historia y psicología del perro. Editorial Tecnos.


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