A inteligência artificial está logo ali, virando a esquina!

A inteligência artificial está logo ali, virando a esquina!
Gema Sánchez Cuevas

Escrito e verificado por a psicóloga Gema Sánchez Cuevas.

Última atualização: 02 fevereiro, 2018

A inteligência artificial é uma área que está em constante desenvolvimento, com um número cada vez maior de pessoas envolvidas. Atualmente, desconhecemos o quanto esse conhecimento está avançado. Os progressos costumam ser informações confidenciais, dos quais só temos notícias após um certo tempo. Já é de conhecimento público, no entanto, pelo menos uma parte de toda a evolução que já ocorreu nessa área.

Sabemos, por exemplo, que a inteligência artificial está sendo aplicada a todas as áreas de trabalho que envolvem repetição. Em não muito tempo, os robôs vão começar a substituir os humanos nessas tarefas. Esse será só o começo de uma nova revolução que está cada vez mais próxima e que tem como protagonistas dispositivos eletrônicos cada vez mais complexos.

“Até hoje, não foi produzido um computador que tenha consciência do que ele está fazendo. Mas, na maior parte do tempo, nós também não temos.”.
-Marvin Minsky-

Ainda não sabemos precisar como a cultura será afetada diante de todas essas mudanças. O que se sabe é que, assim como as novas tecnologias transformaram nosso cotidiano, os novos desenvolvimentos de inteligência artificial trazem consigo a perspectiva de grandes transformações. Tudo isso se encontra mais perto do que muito de nós pensamos.

Mulher diante de robô

A inteligência artificial e uma espiada no que está por vir

Antonio Orbe é psicólogo e também especialista no tema da inteligência artificial. Publicou um livro chamado “Um olhar para o futuro”. Nesse trabalho, ele tenta se aproximar de uma descrição de como será o mundo a curto e médio prazo. Assegura, além de tecer diversas linhas de pensamento e reflexões, que o mais razoável é supor que muitos postos de trabalho vão simplesmente desaparecer.

A primeira consequência desse fato é um aumento da desigualdade. Muitos trabalhadores não terão mais opções de trabalho e portanto não terão também um meio de subsistência. Ficarão desempregados. Isso obrigará o estado a tomar medidas políticas, econômicas e sociais para enfrentar essa nova situação.

Orbe tem uma visão otimista a respeito do assunto. Ele mostra que não é impossível, nesse cenário, pensar em um novo mundo no qual as coisas deixem de ser todas orientadas pelo trabalho como é hoje. Ao contrário, o ócio poderia tomar o papel de protagonista. Os humanos, finalmente, passariam a maior parte de seu tempo realizando atividades para melhorar o bem-estar pessoal de todos de forma colaborativa.

O ser humano compete com a tecnologia

Orbe também defende que há uma competição implícita entre a tecnologia e o ser humano. Boa parte dos novos desenvolvimentos da inteligência artificial terão uma aplicação muito definida: substituir o trabalho que agora é feito por pessoas. Isso não se aplica apenas ao mundo laboral, mas também à vida pessoal.

O autor também fala da dificuldade do ser humano de se adaptar a novas tecnologias. O ritmo é cada vez mais rápido. Isso exige que a adaptação seja permanente, o que até ocorre de modo bem-sucedido a nível individual.

No plano social, no entanto, a adaptação não é tão rápida. Enquanto a inteligência artificial avança como um raio, as sociedades se movem a ritmo de tartaruga. É possível que isso seja fonte de uma instabilidade e até mesmo de tensões no futuro. O avanço pode ser muito desigual.

A criação da inteligência artificial

O futuro da inteligência artificial

Orbe desestimula o medo, em parte originado pelos filmes de ficção científica e em parte por uma impressão comum de que os robôs tomarão o controle de tudo. Ele mostra que ainda estamos muito longe de uma inteligência artificial tão generalista. Ou seja, de uma tecnologia que seja capaz de pegar qualquer problema que seja apresentado e resolvê-lo satisfatoriamente e automaticamente.

O que há atualmente é uma inteligência artificial concreta. Esse tipo de inteligência só é capaz de realizar um grupo de tarefas específico. Ela o faz de modo perfeito, mas não pode sair dessas capacidades pré programadas porque não tem capacidade para fazê-lo. Todos os desenvolvimentos da tecnologia de hoje são orientados, dessa maneira, para uma inteligência concreta. É essa que substituirá o homem em um grande número de postos de trabalho.

Inteligência artificial

 

Teoricamente, existe uma grande probabilidade de que a inteligência artificial chegue a ter consciência. Basicamente, todas as capacidades intelectuais do ser humano podem ser replicadas por uma máquina. Do ponto de vista técnico, no entanto, ainda estamos muito longe desse momento acontecer.

Finalmente, Orbe demonstra que um dos aspectos mais interessantes da inteligência artificial é que ela nos obriga a repensar nosso sentido como seres humanos. Se as máquinas passarem a fazer tal coisa, para que eu sirvo? Que valor ou efeito tem o que eu faço nesse contexto? O que me distingue de uma máquina? Todas essas são perguntas que vão adquirir cada vez mais relevância. Cada um pode ir pensando na sua própria resposta.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.