Lide com o sofrimento e deixe-o ir: ele não deve se tornar sua vida

Lide com o sofrimento e deixe-o ir: ele não deve se tornar sua vida

Última atualização: 14 dezembro, 2016

Tudo acaba. A fama, o dinheiro, amizades, relacionamentos… E quando você não tem esta convicção, ou quando é muito apegado a essas coisas, elas vão embora e você sofre mais do que o necessário. O sofrimento é necessário e faz parte da vida, mas ele não pode se tornar a sua vida ou tomar conta dela.

Quantos artistas saíram da mídia e reaparecem falando mal dos ex-colegas ou ex-empregadores com ódio e muito rancor? Quantas pessoas mentiram para ter seus chamados “15 minutos de fama” e quando foi descoberto ou a fama acabou começaram a se drogar ou se tornaram deprimidos? Quantas pessoas conhecemos que colocavam seus relacionamentos em primeiro lugar, que amavam o outro mais do que a elas mesmas, e quando o fim chegou se suicidaram ou se fecharam para o mundo?

Osho disse certa volta: “Aceite o sofrimento e passe por ele. Não fuja. Esta é uma dimensão totalmente diferente para se trabalhar. O sofrimento existe. Encare-o. Passe por ele. O medo estará lá, aceite-o. Se você tremer, então trema. Por que criar uma aparência de que não está tremendo, de que não tem medo? Se você é covarde, aceite isso também. Todo mundo é covarde. As pessoas que você chama de corajosas são corajosas apenas na fachada. No fundo elas são tão covardes como qualquer um, ou ainda mais, pois para esconder a covardia criaram uma bravura ao redor de si mesmas, e algumas vezes agem de tal forma que todos pensam que não são covardes. Essa coragem é apenas uma tela protetora.”

Você pode lidar com o sofrimento de duas formas:

Aceitando-o, sofrendo tudo o que tem que sofrer, tirar uma lição disso e seguir em frente; ou se agarrar ao sofrimento e deixar que ele se torne você, se tornando amargo, deprimido, vingativo, triste, fechado para o mundo… Qual das duas alternativas você prefere? Que pessoa você quer ser: a madura e feliz ou a imatura, triste e vingativa?

Não transfira a culpa para os outros. Não diga coisas sobre os outros que não gostaria que dissessem sobre você. Tente analisar o sofrimento com profundidade, e com certeza entenderá o “porquê” de estar passando por isso e o que pode tirar de bom nisso. Se a fama acabou, analise em que ela estava baseada e se era realmente isso que você queria. Se o dinheiro acabou, pense bem em como ele veio, como o ganhou, como o gastou. Se uma amizade acabou, veja em que bases ela estava fundamentada, se era verdadeira, no que você errou. O mesmo vale para relacionamentos “amorosos”.

dor do sofrimento

Deixe de lado o vício de culpar os outros. Olhe para dentro e não para fora. Tudo vem de dentro e da forma como lidamos com o que vem de fora. Melhore, principalmente para si, e automaticamente o mundo a sua volta vai melhorar e mudar também. Como já disse algumas vezes, a maioria das pessoas não consegue sozinha. Então procure ajuda: um amigo, livros, terapia, religião, ioga… Não importa a sua escolha. O que importa é se sentir um ser humano melhor e melhorar o mundo a sua volta.

Para finalizar, mais um trechinho da fala de Osho: “Não se importe com a sociedade e suas normas, e sua condenação. Aqui ninguém irá julgá-lo. Não julgue os outros e não se deixe perturbar pelo julgamento dos outros.

Você é único. Você nunca existiu antes e nunca existirá novamente. Você é belo. Aceite isso. E qualquer coisa que aconteça, deixe que ela aconteça e passe por ela. Breve, o sofrimento será um aprendizado. E então tornar-se-á criativo. O medo lhe dará destemor. Da raiva surgirá a compaixão. Da compreensão do ódio, o amor nascerá para você. Mas isso não acontece num conflito com essas emoções, e sim na experiência feita com uma consciência alerta. Aceite o que vier, e submeta-se à experiência.”

se desprender do sofrimento

Desejo, de todo coração, que você se encontre, e junto com seu eu interior descubra a felicidade. Desejo que você consiga ver o mundo do melhor ângulo possível e que deixe de julgar as pessoas ou culpá-las por tudo. As pessoas só fazem conosco o que permitimos que façam.

Namastê


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