Minhas decisões falam de mim

Minhas decisões falam de mim

Última atualização: 20 dezembro, 2016

Há muitas maneiras de expressar aos outros como somos ou o que nós sentimos realmente. Podemos descrever, explicar o que queremos ou tentar esconder o que sentimos; no entanto, as decisões que tomamos, aquilo que fazemos e como fazemos nos delatam e nos expõem ao mundo tal e como nós somos.

Às vezes usamos as palavras como um certo disfarce e tentamos, por vezes sem muito resultado, que o traje disfarce aquilo que não queremos que os outros vejam. Outras vezes, nós não somos sequer conscientes de que nossas ações e nossas palavras se contradizem.

Encurtamos o tempo tomando decisões, algumas triviais e outras de maior importância. Às vezes as estradas que tomamos concordam com aquilo que dizemos e pensamos, enquanto em outras ocasiões o dizer e o fazer vivem separados por uma grande distância.

A confusão de uma dupla mensagem

Quando fazemos e dizemos algo que está em sintonia, não é possível fazer confusão, reforçamos a mensagem verbal com uma mensagem não verbal coerente. A comunicação é clara e a outra pessoa poderá nos entender sem grandes dificuldades.

As dúvidas e a confusão chegam quando verbalmente enviamos uma mensagem, e de forma não verbal enviamos outra diferente. É como dizer que sim com a boca ao mesmo tempo que fazemos movimentos de negação com a cabeça. Esta contradição mistifica quem nos ouve e nos vê, cria incerteza e uma mistura de sentimentos.

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Quando uma dupla mensagem é transmitida, a pessoa que a recebe se encontra presa em um dilema. Devido a essa dupla intenção e sua contradição, independentemente do que faça, o receptor estará trabalhando contra o que a outra pessoa diz ou quer.

Quando o verbal e o não verbal se contradizem

Quando as palavras e os fatos se contradizem, são os atos que têm o poder de revelar as verdadeiras intenções. Olhe para o que a outra pessoa faz e não para o que ela diz: é o que melhor descreve as motivações do outro. Embora esta não seja uma suposição segura, com certeza vai aumentar estatisticamente nossa probabilidade de acertar.

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Este princípio também pode ser aplicado para conhecermos melhor a nós mesmos. Diante de um dilema ou dúvida sobre o que fazer ou o que realmente queremos, podemos olhar e analisar quais ações realizamos até o presente momento. A primeira coisa que pedem para os psicólogos fazerem é que observem, e o mesmo vale para os médicos e outros tipos de profissionais.

Ser conscientes dos nossos atos

Da mesma maneira que para conhecer as verdadeiras intenções da outra pessoa observaremos o que ela faz, para poder conhecer nossas próprias motivações observaremos tanto o que pensamos como o que fazemos.

Ser conscientes das decisões que tomamos e das ações que realizamos nos aproxima mais do autoconhecimento pessoal. Conhecer nossas motivações reais nos ajudará a resolver dilemas e a caminhar na direção certa em tempos de crise.

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Além das minhas minhas palavras, também sou minhas decisões

Se não reforçamos a mensagem das nossas palavras com ações, as mesmas ficam vazias. Dizer que somos a favor de uma causa, clicar no “like” na publicação em uma rede social ou aprovar uma ideia, na maioria das vezes, não é suficiente.

É necessário que o fazer e o dizer andem de mãos dadas. Precisamos ser consistentes com nossas ideias e agir em conformidade com elas, assim como não nos contradizermos na hora de nos expressarmos verbal e não verbalmente.

É importante ser consciente das decisões que tomamos – ou não tomamos – e assumir a responsabilidade por elas. Refletir sobre o que dizemos e o que fazemos nos ajuda a questionar nosso pensamento e a agir de forma mais coerente e integrada com nossos valores.


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