O amor eterno existe?

O amor eterno existe?

Última atualização: 13 maio, 2016

Um homem idoso lê um diário para uma mulher idosa, que fala sobre o amor eterno de um casal que se conheceu nos anos quarenta: Allie e Noah. Eles se apaixonaram, mas os pais dela eram contra ela se relacionar com um rapaz que não contava com muitos recursos financeiros.

A vida os separou, mas nunca se esqueceram um do outro, até que se reencontram. Estes jovens são esses dois idosos e o homem lê diariamente a história para a mulher, que perdeu a memória, para lembrá-la de um amor que eles nunca esqueceram.

Essa é a história contada pelo filme “O Diário de uma Paixão”, um dos filmes mais românticos e comoventes dos últimos anos. Ver algo assim faz com que pensemos: será que podemos ter uma relação tão intensa, sincera e duradoura, num mundo onde muitas relações começam de forma muito rápida e desaparecem em poucos dias ou meses?

Parece que tudo é muito superficial, nos deixa vazios… onde está o tempo que faz com que conheçamos uma pessoa de verdade? Porque temos tanto medo de despir nossa alma? As relações podem ser eternas ou não, mas nem sequer damos tempo a nós mesmos ou temos a coragem de descobrir isso.

“Mas se não voltarmos a nos ver e essa for uma verdadeira despedida, sei que nos reencontraremos em outra vida. Voltaremos a nos encontrar e, mesmo que as estrelas tenham mudado, não nos amaremos apenas uma vez, e sim todas as vezes anteriores…

– O Diário de uma Paixão –

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Estudos sobre o amor eterno

A Universidade de Harvard publicou um estudo que conclui o que alguns casais podem dizer: o amor eterno existe e só tem um segredo: sentir verdadeira  empatia  pelo outro. De acordo com a terapeuta Charlotte Pasquier: “Para que um casal se dê bem, são necessárias duas pessoas que caminhem na mesma direção, mas não é necessário que opinem igualmente em tudo, nem que queiram as mesmas coisas, só que sejam conscientes dos desejos da outra parte”.

Como dizíamos, segundo esse estudo, o segredo para um amor duradouro é a empatia pela outra pessoa, ou seja, que exista uma identificação mental e afetiva de uma pessoa com o estado de ânimo da outra. O amor eterno trata de entender sem julgar.

“Se você cair, eu te levanto, e se não, me deito contigo”.

– Julio Cortázar –

Um grupo de neuroquímicos da Universidade de Stony Brook, Nova York, conseguiu evidências de que o amor eterno é possível. Os cientistas mediram as reações cerebrais de um grupo de voluntários que tinham acabado de iniciar relacionamentos amorosos.

Descobriram que, quando vemos a foto da pessoa pela qual estamos apaixonados, a área tegmental ventral do mesencéfalo reage. Essa área do cérebro se dedica a processar a dopamina, um neurotransmissor que é responsável por motivar desejos.

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Se era mostrada a foto de outra pessoa, ainda que fosse parecida com a pessoa amada ou de um antigo amigo com o qual a pessoa não teve uma relação amorosa, o cérebro se mantinha sem mudanças. Logo foram analisadas pessoas casadas (10 mulheres e 7 homens) durante muitos anos (20, aproximadamente) e que afirmavam conservar sentimentos românticos por seus parceiros.

As reações dos seus cérebros foram medidas da mesma maneira e marcadas em uma escala de sete pontos, para analisar a intensidade de amor que os voluntários sentiam por seus parceiros. Bom, a intensidade mínima registrada nesse grupo de voluntários foi de cinco pontos.

As reações desse grupo de pessoas foi registrada na mesma área do cérebro que em outro grupo de “recém apaixonados”: a área tegmental ventral e o corpo estriado. No entanto, também haviam diferenças: se nos voluntários do primeiro grupo viram-se afetadas as zonas responsáveis pelas obsessões e a tensão nervosa, além das anteriormente assinaladas, nas pessoas do segundo grupo, foram afetadas as zonas de amizade e maternidade.

O que faz com que o amor perdure?

Naturalmente não existe uma fórmula mágica para que o amor perdure, mas se queremos que uma relação seja duradoura, temos que realizar um esforço muito importante diariamente. A seguir, vamos expor alguns segredos que são necessários para que uma relação seja sólida e possa durar:

Afinidade

Os casais mais duradouros são aqueles que compartilham vários valores, princípios e gostos. Não é necessário ser idêntico ao seu parceiro, mas é preciso ter coisas em comum que possam ser compartilhadas e desfrutadas de maneira conjunta. É aconselhável que haja uma parcela de intimidade e outra compartilhada com nosso parceiro.

“Porque, sem procurar, ando te encontrando por todos os lados, principalmente quando fecho os olhos”

– Julio Cortázar –

Senso de humor

É muito importante aprender a ver as situações com humor e tirar o drama de determinadas circunstâncias. Os conflitos de casal podem tomar uma forma mais relaxada se for utilizado o humor, sempre com respeito pela outra pessoa.

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Admiração mútua

A admiração e a capacidade de aprender coisas com a outra pessoa e tornar isso algo mútuo é um dos aspectos que mais une. É muito positivo expressar essa admiração de distintas formas e fazer com que a outra pessoa saiba, e que ela também transmita isso.

Manifestação de afeto

Não deixe subentendido que a outra pessoa sabe que você a ama; demonstre isso diariamente, mesmo que seja com pequenos detalhes… como fazer o café pela manhã, dar flores, deixar recados carinhosos… Trata-se de cuidar da relação e do amor que sentimos pelo nosso parceiro.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.