O estresse pode matar

O estresse pode matar

Última atualização: 16 maio, 2015

Um novo estudo científico afirma que há um gene do estresse que pode estar associado a um maior risco de morte por ataque cardíaco ou outras doenças do coração. Este estudo diz que o estresse pode aumentar diretamente o risco de problemas cardíacos. Seus cálculos afirmam que os pacientes que sofrem de problemas cardíacos e que têm esse tipo de gene têm 38% a mais de chances de sofrer um AVC ou morrer por doenças do coração.

Uma equipe de cientistas da Universidade de Duke identificou que a mudança de uma só letra no DNA do genoma humano foi a responsável por uma maior vulnerabilidade ao estresse. Os pacientes que tinham essa mudança genética tinham um risco 38% maior de sofrer um ataque cardíaco ou outra doença cardiovascular. Os resultados mantiveram-se, inclusive, depois dos cientistas levarem em conta outros fatores como a idade, a obesidade e o tabagismo.

Como resultado dessas descobertas, os cientistas dizem que técnicas de gestão do estresse e terapias com medicamentos poderiam reduzir as doenças cardíacas e as mortes associadas a elas.

De acordo com o doutor Redford Williams, diretor do Centro de Investigação de Medicina do Comportamento na Escola de Medicina da Universidade de Duke, este estudo representa um primeiro passo para a identificação de variantes genéticas específicas, onde as pessoas têm um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Em suas próprias palavras, “isto é um passo para o dia em que vamos ser capazes de identificar as pessoas sobre a base deste genótipo que estão em maior risco de desenvolver doenças do coração, em primeiro lugar”.

A identificação das pessoas que sofrem desta modificação genética poderia conduzir a intervenções com o potencial de salvar vidas. No grupo de estudo, que incluiu 6000 pessoas com doenças de coração, 10% dos homens e 3% das mulheres tinham essa mudança genética associada com a má gestão do estresse emocional.

Ao descobrir que havia um possível mecanismo por trás dessa relação, estes cientistas sugeriram a solução para o problema, seja pela mudança de comportamento ou, em caso de necessidade, por medicação. Há certas alterações de estilo de vida que podem reduzir o estresse, como a manutenção de uma dieta equilibrada e a prática de atividade física regular, que podem ajudar as pessoas a se sentirem mais capazes de enfrentar as exigências da vida.

Nesse sentido, o professor Jeremy Pearson, da Fundação Britânica do Coração, pede para que aquelas pessoas que se sintam nervosas e que estão preocupadas com seus níveis de estresse visitem seu médico.


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