Primeiros socorros em crianças

Primeiros socorros em crianças
Sergio De Dios González

Revisado e aprovado por o psicólogo Sergio De Dios González.

Escrito por María Hoyos

Última atualização: 22 dezembro, 2022

Muitas pessoas sabem como aplicar os primeiros socorros. Algumas fizeram cursos e outras tiveram que aprender sobre o assunto sozinhas. No entanto, na maioria das vezes, só aprendemos a agir com os adultos. Normalmente não nos ensinam como proceder nos primeiros socorros em crianças e bebês. Se tivermos que fornecer ajuda às crianças, devemos levar em consideração algumas diferenças.

O corpo muda muito da infância para a adolescência e a maturidade. É por isso que atendimentos como os primeiros socorros em crianças devem ser fornecidos de maneira muito diferente, levando em conta as variações fisiológicas. Por outro lado, também irão existir diferenças entre como ajudar recém-nascidos e bebês que ainda estão na infância, mas que são um pouco mais velhos.

Neste artigo, vamos ver quais são os principais aspectos a serem lembrados se alguma vez você tiver que prestar primeiros socorros em crianças.

Mãe acalmando o choro do filho

Primeiros socorros em crianças: o mais importante

Há uma infinidade de técnicas de primeiros socorros. Isso acontece porque diferentes tipos de acidentes podem ocorrer. A seguir, vamos explicar aquelas que podem ser realizadas com os acidentes mais comuns na infância.

Como as crianças estão em fase de exploração, é muito difícil controlá-las em todos os momentos. Portanto, muitas vezes as crianças acabam sofrendo todos os tipos de pequenos acidentes. Estes são os casos mais comuns que afetam os pequenos.

1 – Ferimentos por corte

Geralmente, os ferimentos por corte ocorrem devido à manipulação de objetos pontiagudos, como facas ou vidros quebrados. Caso aconteça, o principal é determinar se a ferida está limpa. Por exemplo, no caso de vidros, alguns cacos podem ter permanecido dentro da ferida.

Depois, devemos proceder com a lavagem da ferida antes de aplicar qualquer tipo de antisséptico, porque senão eles perdem a eficácia. Normalmente, sabão e água serão suficientes.

Se o corte não for muito profundo, temos que deixá-lo exposto ao ar o máximo possível. De vez em quando, é necessário lavá-lo novamente para favorecer uma cicatrização adequada. Se for um corte profundo, é melhor levar a criança ao hospital para tomar pontos. Caso contrário, um band-aid pode ser suficiente para proteger a área e evitar desconforto para a criança.

2- Hemorragia ou sangramento nasal

As hemorragias nas crianças não costumam ocorrer, na maioria dos casos, por qualquer patologia. Geralmente surgem devido a espirros, alergias ou aumento da pressão arterial. Os vasos sanguíneos das crianças ainda são fracos em comparação com os dos adultos. Portanto, são muito propensos a romper no nariz e nos ouvidos.

A coisa mais importante nesta situação é pedir para a criança que coloque a cabeça para a frente. Isso é o oposto do que geralmente é feito; no entanto, favorece a saída de sangue apenas pelo nariz. Esta posição deve ser mantida enquanto pressionamos um pouco abaixo do septo nasal. A pressão que exercemos deve ser enérgica, mas sempre na parte macia do nariz para evitar outros tipos de ferimentos.

3- Queimaduras

As queimaduras geralmente ocorrem na cozinha. Às vezes a criança entra em contato com superfícies muito quentes, como panelas, frigideiras, fornos ou fogões de cozinha. Nestas situações, devemos primeiro avaliar o estado da queimadura. Há algumas que exigem atenção médica imediata. No entanto, a maioria delas não é muito séria, embora o protocolo de ação deva ser igualmente rápido.

Primeiro, aplique água fria sobre a ferida, pelo menos durante 20 segundos. Depois, devemos deixar a ferida respirar e não aplicar cremes ou furar possíveis bolhas. Nós só aplicaremos pomadas quando a ferida estiver um pouco cicatrizada.

Caso seja uma queimadura séria, é melhor levar a criança ao hospital para ser atendida por um profissional.

Criança na cozinha

4- Engasgo

Os engasgos são acidentes que causam muito medo, e exigem um protocolo de ação mais rápido. Durante essas situações, a respiração é comprometida e, com ela, a vida da criança. Para evitar problemas quando isso acontece, é importante explicar às crianças (se a idade permitir) quais sinais devem fazer se souberem que estão engasgando.

Se notarmos que uma criança não consegue respirar, devemos verificar se ela tosse, chora ou balbucia. Nesses casos, o ar, embora com dificuldade, está passando através das vias respiratórias. Portanto, embora se trate de uma situação perigosa, não é tão grave.

Se, por outro lado, o ar não passar totalmente, devemos chamar os serviços de emergência imediatamente. Enquanto eles chegam, segurando a criança pelas axilas, devemos dar até 5 golpes na parte mais alta das costas. Se isso não funcionar, devemos prosseguir com a manobra de Heimlich.

Conclusão

Ao aplicar os primeiros socorros em crianças, a coisa mais importante a lembrar é sempre avaliar a situação. Neste momento, devemos decidir se devemos ir aos serviços de emergência. Às vezes nosso conhecimento é suficiente para tirar a criança do perigo. Desta forma, evitaremos criar uma ansiedade excessiva.

Por outro lado, se a vida da criança está em perigo, não hesite em recorrer aos serviços de emergência. Mesmo se você for um especialista em primeiros socorros em crianças, nunca é demais pedir ajuda aos profissionais.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.