Os mais belos provérbios persas sobre o amor

Os mais belos provérbios persas sobre o amor
Sergio De Dios González

Escrito e verificado por o psicólogo Sergio De Dios González.

Última atualização: 20 setembro, 2018

Alguns dos provérbios persas datam de mais de 1000 anos. Não devemos ficar surpresos se lembrarmos que essa cultura estava localizada em uma região na qual muitos povos se encontravam. Cada um deles trouxe um pouco de sua cultura e sabedoria, criando o que foi uma sociedade muito lúcida e interessante.

Ainda que os provérbios persas sejam de natureza popular, eles têm um espírito filosófico inegável. Esse povo foi um grande império que viveu tanto um esplêndido florescimento quanto uma estrondosa queda. Tudo isso, é claro, foi motivo para profundas reflexões.

Não são muitos os provérbios persas dedicados ao tema do amor. Ainda que essa cultura tenha se focado mais em assuntos relacionados à existência de uma forma geral, também existem belas afirmações sobre o mais complexo dos afetos. Compartilhamos 5 exemplos a seguir.

“O que você pega se torna podre. O que você dá se torna uma rosa”.
-Provérbio persa-

Um dos provérbios persas sobre o amor

Um dos mais conhecidos provérbios persas sobre o amor diz: “A sede do coração não se apaga com uma gota d’água”. Isso quer dizer que quando alguém deseja amar e ser amado, não basta apenas uma pequena amostra de afeto ou uma experiência passageira. Precisamos de mais para sentir que essa necessidade foi realmente satisfeita.

Quem permanece carente de afeto ama de uma forma muito particular. O mais usual é que o faça de maneira bastante obsessiva: seu vazio é muito grande e isso leva a ver o próprio sentimento de forma desproporcional. Um coração solitário, ou com sede, precisa de mais que uma gota d’água, mas precisa também controlar a quantidade de água que ingere para que não se afogue.

Mão segurando pedra em forma de coração

Um guia para cada barco

Outro dos provérbios persas nos alerta sobre algo que ocorre muito em relações a dois. É possível que numa tentativa democrática surja a pretensão de que ambos guiem o timão do barco que está conduzindo-os pelos mares da vida. Isso, no entanto, pode dar muito errado.

O provérbio diz: “Dois capitães afundam o barco” . Ele faz referência ao fato de que dois guias agindo simultaneamente podem levar a um desastre. Mais que compartilhar o mesmo timão ao mesmo tempo, talvez o mais adequado seja alternar-se. Não ter dois critérios tentando definir o rumo ao mesmo tempo, mas sim uma divisão nas áreas ou no tempo em que cada um está liderando.

As memórias e as esperanças

Esse belo provérbio persa afirma: “Não deixe que suas memórias pesem mais que suas esperanças”. O tema do passado é algo que está sempre muito presente quando falamos de amor, tanto para o bem quanto para o mal. Muitas vezes não conseguimos esquecer os amores que já se foram, ou se torna muito difícil não se lembrar de algum erro ou ofensa.

O mais sábio, tanto para o tema do amor quanto para a vida como um todo, é não ficarmos presos aos fatos do passado. A realidade deve ser fluida, devemos deixar a vida fluir, assim como os sentimentos. Que eles tomem seu rumo. Para que sigam seu caminho, é necessário desatar qualquer nó que possamos ter feito em algum momento.

Deixar fluir para lidar com o amor

O amor e a amabilidade

A palavra amabilidade vem da palavra amor. Amável que aquele que é digno de ser amado. Claro que esse adjetivo se aplica a quem é afável, carinhoso e respeito com os demais. Isso representa a essência da amabilidade.

Um dos provérbios persas diz: “Com palavras agradáveis e um pouco de amabilidade, podemos arrastar um elefante por um fio de cabelo” . Quer dizer que as boas maneiras têm um poder muito maior e uma força que a agressividade e a raiva não têm. Algo que toda pessoa que ama deve sempre recordar.

Concha com pérola na areia

A escassez das pérolas

Quase todos passamos por momentos em que tudo na nossa vida parece estar dando certo, inclusive o amor. A maioria de nós também já passou por fases em que acontece justamente o contrário. Nada cresce, nada dá certo, nada floresce. Às vezes isso nos leva a perder a esperança e a mudar nossa maneira de ver a vida.

Um dos provérbios persas nos alerta sobre o que é importante para impedir que isso aconteça. Ele diz: Se você mergulha no mar e não encontra nenhuma pérola, não conclua que não há pérolas no mar”. Como aquele que busca pérolas no mar, muitas vezes só não estamos encontrando os tesouros porque não estamos olhando no lugar certo.

Todos esses belos provérbios persas nos lembram de que o amor é um sentimento simples na aparência, mas complexo em sua profundidade. Dependendo de como o abordamos, ele nos levará para os céus ou para o inferno. Resta a nós saber encontrar a melhor maneira de vivê-lo, de cultivá-lo, de conseguir fazer com que ele se converta numa força maravilhosa que move a nossa vida.


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