Querido diário, perdão por incomodar novamente

Querido diário, perdão por incomodar novamente

Última atualização: 05 maio, 2016

Há pessoas com uma autoestima tão baixa que pedem desculpa até para o diário. Elas não deveriam se ver como inúteis ou ruins, mas raramente dizem algo de bom para si mesmas. Isto prejudica muito a sua vitalidade, uma vez que precisam conviver com a infelicidade e desespero.

Quando ouvimos as histórias de vida de pessoas com autoestima baixa encontramos a infelicidade, a frustração e o desespero como as principais dificuldades da vida. Isto se baseia em uma incompatibilidade ou uma dificuldade de autoaceitação e autoestima.

Por isso, é muito importante analisarmos a forma como pensamos sobre nós mesmos, porque a relação entre a baixa autoestima e os problemas pessoais é muito grande e se manifesta de várias formas. Vamos refletir sobre isso.

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Eu paro e penso, mas não consigo me amar. Será que eu tenho uma autoestima baixa?

A baixa autoestima é sinônimo da negação da própria imagem. Diante de quem é e como é, uma pessoa com autoestima baixa se desaprova e se desvaloriza.

Muitas vezes estas pessoas sentem precocemente a dor da rejeição social, ansiedade por não serem como gostariam e grande tristeza por não corresponder às expectativas.

Neste sentido, a avaliação de uma autoestima baixa não é uma tarefa fácil, porque os estudiosos do assunto ainda não chegaram a um acordo sobre como a baixa autoestima se desenvolve. De qualquer forma, a maioria dos instrumentos disponíveis que temos hoje para a avaliação da autoestima se baseia na informação do paciente.

No entanto, vamos mostrar para vocês uma das escalas mais utilizadas para medir a autoestima: a escala de autoestima de Rosenberg (adaptada e validada por Martin Albo e seus colaboradores em 2007)

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Então, se quiser fazer uma pequena avaliação da sua autoestima, responda sinceramente a estas 10 frases simples.

As 05 primeiras frases devem ser avaliadas nestes termos: o4 (concordo totalmente), 3 (de acordo), 2 (discordo) e 01 (discordo totalmente).

1- Em geral, estou satisfeito comigo mesmo e acho que sou uma pessoa digna de apreço.

2- Às vezes penso que não sou bom em nada.

3- Eu acredito que tenho algumas boas qualidades.

4- Sou capaz de fazer as coisas tão bem quanto a maioria das pessoas.

5- Eu sinto que não tenho muitas coisas das quais me orgulhar.

As próximas 05 frases devem ser avaliadas nestes termos: 04 (discordo totalmente), 3 (discordo), 2 (de acordo) e 1 (concordo plenamente).

6- Às vezes, me sinto realmente inútil.

7- Tenho a impressão de que sou alguém apreciado pela maioria das pessoas.

8- Queria muito me respeitar mais!

9- De maneira geral, penso que sou um fracasso.

10- Às vezes acredito que não sou uma boa pessoa.

Agora some a sua pontuação e veja os resultados.

  • De 30 a 40 pontos: autoestima elevada. Considerada uma autoestima normal e saudável.
  • A partir de 26-29 pontos: autoestima média. Você não tem problemas graves, mas pode melhorar.
  • Menos de 25 pontos: baixa autoestima. Existem problemas significativos com a sua autoestima.
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O perfil psicológico de uma pessoa com baixa autoestima

Ao avaliar o perfil psicológico de uma pessoa com baixa autoestima devemos perguntar se ela experimenta uma rejeição extrema de si mesma ou se há uma mera distorção das suas qualidades e capacidades que a faz concentrar-se apenas no negativo.

As pessoas com baixa autoestima precisam pensar sobre si mesmas de uma forma positiva e valorizar-se com palavras de incentivo. O que acontece é que quando algo ameaça o seu senso de valor pessoal, elas encontram poucas razões para abordar e destacar os seus aspectos positivos.

Vejamos um pouco mais sobre o seu discurso:

  • Pessoas com baixa autoestima se descrevem de maneira superficial e sem comprometimento. Normalmente se descrevem como: “me considero simpático (a)”, “um trabalhador (a) médio”, etc.
  • Eles tendem a se sentir mais responsáveis pelos acontecimentos ruins do que realmente são. Da mesma forma, quando algo de bom acontece, não acreditam que está relacionado com as suas características e comportamentos.
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  • Pessoas com baixa autoestima se envolvem em objetivos mal definidos ou excessivamente elevados e acreditam que “têm que conseguir absolutamente tudo a que se propõem”.
  • Elas têm menos habilidades de enfrentamento e às vezes, até se boicotam para não alcançar seus objetivos. Isso ajuda a perpetuar a visão negativa de si mesmas.

Como vemos, a autoestima baixa é uma falta de afeto por nós mesmos. Devemos evitar comparações com outras pessoas, trabalhar para transformar o negativo em positivo e desenvolver uma estratégia pessoal para nos visualizarmos de uma forma mais positiva. E se este processo for muito difícil e doloroso, procure ajuda profissional o mais rápido possível.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.