Relacionamentos doentios: há amores que matam

Relacionamentos doentios: há amores que matam

Última atualização: 11 março, 2015

Dizem que o amor move o mundo e é por isso que todos nós sonhamos com poder desfrutar de uma relação idílica… Mas, o que é realmente o amor? É uma tormenta arrasadora ou é um lindo dia azul?

Recebemos de todos os lados modelos do que deve ser uma relação entre casal, a partir dos quais temos uma ideia própria do que é o amor. Estas ideias, infelizmente, não sempre são as mais sadias. Por isso, as crenças equivocadas podem converter o casal em uma droga perigosa, sem a qual a vida parece perder o sentido.

Amor, sem você não valho nada

As crianças são como esponjas que absorvem tudo o que acontece a seu redor. Assim, se as relações no lar foram uma amálgama de amor e dor, porque havia maus-tratos, indiferença ou manipulação é provável que se repitam os mesmos padrões disfuncionais ou que sejam gerados outros diferentes, mas igualmente prejudiciais. Isso acontece porque tendemos a buscar, automaticamente, aquilo que nos é familiar, pois os modelos com os quais crescemos deixam uma marca profunda em nós.

Infelizmente, há uma infinidade de casos em que o amor se confunde com dependência e as relações se tornam tóxicas. Isso acontece quando há uma autoestima baixa e se acredita que é preciso buscar o amor fora de si mesmo, a qualquer custo, mesmo que isso custe a própria dignidade.

A comédia romântica versus a tragédia

Na vida real, as relações, assim como ocorre nas histórias que vemos na televisão ou no teatro, obedecem a esses tipos básicos. Mas, o que deixa uma comédia romântica engraçada? É esse ingrediente especial, chamado sentido do humor, que faz com que a relação seja rápida e alegre e que o casal se divirta horrores.

Ao contrário, em uma tragédia, o sentido do humor brilha por sua ausência, e a relação é levada muito a sério, tornando-se pesada, dramática e, o que é pior, doentia.

Há vários “alertas vermelhos” que identificam os relacionamentos doentios, tais como a possessividade, a manipulação, a falta de respeito, o ciúme desmedido, a desqualificação, a dependência, a insegurança e os maus-tratos.

Na realidade, o que todos esses sinais tem em comum é o medo de não ser amado nem aceito tal como a pessoa é. Por esse motivo, joga-se um jogo, seja de submissão ou de dominação, para tentar controlar o outro e, assim, continuar obtendo a tão desejada “droga”: afeto e atenção.

O segredo

Há um segredo para protagonizar uma divertida comédia romântica, em vez de uma dolorosa tragédia. É saber que a fonte do amor está dentro de nós mesmos, não fora. Quando temos essa certeza, compreendemos que, independentemente das pessoas que passarem pela nossa vida, estaremos bem porque somos capazes de nos dar o carinho, o cuidado, a compaixão e a aceitação dos quais precisamos.

Em troca, se colocamos a fonte de estima na outra pessoa, a ideia de perdê-la é devastadora e, por isso, fazemos qualquer coisa para receber essa enganosa dose de afeto, chegando a qualquer extremo. Exatamente igual uma pessoa com dependência química faz.

Então, não vale a pena se contorcer para obter a “droga” do amor de outra pessoa, já que isso, paradoxalmente, só teria o efeito contrário. Você só precisa saber que é merecedor de carinho sendo exatamente como você é, e que expresse e demonstre isso constantemente.

Uma pessoa segura de si mesma irradia um encanto verdadeiramente irresistível. Portanto, comece por amar você mesmo; isso atrairá, de brinde, o par “ideal” que estiver procurando.

Imagem de Romel


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