Se apaixonar depois dos 50: uma grande aventura

O amor é possível depois dos 50? É claro que sim. Hoje muito mais, pois uma série de mitos relacionados à idade foram derrubados. Enquanto se vive e sente, o amor não deixa de ser uma possibilidade tão real quanto emocionante.
Se apaixonar depois dos 50: uma grande aventura
Sergio De Dios González

Escrito e verificado por o psicólogo Sergio De Dios González.

Última atualização: 16 fevereiro, 2020

Se apaixonar depois dos 50. Quatro ou cinco décadas atrás, essa era uma opção praticamente impossível. Nessa idade, supunha-se que tudo na vida já estava resolvido e, em vez de começar algo novo, era preciso concluir o que estava pendente. Era uma idade para dedicar aos netos, e não aos namorados.

As coisas mudaram muito. Não quer dizer que se apaixonar depois dos 50 tenha se tornado uma situação recorrente, mas é muito mais comum do que era no passado. Em outras épocas isso também era possível, mas as barreiras mentais e sociais impediam que ocorresse com mais frequência.

Quando falamos sobre o ser humano, as regras funcionam menos do que pensamos. Uma pessoa pode ir para a faculdade aos 80 anos, ou descobrir que é um excelente cantor aos 60, ou iniciar uma carreira aos 12 anos.

Embora existam certos padrões predominantes, nenhuma experiência é condicionada pela idade. Então, se apaixonar depois dos 50 anos é perfeitamente possível e saudável.

“Quando a graça se combina com as rugas, é adorável. Há um amanhecer indescritível na velhice feliz”.
-Victor Hugo-

O amor na terceira idade

As idades da vida

A questão da idade e as características de cada idade também são relativas. Não há divisões nítidas que façam uma diferença absoluta e radical entre um adolescente e um idoso, ou entre uma criança e um jovem.

Não somos um corpo estruturado que avança linearmente pela vida. Somos habitados por muitos “eus” com idades diferentes.

Em nosso coração ainda está a criança que se espanta ao ver um vaga-lume. Há também aquele velho sábio e contido que, às vezes, fala dentro de nós quando temos 20 anos e se faz notar com mais frequência quando temos 60.

Há também o adolescente e o jovem. A idade é uma convenção e uma determinação biológica que se relativiza no mundo mental e emocional.

Dito isso, há quem pense que se apaixonar depois dos 50 anos não é o mesmo que se apaixonar aos 17 anos. Eles estão errados.

Na quinta década de vida também podem aparecer borboletas no estômago que batem suas asas com grande intensidade. Você também cora aos 54 e suas mãos suam quando vê seu novo amor aos 57.

Se apaixonar depois dos 50

As estatísticas dizem que os divórcios aos 50 e tantos anos são relativamente comuns. Muitas pessoas dessa idade, na qual ainda se sentem jovens e fortes, decidem terminar um relacionamento com o qual não estavam satisfeitas. O mesmo que elas suportaram até os filhos crescerem.

Outras vezes, simplesmente ocorre um sinal de alerta nessa idade. A finitude da vida é um fato que ganha consciência. É por isso que não é incomum encontrar pessoas sozinhas aos 50 anos, recém-divorciadas e talvez interessadas em se apaixonar novamente.

Não há razão pela qual você não possa ou não deva se apaixonar depois dos 50 anos. Também não é fácil acontecer. Os admiradores dificilmente chegam à sua porta ou acontecem coincidências mágicas que te conduzem ao amor.

Em muitos casos, é necessário fazer um exercício de abertura mental; em muitas ocasiões, o novo amor vem através de novas experiências.

Casal apaixonado

Os limites e as possibilidades

O bom sobre esses amores tardios é que, embora vivam intensamente a etapa de se apaixonar, é mais provável que aterrissem em um sentimento mais realista, sem as decepções que podemos ter aos 20 anos.

Não verão com grande nostalgia nem surpresa essa aterrissagem forçada. Existe uma maior capacidade de aceitar o outro como é, sem idealizá-lo.

O que é inconveniente é adequar-se aos estilos de vida. Ao longo dos anos, não é fácil mudar certos costumes estabelecidos. Talvez sejamos mais compressivos, mas menos flexíveis.

Também devemos aceitar que, depois de certas idades, o amor geralmente se expressa mais com atitudes e ações do que com palavras. A pessoa entende melhor a importância de certas mudanças, está mais consciente do que faz, de que sua escolha de parceiro pode afetar os outros.

De qualquer forma, a serenidade de um amor na maturidade não o torna menos emocionante.


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  • Barbosa, S. D. S., Ayala, J. B., Orozco, B. P., Méndez, D. R., & Tallabas, A. O. (2011). Relación entre el tipo de apoyo y el estilo de amor en parejas. Enseñanza e investigación en psicología, 16(1), 41-56.


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