Se você estiver mal, eu estarei aqui

Se você estiver mal, eu estarei aqui

Última atualização: 19 dezembro, 2016

Se você estiver mal, eu estarei aqui totalmente interessado: interessado em você. Eu não irei desaparecer quando você já não precisar de mim, não ouvirei por obrigação ou estenderei a minha mão a espera de algo em troca. Se você estiver mal, eu não direi o que você quer ouvir, mas somente a verdade.

Todos nós já tivemos um membro da família ou um amigo quando precisávamos de um ombro para chorar. Parece fácil, não é verdade? Muitas vezes pensamos que é muito mais fácil consolar do que ser consolado. Mas, talvez não tenhamos agido da maneira certa, mesmo que acreditemos que sim. Há muitos erros dos quais não estamos plenamente conscientes, nem mesmo quando começamos a sentir as suas consequências.

Nunca tenha pressa em ajudar uma pessoa para que ela fique bem. Talvez a única coisa que você deseja é que ela pare de reclamar.

Ouvir apenas o que queremos, oferecer apoio pela metade, dar conselhos que nós mesmos não seguimos … Isto lhe parece familiar? Sim, muitas vezes acreditamos que estamos ajudando, quando na realidade estamos fazendo o contrário. É o momento de abrir os olhos.

Se você estiver mal, ouvirei tudo que você tem a dizer

Embora desejemos ajudar a outra pessoa, nós também temos problemas, e muitas vezes não conseguimos realmente ouvir o outro. Talvez você pense que muitas das coisas que ele diz são absurdas e, portanto, você não está percebendo o que está acontecendo na sua vida. Dessa forma, não poderá ajudá-lo.

Para tal situação, é recomendável que você use toda a sua empatia. Coloque-se no lugar do outro. Você gostaria que o ouvissem de verdade? O que você gostaria que lhe dissessem? Como a opinião do outro o ajudaria a resolver a sua situação? As respostas para estas perguntas lhe darão informações adequadas sobre como ajudar nesses momentos.

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Quando você ouvir alguém, evite responder com palavras ou frases comuns: aquelas que dizemos quando não sabemos muito bem o que dizer e o silêncio nos estrangula. “Não se preocupe”. “Tudo isso passará”, “Você ficará bem.” São “frases feitas” que dizemos quando não há mais nada a dizer. Se você não sabe o que dizer, está tudo bem. Você pode só ouvir, pode perguntar.

É ineficaz dar conselhos ou dizer palavras de encorajamento sem sentido, mesmo com a melhor das intenções.

Nem sempre precisamos oferecer palavras de apoio. Manifestamos o nosso apoio simplesmente permanecendo ao lado dessa pessoa, sem deixá-la desamparada, ouvindo e fazendo esforços para compreender o problema, não para resolvê-lo.

Por outro lado, às vezes não fazer nada significa fazer muito. Um simples abraço pode ser muito mais reconfortante do que palavras sem sentido. As atitudes e saber ouvir valem mais do que mil palavras.

Seja sincero

Quando quiser ajudar alguém, não lhe diga o que deve fazer e nem como agir. Não cometa esse erro. Na maioria das vezes, compartilhar as suas próprias experiências ajuda o outro a refletir sobre a sua própria vida. No entanto, quando o fizer, seja sincero.

Tomemos como exemplo aquela sua amiga que está tendo problemas no seu relacionamento amoroso. Ela teve uma infância difícil e todos os seus relacionamentos acabaram sendo tóxicos. A sua amiga sofre de apego, de dependência emocional de alguém que “acredita amar”. Como você pode ajudá-la?

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Você pode ter passado por algo semelhante e transmitir a sua experiência. Poderá lhe mostrar os benefícios de estar sozinho, de passar um tempo sem relacionamentos amorosos, sair com os amigos para se distrair e perceber que pode ser feliz sozinho … Mas, será que você pode ajudar com o seu exemplo?

Na verdade, muitas pessoas conseguem dar bons conselhos. Entretanto, muitas vezes elas mesmas não agem dessa forma, ou os seus conselhos têm um custo que naquele momento a pessoa que está com problemas não pode assumir. Se você vai fazer uma sugestão, certifique-se de que a pessoa que a recebe não ficará mais frustrada ainda.

Se você está mal, deixarei de ouvir as minhas palavras para escutar somente as suas.

Também não é correto dizer à pessoa somente o que ela quer ouvir. Ela ficará muito pior se você não for sincero. Diga tudo de bom e ruim que existe nessa situação; uma crítica construtiva pode ser de grande ajuda.

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Ajudar o outro não é tão simples assim, não é mesmo? Requer um grande compromisso, uma atenção significativa da nossa parte e apoio incondicional a longo prazo. Tudo isso pode aliviar a dor ou lançar alguma luz sobre a situação desse amigo ou membro da família que agora, mais do que nunca, precisa de você.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.