Para ser feliz você deve acreditar que merece

Para ser feliz você deve acreditar que merece

Última atualização: 29 abril, 2016

A felicidade é tão acessível a você quanto a  dor , simplesmente por estar vivo e por ter consciência disso. Ser feliz é acessível a todos. Essa é a primeira premissa que temos na qual pensar quando estamos imersos em pensamentos catastróficos, pois a única catástrofe sem solução é não estar vivo.

Se as coisas continuam não dando certo, é porque você não está fazendo o necessário para que elas funcionem. Você se entregou ao mal-estar porque pensa que é isso que você merece.

Partindo dessa realidade, você pode se perguntar: O que eu fiz de tão ruim para não poder nem mesmo querer me sentir melhor? Quando responder, você se dará conta de que não merece tanto sofrimento causado por você mesmo…

É por isso que queremos começar a refletir sobre o que é a felicidade e sobre quais são as causas para que muitas pessoas neguem a si mesmas a possibilidade de serem felizes. É importante saber quais mecanismos estão implicados neste masoquismo emocional para detectá-los e afastá-los. Lembre-se de que para ser feliz você deve acreditar que merece a felicidade.

O que é a felicidade

A felicidade depende de três fatores fundamentais: de como você se encontra, de onde você se encontra e de como processa este encontro entre você e o mundo. A felicidade, no fim das contas, é uma atitude.

A felicidade é um estado de espírito aberto para experimentar. No entanto, a mente e o que pensamos sobre nós mesmos conquistam, quase sempre, um espaço destinado à simplicidade do desfrute, nos limitando.

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Pode ser que, pelas suas experiências pessoais ou pela educação que você recebeu, tenha integrado a premissa de que você não pode ser feliz porque não merece. Mas você está errado. Não há nada no mundo que negue a uma pessoa o poder de ser feliz.

Além disso, se você se encontra atravessando uma situação difícil, lembre-se de que outras pessoas saíram da mesma ou de circunstâncias similares a que você está. Qual é a diferença? Elas pensam que todo o seu sofrimento passado valida o desejo de voltarem a se sentir bem, com sonhos, acreditando nas pessoas e vendo a parte positiva do nosso gigantesco mundo.

Que mecanismos nós usamos para negar a felicidade

É importante analisar a chamada “pulsão de morte” que Freud explicou, o fenômeno do desamparo aprendido, comprovado por Martin Seligman, ou a consequência de suportar uma ansiedade muito elevada durante muito tempo, que deriva em quadros como a desrealização e a despersonalização. A seguir, vamos refletir sobre por que algumas pessoas negam a felicidade a si mesmas:

  • Desamparo aprendido: algumas pessoas adotaram um papel passivo, no qual consideram a dor como algo que devem suportar e não podem fazer nada para evitá-la. O desamparo aprendido acontece quando a pessoa dá tudo por perdido e sente que não pode fazer nada para melhorar. Já não luta para se salvar.
  • Desrealização: o mecanismo da desrealização é quando aparece uma distância psicológica com respeito à realidade que rodeia a pessoa. Ou seja, é como se o seu entorno e contexto fossem estranhos.
  • Despersonalização: o mecanismo da despersonalização se refere a uma distância e estranheza psicológica com respeito a si mesmo. A pessoa não se empenha em sair desse estado ou em buscar a felicidade porque não entende que é o adequado para a sua situação. Está perdida, quebrada, desconectada.
  • Pulsão de morte: é muito difícil entender alguns comportamentos, como o das pessoas anoréxicas, como se esse comportamento estrito e perigoso estivesse sob seu poder. Além do perigo físico que seus hábitos alimentares implicam, sentem que devem se controlar fortemente ou continuar causando danos a si mesmas, por ser a única forma de sentir prazer. É o que Jacques Lacan chamou de “gozo” e, Sigmund Freud, “pulsão de morte”.

O que dizem estes fenômenos? Quando alguém toca o fundo do poço, se sente culpado e não é capaz de superar seu passado, entra em um estado da vida no qual não se vive, só se está presente, sem mais; e a pessoa não se sente digna de ser feliz.

Quando uma pessoa acredita que não merece a felicidade, se isola e adota comportamentos punitivos para resolver seus erros. Não faz nada porque acredita que não vale a pena e deixa de se considerar uma pessoa.

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Se você acredita que não merece ser feliz, tome alguma providência

A quantas coisas você renunciou ou está renunciando por medo, por falta de autoestima ou por sentir que já não se encontra em seu lugar no mundo? Existem milhares de teorias e técnicas de psicologia que podem ajudá-lo a lidar com suas habilidades sociais, com seus esquemas negativos e a programar ações concretas. Existe também a medicação, ainda que nenhuma tenha sido patenteada para a dor da alma.

O melhor para a  alma  é que você volte a se conectar com ela para sentir que está ferida, mas não morta. Seu espírito adora se renovar!

Assim, reúna as forças que você nem sequer crê que tem e volte a encher sua vida de experiências. Ao morrer, sua vida estará cheia de experiências, não de sonhos. Se você não acredita que merece, pense então em como será a sua vida e a dos que te amam se você continuar sem acreditar que merece.

E não se esqueça de que, se não for você quem dará a si mesmo a oportunidade de começar a construir sua felicidade, ninguém mais poderá dar essa oportunidade a você. Só você sabe do que precisa e como precisa para ser feliz, e a primeira opção é se aceitar e acreditar que vale a pena…


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