Ser positivo nos faz mais inteligentes

Ser positivo nos faz mais inteligentes

Última atualização: 24 outubro, 2015

As emoções têm a capacidade de influenciar muitos dos nossos processos mentais. Aprendemos da mesma forma quando estamos tristes do que quando estamos alegres? Tomamos decisões de forma igual num estado positivo ou negativo? A resposta é NÃO.

Ser positivo nos faz, curiosamente, mais inteligentes. Como diz a doutora Julius, uma especialista no estudo da raivatodas as emoções exercem influência sobre nosso modo de pensar. Exercem influência sobre nossa capacidade de memória e sobre nossa inteligência. É por isso que as emoções negativas reduzirão essa capacidade de memória enquanto as positivas a aumentarão.  Por quê?

Ser positivo: razão ou coração

Pelo que devo me guiar?  Pela razão ou pelo coração?  O que pode mais, o cérebro ou o coração? Depende, há decisões que tomamos exclusivamente com o coração e há decisões que tomamos somente com a cabeça sem ter em conta o coração.

O ideal é manter o equilíbrio entre ambos, poder unir a razão e o coração de maneira mais adequada. Por quê? Porque, em muitas ocasiões, os sentimentos e as emoções veem as coisas que a razão não pode ver. Por isso é tão importante treinar tanto a inteligência acadêmica quanto a emocional.

Isso significa que devemos nos guiar somente pelo nosso instinto? Não. Devemos encontrar um equilíbrio. Que uma parte de nós deixe o coração falar, mas que outra dê voz para a razão. A partir dessas duas vozes, podemos tomar uma decisão melhor.

Emoções negativas ou positivas

As emoções negativas fazem com que a capacidade de raciocínio diminua. Isso acontece porque o cérebro está mais atento e mais concentrado no próprio estado emocional de tristeza ou chateação, dando menos atenção à tomada de decisões ou ao objetivo de identificar ideias criativas.

Pensar positivamente melhora a criatividade e a clareza de ideias quando estamos mais animados. Isso não significa que tenhamos que estar muito felizes sempre, mas sim em um estado de equilíbrio, de paz interna e otimismo. Como nosso cérebro não está submetido a tensões, vemos tudo melhor, com mais clareza.

Quando estamos bem, tranquilos e à vontade, sentimos mais confiança. E quando estamos mais confiantes costumamos aprender muito melhor. Nosso cérebro não está submetido a tensões nem estresse, nem a estados de medo. Manter-se otimista e num estado de paz interna nos ajuda a aprender e a potencializar a mente.

1. Chateação

A chateação inibe a capacidade de pensar em qualquer outra coisa. Você só pode pensar na chateação, no que ela ocasionou, na raiva que ela produziu, no que fizeram com você, etc. Você não pode pensar em outra coisa que não seja a chateação, que anula a sua capacidade de tomar decisões de qualquer tipo, e dificulta qualquer predisposição para aprender.

Além disso, assim como o medo, ela consome muita energia do cérebro. E quando o cérebro consome energia no estado emocional negativo, não presta atenção a outras funções cognitivas. Portanto, se você controlar suas emoções, vai controlar a sua mente.

2. Ira

A ira é a emoção mais destrutiva da mente. Não desperdicemos energia ficando com raiva. Quando estamos chateados, utilizamos até 37 músculos que se tensionam e contraem. Entretanto, quando sorrimos usamos apenas sete. Ao utilizar mais músculos estamos gastando mais energia, algo valioso que não deve ser desperdiçado. Então, sorria!

Não tome decisões se estiver triste, não prometa se estiver feliz

Quando nos deixamos levar pelas emoções em excesso, não pensamos com clareza. Pensamos apenas através das emoções. Se estivermos tristes não poderemos tomar decisões adequadas, pois a decisão que tomarmos irá junto da tristeza que sentimos. Se, do contrário, estivermos muito felizes, podemos pensar em fazer muitas coisas, em alcançar determinados objetivos e em cumprir certas promessas que, possivelmente, não podemos cumprir. Quando saímos desse estado extremo de felicidade para um mais normal, nos encontramos com a realidade de não poder cumprir com aquilo que tínhamos prometido.

Portanto, nos deixar levar excessivamente por nossos estados emocionais não é positivo para nossa mente. Devemos encontrar um meio termo no qual possamos sentir estas emoções, mas sem nos deixar levar exageradamente por elas. Se não pudermos fazer isso pois, como já sabemos, as emoções são muito fortes, devemos adotar a postura mais correta: como diz o ditado, se estivermos tristes, evitemos tomar decisões, se estivermos felizes, afastemo-nos das promessas.

Não podemos evitar todos os momentos em que nos sentimos mal, desanimados e chateados. Mas podemos controlar a duração destes sentimentos. Temos que fazer com que nossa força interna aflore para superar os altos e baixos. Sinto-me desanimado, sim, mas vou deixar de me sentir assim logo que puder. Isso é muito importante. Devemos nos conscientizar de que esse estado não vai durar muito. Como vimos, isso modifica o nosso mundo.

E se tivermos que estudar ou trabalhar? Devemos nos deixar levar pela chateação, ficarmos desconcentrados e não rendermos o suficiente? Não. Claro que devemos aceitar o fato de estarmos chateados, mas não podemos permitir que isso nos impeça de realizar coisas, tomar decisões e, acima de tudo, que isso nos impeça de sermos mais inteligentes.


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