O seu ressentimento nunca mais me fará sentir culpado

O seu ressentimento nunca mais me fará sentir culpado

Última atualização: 04 dezembro, 2016

Quem nunca sentiu uma sensação persistente de irritação ou raiva de alguém por considerá-lo o causador de alguma ofensa ou sofrimento? Em outras palavras, quem nunca sentiu ressentimento? Esse sentimento enraizado pode provocar um profundo rancor.

Esses sentimentos podem causar desde um ligeiro desconforto até um profundo mal-estar que pode dificultar ou impossibilitar o relacionamento com o ofensor. É uma vingança atenuada, não pretende machucar ou prejudicar, mas quer mostrar ao outro que tem o “controle da situação”.

A amargura é um veneno que eu tomo na esperança de ferir o outro.

Quando os filtros do ressentimento mudam a forma de olhar a outra pessoa

Este sentimento tem um dos mais poderosos filtros da mente humana. Quando o ressentimento toma conta das nossas emoções, nos fixamos apenas nos aspectos negativos da pessoa que consideramos a causadora da nossa dor, esquecendo o seu aspecto positivo e enfatizando as suas características prejudiciais.

O ressentimento age como um protetor para a nossa dor, nos devolvendo o controle emocional perdido. O ressentimento se manifesta quando as pessoas acreditam que fizemos ou deixamos de fazer algo que elas desejavam que fizéssemos. Muitas vezes, nós também acreditamos que os outros deveriam ter agido de determinada forma e, quando isto não acontece, nos sentimos ofendidos e sofremos muito.

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O ressentimento é baseado em uma interpretação muito pessoal do que os outros nos fazem, e as considerações mudam dependendo da perspectiva através da qual olhamos o outro. Somente rejeitando esse estado emocional e tudo o que nos rodeia podemos analisar corretamente o comportamento das pessoas e tudo de bom que elas nos mostram, porque é tão real o sofrimento causado quantos as boas ações praticadas.

Para vivermos longe dos conflitos precisamos mudar os filtros do ressentimento, porque não há filtros mais prejudiciais do que aqueles que utilizamos neste estado emocional reflexivo. Se tivermos que escolher um filtro para olhar o outro, que seja o do carinho. Pode ser que ele também distorça a nossa forma de olhar o outro, mas será de uma maneira mais produtiva e todos se sentirão melhor; tanto você quanto a outra pessoa.

“O ressentimento aparece quando culpamos os outros e não assumimos a responsabilidade pelas nossas próprias experiências”.
-Louise Hay-

As pessoas fazem com que você se sinta culpado? Corte a manipulação

Provocar a culpa em alguém para que ela se comporte como nós queremos é uma forma de manipulação tão antiga quanto o início dos tempos. Culturalmente aprendemos que quando “cometemos um erro” somos castigados, e que não existe uma melhor forma de provocar a culpa nos outros do que através do ressentimento.

Acreditando que a culpa exige uma punição ou obrigação de compensar ou reparar o mal que causamos a alguém, o ciclo emocional da culpa acaba se transformando em um labirinto emocional. Este labirinto emocional fortalece a pessoa que, com o seu ressentimento, nos provoca um sentimento de culpa tão grande que, sem nos darmos conta e em pouco tempo, ficamos expostos à sua manipulação.

Se nos sentirmos culpados por coisas que fizemos ou deixamos de fazer, estaremos deixando de viver nossas vidas com autenticidade. Nós estaremos vivendo na distorção do “tenho que”, “devo fazer”, e possivelmente a nossa vida se transformará no que os outros querem de nós, renunciando ao caminho dos nossos próprios interesses.

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Obviamente todos nós cometemos erros dos quais não estamos particularmente orgulhosos, mas olhar para trás nos recriminando pelo mesmo erro é uma perda desnecessária de energia que não traz nada de positivo.

Para não sentir culpa, bastará assumir o controle da sua vida e dos seus pensamentos, sem julgar a si mesmo, sem os filtros do ressentimento e da distorção que os outros veem em nós, porque agora já sabemos que esses filtros estão distorcidos.

A alma perturbada carrega na culpa o seu castigo.


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