11 sinais de uma autocrítica elevada

11 sinais de uma autocrítica elevada
Sergio De Dios González

Revisado e aprovado por o psicólogo Sergio De Dios González.

Última atualização: 22 dezembro, 2022

A maioria de nós aspira de maneira consciente alcançar nossa melhor versão pelo caminho correto, mas será que estamos atentos aos sinais de uma autocrítica elevada?

Uma boa ferramenta para medir nossos esforços e realizações é a autoanálise. Não há dúvida de que é admirável se preocupar em fazer as coisas o melhor que puder e tentar ser a melhor pessoa que se pode ser. Isso é o que dá sentido ao examinar os resultados negativos e tentar fazer melhor na próxima oportunidade.

No entanto, embora a autoanálise seja uma excelente maneira de observar nosso próprio comportamento e de aprender a superar nossas fraquezas e maus hábitos, muitas vezes podemos nos subestimar por sermos muito autocríticos. Neste sentido, ter um alto nível de autocrítica é prejudicial ao sucesso e a boa saúde. Ser autocrítico de maneira excessiva prejudica a autoestima e a confiança. Na verdade, está diretamente ligado com a baixa autoestima e o perfeccionismo. Por este motivo, é importante estar atento aos sinais de uma autocrítica elevada.

Ser autocrítico afeta negativamente nossa autoestima.

Homem diante do espelho

Você identifica estes sinais de uma autocrítica elevada em si mesmo?

O problema aparece quando nos colocamos no modo “piloto automático” no terreno da autocrítica. Por isso é necessário despertar e perceber o dano que estamos fazendo sem querer. Para saber se você é muito autocrítico, verifique a lista a seguir. Se encontrar muitas situações cotidianas e típicas em você, é hora de mudar a situação e começar a cuidar um pouco mais de si mesmo, mentalmente falando.

  • Nada é bom o suficiente para você e você não é bom o suficiente: você sente que nunca está fazendo nada bem o suficiente? Acha que as coisas não são como deveriam ser? Acha que tudo ao seu redor é pequeno, inclusive você mesmo?
  • Culpa a si mesmo por cada situação negativa: você se sente pessoalmente responsável quando algo ruim acontece? Assume rapidamente a culpa, ignorando outros fatores que, embora externos e incontroláveis, podem estar relacionados com o que ocorreu?
  • Está decepcionado consigo mesmo, mesmo que suas falhas sejam coisas concretas e específicas: você se sente um fracasso toda vez que faz algo errado? É incapaz de se concentrar no comportamento que causou o problema e, ao invés disso, generaliza?
  • Evita correr riscos: você não arrisca fazer algo diferente porque sente que vai fracassar? Acredita que as coisas darão errado novamente, assim como aconteceu em outras ocasiões? Está convencido de que o melhor, o mais seguro, é não fazer nada?
  • Evita expressar sua opinião: você tem medo de dizer algo estúpido, absurdo, impróprio? Pensa que o que tem a dizer não interessa? Acredita que o que pensa não será bem aceito ou é entediante?
Mulher sofrendo de ansiedade
  • Nunca está satisfeito com os seus resultados: encontra falhas repetidamente no que faz? Acha que se não pode fazer algo de forma excelente, é melhor não fazê-lo? Está disposto a insistir nos defeitos inevitáveis, mesmo quando seus resultados são positivos?
  • Vê fantasmas em todos os cenários prováveis: sempre prevê os piores cenários possíveis? O “e se…” é a forma como considera todas as opções, adiando e vendo sempre o pior? O fracasso pessoal é o filtro pelo qual passam todas as suas ações futuras? Teme a humilhação e o fracasso e valoriza isso mais que o triunfo e o êxito?
  • Problemas de imagem pessoal: você possui complexos que não consegue largar? Acredita que o que considera negativo pode afetar os outros, a forma como o valorizam, a estima que têm de você? Acredita que sua imagem pessoal o impede ou pode impedir que avance profissionalmente e socialmente?
  • Analisa seus erros persistentemente, aprofundando-se na culpa: investe muito tempo e energia para analisar o que deu errado e como você é responsável por isso, mas sem tirar conclusões que lhe permitem olhar para o passado com otimismo? Se mantém preso à culpa e ao que faltou, ao que não fez, ao invés de analisar alternativas possíveis focadas na próxima vez?
  • Comportamento defensivo diante dos comentários: tende a se sentir chateado quando as pessoas lhe fazem uma crítica justificada ou construtiva? Reage de forma exagerada aos comentários dos outros? Você leva os comentários como algo pessoal?

Deixe de lado a autossabotagem

A autocrítica intensa e frequente é uma forma de autossabotagem. Isso é, ao criticarmos a nós mesmos, fazemos justamente o contrário do que seria mais saudável para nós. Por que o fazemos então? Porque faz parte de um território psicológico familiar mais amplo, onde a rejeição, o medo ou a opressão se tornam algo habitual. Um fardo que estamos acostumados a carregar.

Coração desenhado em vidro

Assim, a negatividade se converte em um defeito emocional do qual é difícil de escapar. Como para nós é algo familiar, algo nosso, nos apegamos a isso, buscando essa negatividade mesmo no modo “piloto automático”, porque sem ela nos sentimos nus. Neste sentido, superar a autocrítica e, com ela, a autossabotagem requer ter uma maior consciência de nós mesmos. Também requer reformular nosso diálogo interior, sobre o que acontece em nós e ao nosso redor.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.