6 sinais que indicam que você deve iniciar a terapia familiar
A consciência da importância da saúde mental está aumentando notavelmente. Mais e mais pessoas são encorajadas a fazer terapia e buscar apoio profissional. No entanto, apesar de conhecermos os processos individuais e conjugais, raramente nos lembramos que estes também são realizados na família. Mas como sabemos que devemos iniciar a terapia familiar?
Muitas vezes é o estigma que nos separa de boas oportunidades. Ainda há quem acredite que a terapia familiar é apenas para núcleos disfuncionais ou agressivos. Essas pessoas consideram que recorrer a esse tipo de tratamento é reconhecer que o seu projeto falhou, que não está à altura da tarefa, ou que não existe afeto entre os familiares.
Nada está mais longe da verdade: tomar essa decisão é apostar no seu bem-estar e no dos seus entes queridos, é comprometer-se a criar um clima saudável e relações positivas que ajudem a crescer a partir do amor e do respeito. Você acha que pode se beneficiar desse tipo de intervenção? Ajudaremos você a descobrir.
Sinais de que você deve começar a terapia familiar
Existem várias razões pelas quais uma família decide iniciar um processo de terapia; desde a necessidade de apoiar um dos seus membros, até à resolução de problemas de comunicação, destacam-se entre eles. Aqui estão alguns dos mais comuns.
O que esperar ao iniciar a terapia familiar?
Conforme afirma um artigo publicado no Indian Journal of Psychiatry, a terapia familiar visa melhorar os sistemas de interação entre os membros da família, para reduzir a ansiedade e o conflito. O método se concentra em ajudar a encontrar padrões de comportamento que são a causa da disfunção a ser mantida e modificá-los para desenvolver uma família saudável.
Para isso, o terapeuta explora a dinâmica da interação no núcleo, identifica e mobiliza os recursos que possui, reestrutura os estilos que não funcionam e fortalece habilidades, como a resolução de problemas.
Em suma, graças à construção de uma boa aliança, à psicoeducação e à implementação de diferentes técnicas, o especialista colabora com a família na especificação das dificuldades e na promoção de formas mais positivas de comunicar e se relacionar (Reiter, 2017).
A eficácia desse tipo de intervenção foi demonstrada em múltiplas ocasiões (Carr, 2016). Além disso, conforme destacado por uma revisão publicada no Journal of Family Therapy, a terapia familiar é de grande ajuda para tratar todos os tipos de problemas individuais na criança: desde dormir ou comer, até problemas emocionais ou comportamentais.
Além disso, esse tipo de terapia estruturada para famílias mostra eficácia em melhorar problemas de internalização e externalização em adolescentes, promovendo a coesão familiar e ajudando os pais a se sentirem mais satisfeitos e confiantes em seu papel.
Para fazer terapia, não é preciso esperar a quebra do vínculo familiar
Por tudo isso, é aconselhável considerar o início da terapia familiar sempre que houver conflitos e insatisfações na família ou quando surgir uma situação que exceda as capacidades de enfrentamento do grupo. Mas não é necessário que nenhum dos membros apresente uma patologia grave, nem se deve esperar que os vínculos estejam gravemente danificados.
De fato, buscar apoio profissional é uma excelente medida preventiva para evitar complicações posteriores e aprender a trabalhar em conjunto a fim de formar uma equipe sólida e solidária.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Carr, A. (2016). How and why do family and systemic therapies work? Australian and New Zealand Journal of Family Therapy, 37(1), 37-55. https://www.sfft.se/dokument/AlanCarr-How-whydoFamilythetapywork.pdf
- Carr, A. (2019). Family therapy and systemic interventions for child‐focused problems: The current evidence base. Journal of Family Therapy, 41(2), 153-213. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/1467-6427.12226
- García, P. (2015). Transmisión transgeneracional de la violencia de pareja y funcionalidad familiar de hombres y mujeres de la ciudad de Trujillo. In Crescendo, 6(2), 19-28.https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5294097
- Jiménez, L., Hidalgo, V., Baena, S., León, A., & Lorence, B. (2019). Effectiveness of Structural–Strategic Family Therapy in the treatment of adolescents with mental health problems and their families. International journal of environmental research and public health, 16(7), 1255. https://www.mdpi.com/1660-4601/16/7/1255
- Reiter, M. D. (2017). Family therapy: an introduction to process, practice and theory. Routledge.
- Varghese, M., Kirpekar, V., & Loganathan, S. (2020). Family interventions: Basic principles and techniques. Indian journal of psychiatry, 62(2). https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7001353/
- Villarreal-Zegarra, D., & Paz, A. (2015). Terapia familiar sistémica: una aproximación a la teoría y la práctica clínica. Interacciones, 1(1) 45-55. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-881767