6 sinais que indicam que você deve iniciar a terapia familiar

A terapia familiar ajuda a resolver problemas individuais, a melhorar a coesão do núcleo e a desenvolver modelos de relacionamento mais saudáveis. Descubra se é hora de iniciar o processo.
6 sinais que indicam que você deve iniciar a terapia familiar
Elena Sanz

Escrito e verificado por a psicóloga Elena Sanz.

Última atualização: 02 setembro, 2023

A consciência da importância da saúde mental está aumentando notavelmente. Mais e mais pessoas são encorajadas a fazer terapia e buscar apoio profissional. No entanto, apesar de conhecermos os processos individuais e conjugais, raramente nos lembramos que estes também são realizados na família. Mas como sabemos que devemos iniciar a terapia familiar?

Muitas vezes é o estigma que nos separa de boas oportunidades. Ainda há quem acredite que a terapia familiar é apenas para núcleos disfuncionais ou agressivos. Essas pessoas consideram que recorrer a esse tipo de tratamento é reconhecer que o seu projeto falhou, que não está à altura da tarefa, ou que não existe afeto entre os familiares.

Nada está mais longe da verdade: tomar essa decisão é apostar no seu bem-estar e no dos seus entes queridos, é comprometer-se a criar um clima saudável e relações positivas que ajudem a crescer a partir do amor e do respeito. Você acha que pode se beneficiar desse tipo de intervenção? Ajudaremos você a descobrir.

Sinais de que você deve começar a terapia familiar

Existem várias razões pelas quais uma família decide iniciar um processo de terapia; desde a necessidade de apoiar um dos seus membros, até à resolução de problemas de comunicação, destacam-se entre eles. Aqui estão alguns dos mais comuns.



O que esperar ao iniciar a terapia familiar?

Conforme afirma um artigo publicado no Indian Journal of Psychiatry, a terapia familiar visa melhorar os sistemas de interação entre os membros da família, para reduzir a ansiedade e o conflito. O método se concentra em ajudar a encontrar padrões de comportamento que são a causa da disfunção a ser mantida e modificá-los para desenvolver uma família saudável.

Para isso, o terapeuta explora a dinâmica da interação no núcleo, identifica e mobiliza os recursos que possui, reestrutura os estilos que não funcionam e fortalece habilidades, como a resolução de problemas.

Em suma, graças à construção de uma boa aliança, à psicoeducação e à implementação de diferentes técnicas, o especialista colabora com a família na especificação das dificuldades e na promoção de formas mais positivas de comunicar e se relacionar (Reiter, 2017).

A eficácia desse tipo de intervenção foi demonstrada em múltiplas ocasiões (Carr, 2016). Além disso, conforme destacado por uma revisão publicada no Journal of Family Therapy, a terapia familiar é de grande ajuda para tratar todos os tipos de problemas individuais na criança: desde dormir ou comer, até problemas emocionais ou comportamentais.

Além disso, esse tipo de terapia estruturada para famílias mostra eficácia em melhorar problemas de internalização e externalização em adolescentes, promovendo a coesão familiar e ajudando os pais a se sentirem mais satisfeitos e confiantes em seu papel.

Para fazer terapia, não é preciso esperar a quebra do vínculo familiar

Por tudo isso, é aconselhável considerar o início da terapia familiar sempre que houver conflitos e insatisfações na família ou quando surgir uma situação que exceda as capacidades de enfrentamento do grupo. Mas não é necessário que nenhum dos membros apresente uma patologia grave, nem se deve esperar que os vínculos estejam gravemente danificados.

De fato, buscar apoio profissional é uma excelente medida preventiva para evitar complicações posteriores e aprender a trabalhar em conjunto a fim de formar uma equipe sólida e solidária.


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