Síndrome da alienação parental

Síndrome da alienação parental

Última atualização: 25 abril, 2015

A Síndrome da Alienação Parental (SAP) caracteriza-se principalmente pela rejeição, sem nenhuma justificativa, por parte de um filho por algum dos seus pais. Mas o detalhe dessa situação é que esse sentimento de desamor não surge de maneira “natural”, e , sim, é algo “programado” pelo outro progenitor com quem a criança convive ou passa a maior parte do tempo.

Fundamentalmente, nesta desordem, os filhos são usados sem consideração, ignorando o dano psicológico permanente que o progenitor alienador está causando. É como muitos de nós nos perguntamos: é possível que um pai use indiscriminadamente um filho com a única finalidade de se vingar ou atingir o outro progenitor?

Desenvolvimento do SAP: Mãe versus Pai

Habitualmente, essa situação se desenvolve em situações de separação ou divórcio, nas quais, obviamente, a custódia física e moral dos filhos está em jogo. É dessa forma que o progenitor que é responsável pelo filho a maior parte do tempo (alienador) incita na criança sentimentos de ódio, rejeição e humilhação do outro progenitor (alienado). 

O alienador faz o papel de vítima diante dos seus filhos, papel no qual joga a culpa no outro progenitor pela separação, fazendo com que os filhos se sintam traidores aos se relacionar com o pai rejeitado. Nessa patologia, o alienador realiza aquilo que se considera uma lavagem cerebral em seu filho, que chega ao ponto de mentir ou realizar falsas declarações contra o pai alienado para não perder o afeto do progenitor com quem convive.

Consequências do SAP: Psicológicas e Físicas

Na Síndrome da Alienação Parental, o alienador é consciente das ações que realiza e dos efeitos que tais ações têm sobre o cônjuge. Entretanto, ignora o fato de que usar seu filho para causar danos ao outro progenitor deixa cicatrizes irreparáveis no bem-estar da criança. Sendo assim, a criança pode chegar a ter graves perturbações no seu comportamento porque a sua própria capacidade de racionalizar foi manipulada.

Vamos ver como se manifestam alguns danos nos filhos que vivem essa situação:

Alteração na Estabilidade Emocional: é uma das principais consequência da SAP, caracterizada por um sentimento de ansiedade e estresse, que algumas crianças experimentam quando estão em contato com o progenitor alienado (aquele do qual foi afastado emocionalmente).

Transtorno nos hábitos cotidianos, como alimentação e o sono:  a criança se sente confusa e incapaz de enfrentar a situação. Este estado de ânimo, por sua vez, não lhe permite conciliar o sono ou comer adequadamente.

Perturbações na Conduta: refletidas no aumento da agressividade da suas ações aos demais. Fazem isso para chamar atenção e manifestar as emoções que não conseguem expressar livremente.

Como lidar com a Síndrome da Alienação Parental?

Os profissionais da área recomendam que o menor continue em contato com o progenitor alienado. Isso vai garantir que a relação entre pai ou mãe e filho não seja completamente extinta. Da mesma forma, recomenda-se não fazer reprovações ou criticar a conduta da criança porque isso só aumentaria a SAP.

Obviamente, a solução definitiva da Síndrome de Alienação Parental depende principalmente de uma mudança de mentalidade do progenitor alienador. Essa mudança contribuirá para que o menor e o progenitor alienado voltem a ter uma relação estável que lhes foi negada pela atitude negativa do outro progenitor. Normalmente, essa mudança não é fácil, razão pela qual pode ser necessária a assistência psicológica para o pai alienador e, melhor ainda, para todos os familiares envolvidos, tanto adultos quanto crianças.

Manipular um filho nunca é aceitável sob nenhum conceito, mas especialmente quando a estabilidade emocional e psicológica do pequeno está em jogo. O fim simplesmente não justifica os meios.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.