
O teste de psicologia do casal (ou das duas pessoas) é um teste projetivo. Sua finalidade é detectar a identidade e o tipo de vínculo estabelecido entre duas pessoas. Paralelamente, por meio desse teste, é possível perceber fatores, como as…
Superar a preguiça e a apatia não depende apenas de vontade própria. É muito difícil encontrar a força da motivação quando o que geralmente está por trás dessas dimensões psicológicas é o medo, a angústia, a falta de apoio emocional e até mesmo alguma doença subjacente. Transtornos como a depressão ou um problema na glândula tireoide geralmente estão envolvidos nesses tipos de condições.
Quando uma pessoa mergulha no poço da apatia e da preguiça, sua realidade muda completamente. A primeira coisa que acontece é que ela deixa de ser capaz de mobilizar os recursos suficientes para emergir dessa situação. Nem sempre pode ter a energia necessária para recuperar sua vitalidade e colocar em seu horizonte novos e motivadores objetivos com os quais recuperar o desejo, o brio ou a esperança.
“O oposto do amor não é o ódio, mas a apatia.”
-Leo Buscaglia-
Muitas vezes, e do ponto de vista clínico, é preferível entender o que está por trás do poço em que a pessoa afundou, em vez de dar estratégias imediatas para sair dele. É necessário saber o que está por trás dessa atitude apática, por trás daquela fadiga e daquela relutância. Não é lógico, nem útil, fornecer recursos ao paciente sem primeiro esclarecer quais são os gatilhos desse estado.
Tanto é assim que nos últimos anos temos cada vez mais estudos e trabalhos sobre o assunto. Sabemos, por exemplo, que a desmotivação nem sempre é um reflexo da vagabundagem, da passividade que se escolhe por simples desinteresse pelo seu ambiente. A falta de motivação e apatia estão relacionadas a circuitos cerebrais muito específicos que, em certos momentos, podem mostrar certas patologias.
São, sem dúvida, fatores que devemos levar em consideração ao escolher a abordagem terapêutica mais adequada.
Para superar a preguiça e a apatia, não necessários mais do que conselhos. Quando esses estados não são pontuais no tempo, mas se tornam crônicos, a pessoa (e seu ambiente) devem estar cientes de que uma mudança é necessária. Para isso, é uma prioridade ter um diagnóstico preciso que nos permita começar a fazer pequenas inovações em nossa rotina e em nossa abordagem pessoal para sair desse poço antes mencionado.
Algo que sem dúvida temos que deixar de lado nessas situações são os termos pejorativos. Muitos pacientes que sofrem de preguiça e apatia não são “preguiçosos” por vontade própria. Devemos evitar categorizar a inatividade e a falta de interesse como fraqueza de personalidade, porque não é nem útil nem preciso. Vejamos, portanto, o que realmente existe por trás de muitos desses estados.
Por outro lado, e não menos importante, devemos levar em conta os fatores orgânicos e/ou neurológicos. Condições como a fibromialgia, o hipotireoidismo ou mesmo a doença de Alzheimer medeiam essa sensação permanente de falta de energia, apatia e desmotivação. Da mesma forma, não podemos esquecer que nos transtornos depressivos é comum que a preguiça e a falta de interesse se manifestem.
Para superar a preguiça e a apatia, precisamos de apoio. Apoio especializado e também das pessoas ao nosso redor. Da mesma forma, é necessário que percebamos a partir delas um sentido autêntico de compreensão, e não de censura. Porque a falta de desejo, entusiasmo e motivação afundam mais se o que recebemos são críticas ou desprezo…
Para entender melhor como superar esse estado, precisamos nos lembrar de um detalhe. Muitas vezes, acreditamos que para criar um estado emocional, para melhorar a motivação, basta “mudar” o pensamento. Agora, a famosa regra de “pensar bem para viver melhor” nem sempre é 100% cumprida. Não se não estamos bem, não se há um cérebro com falta de serotonina ou se há um corpo doente.
Foi William James quem nos disse, em primeiro lugar, que o pensamento nem sempre precede a ação. Quando falamos de motivação, “ação e sentimento” sempre andam de mãos dadas.
O cérebro, a mente e o nosso corpo devem estar em plena harmonia para encontrar esse impulso, essa energia interna com a qual recuperar o ânimo. Vamos refletir agora sobre as seguintes dimensões, aquelas que podem nos permitir superar a preguiça e a apatia.
Superar a preguiça e a apatia não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível. No entanto, não podemos esquecer que essas sombras são muito reincidentes e geralmente nos visitam com frequência. Quando isso acontecer, devemos estar preparados, prontos para desativá-las, para ventilar nossos cômodos emocionais com brisas frescas e novos projetos.