O que você nega o submete; o que você aceita o transforma

O que você nega o submete; o que você aceita o transforma

Última atualização: 11 maio, 2017

Muitas das pessoas que procuram um psicólogo querem mudar a sua situação de angústia permanente sem mudar a si mesmas. Uma grande parte da resistência inicial ao tratamento se deve ao medo de aceitar o que realmente está acontecendo com elas. Algo curioso, porque as mudanças de maior sucesso reconhecem com precisão o ponto de partida.

Muitas pessoas supervalorizam o que não são e subestimam o que são. Uma grande parte de sua dor é causada pela forma como elas se avaliam. Por sua vez, acreditam que a dor pode tornar as pessoas suscetíveis e beligerantes.

As nossas interpretações das nossas reações emocionais nos levam a sofrer e entrar em conflito com nós mesmos. Em última análise, nós somos a causa, ou pelo menos os “cúmplices”, da nossa própria dor.

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Optar por tomar uma atitude de resistência muitas vezes nos impede de entender que a causa do sofrimento não tem nada a ver com o fato em si, mas com a reação que temos com relação a ele. As pessoas que resistem à mudança esperam que no futuro os problemas se resolvam por conta própria, sem que tomemos uma abordagem proativa. Elas esperam ser recompensadas ​​de alguma forma sem alterar qualquer um dos comportamentos que criaram o problema.

A felicidade só pode existir na aceitação. Quando você aceita, se transforma.

A paz vem de dentro, não procure no exterior

Muitos pacientes colocam o foco das suas queixas nos fatores externos que não podemos controlar. Uma grande parte do nosso sofrimento nasce e se mantém pela fixação excessiva em situações injustas sobre as quais não temos controle.

Quando não somos capazes de controlar os nossos próprios estados de espírito, culpamos os outros pela nossa angústia emocional. Quando nos concentramos nos demais, deixamos nas suas mãos as nossas emoções.

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Ninguém entregaria conscientemente o controle das suas emoções nas mãos de outra pessoa porque isto tem a ver com a nossa essência, com o nosso eu interior. No entanto, ficamos frustrados quando alguém não cumpre as expectativas que tínhamos sobre ele. Ensinar a lidar com as pressões e as frustrações é um aspecto fundamental na dinâmica mental do indivíduo, e este trabalho consegue fazer com que o paciente aceite a sua situação e, ao mesmo tempo, desenvolva a sua capacidade de intervir nela.

As mudanças interiores antecedem as mudanças exteriores

Quando as nossas crenças são comparadas com as crenças de outras pessoas ou com circunstâncias que são diferentes da nossa maneira de ver as coisas, podemos entrar em um sofrimento psicológico recorrente. Iniciar um processo de mudança pessoal ajudará a nos concentrarmos em nós mesmos, nos afastará do vitimismo, da indignação e da resignação.

Ser honesto consigo mesmo pode ser muito doloroso no início, mas a médio prazo é muito libertador. Isto nos permite encarar a verdade sobre quem realmente somos e como nos relacionamos com o nosso mundo interior. Na verdade, nós somos os únicos capazes de perturbar a nós mesmos.

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Somente nós mesmos temos o poder de nos magoar. Apesar de ser travada na nossa própria mente, esta guerra pessoal ilusória provoca uma série de cargas emocionais como a culpa, a amargura, o ressentimento, o ódio, a punição e o desejo de vingança. Todas essas emoções chegam ao consultório para terapia, muitas vezes disfarçadas de conflitos com os outros.

Estas emoções são o resultado de interpretações exageradas e externas de alguns fatos e emoções que ocorreram no passado. O problema surge quando esses eventos passados condicionam a nossa rede de relacionamentos no presente e nos impedem de avançar. Quando você aceita o passado, consegue viver o presente.

“Não deixe que o que você não pode fazer interfira no que você pode fazer”.
 – John Wooden –


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