5 chaves para liberar emoções
As emoções permitem que nos relacionemos com os demais, mas é triste que muitas vezes tendamos a escondê-las. Existem quatro emoções essenciais ou básicas (embora alguns autores admitam uma ou outra a mais): a tristeza, a raiva, o medo e a alegria. Neste grupo somente uma é considerada positiva, mas isso é um valor dado pela nossa cultura. Assim, fazer esta distinção entre o que é negativo e positivo pode ser um impedimento para liberar emoções.
Devido a nossas experiências, nas quais nos mostramos vulneráveis e nos fizeram mal, começamos a esconder nossa tristeza projetando uma imagem de força. Não expressamos nossa raiva por medo da desaprovação dos demais, escondemos o medo fazendo com que ele nos domine, e controlamos nossa alegria porque em muitas ocasiões já nos chamaram a atenção por tê-la expressado com espontaneidade.
“As dúvidas, os medos e as inseguranças nos impedem de expressar aquilo que, por natureza, deveria ser transmitido”.
1. Suas emoções são importantes
As situações mencionadas anteriormente são produto de menosprezar suas emoções e sua importância em comparação, por exemplo, com a importância dada à inteligência lógica. Talvez você pense, como muitos provavelmente o fizeram enxergar, que as emoções o tornam fraco. Você pensa que tudo isso não provoca mais do que uma forte contenção das mesmas.
Ao não dar importância às suas emoções, você se transforma em um especialista em “engolir” tudo aquilo que não quer e nem consegue digerir. Isso, a longo prazo, fará com que você se sinta muito mal, porque irá superá-lo e você ficará com emoções acumuladas que vão acabar saindo do seu corpo sem controle algum. Você vai buscar ar e não vai conseguir respirar.
Você quer que a raiva flua descontroladamente durante uma reunião no trabalho? Parece certo ser cruel com um amigo por acumular emoções? Se alguma vez você já passou por estas situações ou deseja evitá-las, é o momento de mudar a maneira como você lida com sua gestão emocional.
2. Seja consciente no momento de liberar emoções
Em alguma ocasião talvez você tenha tentado liberar emoções e tenha se encontrado com a tão terrível culpa. Isso ocorre quando você as expressa sem ser consciente. Leve em conta que é preciso saber a maneira adequada de comunicar o que sentimos, mostrando respeito pela outra pessoa.
De fato, esta falta de consciência pode ser vista quando você reprime tanto suas emoções que acaba explodindo a qualquer momento. Neste caso você não tem piedade, não leva em conta quem está na sua frente.
Por isso, expresse suas emoções quando assim o desejar, abrindo bem os olhos e empatizando pela pessoa que está diante de si para evitar machucá-la, e evitar que você mesmo saia ferido por não ter sabido gerenciar bem este tipo de situação.
3. Não espere, desabafe quando precisar
A chave para que as emoções não se descontrolem é que, quando você precisar, desabafe. Isso não quer dizer que em determinados contextos isso deve ser feito. Por exemplo, em uma entrevista ou qualquer outra situação similar não faria sentido liberar emoções desta maneira, já que você sairia prejudicado.
No entanto, isso não significa que não se deve fazê-lo nunca. Na verdade, é preciso fazê-lo. Em que lugar você se sente livre e bem? Onde você sente confiança para expressar tudo que leva dentro de si? Vá a este lugar e abra-se para deixar sair o que está dentro de você.
Se você sente raiva, pegue uma almofada, dê socos ou algo semelhante; se notar que o medo o invade, permita-se tremer, senti-lo em cada poro da sua pele e aceitá-lo; se o que acontece é que você está triste, chore, grite ou busque a pessoa cujo abraço dissipará qualquer choro.
4. Não fique dando voltas nas emoções
As emoções não costumam durar muito. A alegria, por exemplo, é momentânea, não dura horas e horas. No entanto, quando uma emoção dura mais tempo do que o “normal”, passamos de falar sobre uma emoção a falar de um estado emocional.
Por exemplo, você pode se sentir triste, mas se esta tristeza começar a ser apoiada por pensamentos que dão voltas e mais voltas, tornando-se ruminantes, gerando ansiedade, então você está prendendo esta emoção e impedindo que siga seu curso natural.
Às vezes é preciso saber distinguir quando a emoção passou a se alimentar de nossos pensamentos, tornando-se um produto daquelas inseguranças, medos e crenças que o afetam. Em algumas ocasiões, fazemos uma montanha de um simples grão de areia.
5. Leve em conta o entorno em que você se encontra
Se você se encontra em um entorno no qual é comum dizerem frases como “não chore”, “não seja tão sorridente”, “não se irrite”, manifeste que você tem o direito de se expressar e que para você isso é muito necessário. Faça-o a partir do respeito e buscando o entendimento dos demais.
O importante é que não deixe de expressar o que sente somente porque isso pode incomodar os demais. Algo muito comum e fruto de uma educação que nos prende e nos impede de ser da maneira com somos. Se você precisa manifestar suas emoções, faça isso. Não há nada de errado com isso!
“Quando você expressar suas emoções, lembre-se: não prejudicar a si mesmo, não prejudicar os outros”.
-Martha Sialer-
Desde pequenos nos dizem constantemente que não façamos isso, que não manifestemos aquilo… No final, adotamos o costume de guardar tudo o que queremos dizer e expressar para nós mesmos, enquanto nos fazemos mal por causa desta atitude tão prejudicial.
Não deixemos que o que sentimos nos envenene porque as outras pessoas vão se incomodar com nossas emoções. Retê-las e prendê-las muitas vezes faz com que comecem a ser fruto de ruminações de nosso cérebro, e elas durarão mais do que o devido. Podemos evitar tudo isso. Comecemos a permitir que fluam seu caminho natural.