5 crenças errôneas sobre a educação dos filhos
Quando os filhos nascem, não só eles são uma espécie de livro em branco sobre o qual vamos escrever vivências, experiências e educação, mas os pais também. Como pais, estamos na mesma situação em muitos aspectos, pois a educação dos filhos é um universo diferente no caso de cada criança.
Assim, mesmo que tenhamos ideias preconcebidas sobre como ser bons pais, muitas vezes temos que retificá-las. À medida que vamos aprendendo mais sobre as crianças e conhecendo melhor a nós mesmos, as crenças sobre como educá-las vão mudando. Por isso, nunca devemos nos cansar de aprender com os nossos erros.
A seguir vamos explicar algumas crenças errôneas sobre a educação dos filhos com as quais, segundo os psicólogos, nem sempre nos damos bem na prática.
Crenças equivocadas sobre a educação dos filhos
Um pai nunca erra
Esta primeira ideia sobre a educação dos filhos é um clássico da velha escola educacional. De acordo com essa visão, os pais são um exemplo total para seus filhos. Por essa razão, às vezes costumam parecer seres perfeitos que nunca erram. No entanto, temos consciência da pressão que isso cria em nossos filhos?
Se uma criança presta atenção em tudo que os seus pais fazem, e estes são perfeitos, que nível de exigência estamos colocando na criança? A pressão e o estresse que isso provoca em nossos filhos pode ser muito excessivo.
Assim, os especialistas sabem que os pais erram. Além disso, os erros são uma oportunidade perfeita para aprender e extrair lições valiosas. De fato, vão permitir que as reações futuras diante de situações similares sejam meditadas e funcionais.
“A maior parte das pessoas confunde a educação com a instrução”.
-Severo Catalina-
Não se diz NÃO para uma criança, pois ela pode se frustrar
Alguns pais acreditam que negar o que os filhos pedem é uma má ideia. No entanto, a frustração não faz parte da vida? Mas, isso significa que devemos causar frustração na criança para que ela aprenda? A verdade é que não devemos chegar a nenhum dos extremos. Não podemos dizer SIM para tudo, nem negar todos os desejos da criança sistematicamente.
Se a criança fizer um escândalo e você ceder e der razão à ela, para que ela pare de se comportar de tal forma, esta não é a solução. Pelo contrário, uma resposta firma e um convite para que a criança pense, reflita e estude sua atitude costuma oferecer melhores resultados.
A verdade é que nem sempre é fácil fazer isso, e que no calor de uma situação estressante, é difícil parar para pensar. No entanto, com o tempo, os resultados serão positivos. Esta forma de agir melhora o comportamento e a atitude das crianças. Os pais, por outro lado, aprendem a se manter firmes em suas crenças.
Eu sei do que o meu filho precisa
Esta é outra das crenças errôneas mais comuns sobre a educação dos filhos. Será que podemos saber exatamente o que os nossos filhos querem? Somos tão empáticos e os conhecemos tanto assim para podermos entrar em sua mente e distinguir com total acerto o que eles precisam e desejam?
As pessoas que pensam assim costumam acabar tendo atitudes autoritárias. Dessa forma, o que a criança pensa acaba sendo ignorado, os pais acabam não ouvindo suas ideias e verdadeiras necessidades. Não é verdade que você gosta que as pessoas te escutem, te aceitem, te valorizem e te compreendam? Por que seria diferente com o seu filho?
Não devemos cair na armadilha de pensar que sabemos exatamente o que os nossos filhos precisam. Uma das nossas funções como pais é escutar suas necessidades e tentar cumpri-las da forma mais eficaz possível, não da forma como nós acreditamos ser a melhor.
Meu filho vai amar esta atividade
Às vezes impomos desejos aos nossos filhos. Por exemplo, se gostamos de futebol, nos empenhamos para que eles pratiquem o esporte. Desejamos que eles sejam pintores, escritores, atores, atletas, músicos, mas não seria melhor perguntar a eles o que desejam?
Talvez eles não tenham os mesmos desejos que nós temos. Talvez seja positivo tentar, experimentar um pouco para ver se eles realmente se atraem pela atividade. Assim, vão poder escolher aquelas atividades que realmente vão fazê-los felizes.
Somos os pais e temos o poder
Essa é outra das crenças errôneas sobre a educação dos filhos que os pais mais compartilham. Muitas discussões com eles acabam em frases como “Você vai fazer isso porque eu estou mandando!”, ou “Você vai fazer isso porque você mora na minha casa!”. Você consegue imaginar a impotência e a frustração que isso gera neles? Você já tentou se colocar no lugar deles em algum momento?
Imagine a frustração que você sentiria se seu chefe agisse dessa forma. No caso dos seus filhos, a sensação é parecida. Lembre-se de que você só é pai ou mãe, não dono: mesmo que possa ter mais experiência, as opiniões dos filhos também devem ser levadas em conta.
A verdade é que, por mais que seja difícil, é preciso discutir com os filhos de forma calma. No geral, chegar a um consenso com os filhos sempre será mais positivo do que simplesmente dar um murro na mesa.
“Repreender aquele que erra não adianta nada se não lhe ensinarmos o caminho correto”.
-Columela-
É claro que você não precisa acreditar ao pé da letra em tudo que acabou de ler aqui. Se você não estiver convencido sobre estas crenças errôneas, experimente usá-las. No fim das contas, o mais importante é que você alcance resultados positivos no relacionamento com os seus filhos.