5 recomendações para aprender a se amar

5 recomendações para aprender a se amar
Gema Sánchez Cuevas

Revisado e aprovado por a psicóloga Gema Sánchez Cuevas.

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 26 setembro, 2020

Aprender a se amar tem uma enorme importância para a nossa saúde emocional. Se ser positivo com os outros tem uma série de vantagens importantes, ser positivo consigo mesmo é fundamental, afinal de contas, somos a pessoa com a qual vamos permanecer para o resto de nossas vidas.

Praticar o amor próprio é algo como exercer um egoísmo saudável, a partir do qual nos priorizamos e nos tratamos bem. Isso surge do reconhecimento de quem somos e da aceitação de nossas virtudes e defeitos.

Além disso, só quando aprendermos a nos amar e nutrir como se fôssemos nossos próprios filhos poderemos dar amor aos outros. Se nos valorizarmos pouco, nunca poderemos desenvolver o sentimento de autoconfiança e nossa autoestima ficará no chão. Amar a si mesmo deve ser uma prioridade.

Muitas pessoas pensam que não amam a si mesmas. Isso, em parte, não é verdade. Nós nos amamos porque é impossível não se amar, já que o receptor e o emissor desse desejo são a mesma pessoa. Porém, existem pessoas que continuam pensando que não se amam. Na realidade o que queremos dizer com isso é que há certas partes de cada pessoa, da personalidade de cada um, das quais a própria pessoa não gosta.

Também podemos sentir que não nos amamos quando nos arrependemos ou nos envergonhamos de ter feito, dito ou pensado algo. É  normal que isso aconteça, não somos perfeitos. As pessoas têm imperfeições e precisam aprender a lidar com elas. Não é por isso que devemos deixar de nos amar e de nos valorizar.

Coração de papel

Características das pessoas com baixa autoestima

A baixa autoestima tem uma impressão muito ruim. A partir dela podem surgir inúmeros problemas psicológicos. De fato, está associada a problemas de dependência, uma necessidade excessiva de aprovação e transtornos como a ansiedade e a depressão.

As pessoas com baixa autoestima, além de tratarem mal a si mesmas, tendem a fazer o mesmo com os demais. Ou seja, projetam seus próprios sentimentos sobre eles. Além disso, também apresentam outras características:

  • Buscar constantemente a aprovação dos outros.
  • Desejar controlar os outros.
  • Sofrer exploração por parte de parceiros, colegas ou amigos.
  • Criar relações de dependência com pessoas, instituições, causas ou substâncias.
  • Ter pensamentos distorcidos
  • Ter sentimentos de insatisfação, ódio, desgosto e desprezo por si mesmo.

Como vemos, a baixa autoestima implica uma série de problemas adicionados, como ter problemas interpessoais, de trabalho ou em qualquer outro âmbito.

A baixa autoestima pode ser a origem de alguns transtornos psicológicos

Aprender a se amar é um fator de proteção diante das doenças mentais. De fato, a baixa autoestima age como um fator facilitador da depressão, da ansiedade, dos transtornos alimentares e dos transtornos de imagem corporal.

Nas pessoas mais velhas a baixa autoestima foi associada a uma saúde pior, maior incapacidade de fazer as coisas, maior ansiedade, depressão, somatização e dor. Ainda, uma baixa autoestima também pode ser um fator de risco de suicídio. Porém, em todos os casos ela é um dos muitos fatores que interagem com outros. Ou seja, a baixa autoestima, por si só, não é a responsável, por exemplo, por um transtorno alimentar.

Jovem com baixa autoestima

5 recomendações para aprender a se amar

Aprender a se amar está intimamente ligado com o conceito de autoestima. Para melhorá-la, podemos usar uma série de estratégias. São as seguintes:

Falar de forma positiva

A forma como falamos sobre nós mesmos tem consequências. Se nos criticarmos e culparmos continuamente, nos sentiremos mal. Agora, se nos tratarmos com respeito e cuidarmos da nossa linguagem, evitaremos o mal-estar.

Julgar rigidamente a nós mesmos nos impede de crescer e avançar. É importante aprender a perceber nossos aspectos positivos e se alegrar por eles, assim como aceitar nossos defeitos. Querer ser perfeito é igual a querer não ser humano.

“Conceda-me a serenidade de aceitar o que não posso mudar, a valentia de mudar o que posso, e a sabedoria para distinguir a diferença.”
– Oração da serenidade –

Cuidar do corpo e da alma

O binômio corpo-alma não pode ser separado. O que é bom para um é bom para o outro. Isso quer dizer que devemos nos cuidar tanto a nível físico quando emocional.

Uma alimentação equilibrada, um sono reparador, praticar exercícios toda semana, ouvir músicas agradáveis, caminhar na natureza ou jantar à luz de velas enquanto conversamos com alguém importante para nós são algumas das formas possíveis que contribuem para que nos sintamos melhor.

Aprender com os erros sem se castigar

Uma vez que tenhamos cometido um erro, não servirá de nada nos castigarmos por ele. Todos cometemos erros e é preciso aceitá-los como parte de nossas vidas. Está bem não cometê-los, mas pretender não cometer nenhum é impossível.

Por trás de cada erro há um aprendizado, uma oportunidade para aprender a fazer as coisas de outra forma. É nesta oportunidade que o nosso foco deve estar.

Aprender a se amar implica aprender com os erros e extrair o ensinamento escondido em cada um deles.

Café com carinha feliz

Esquecer as mensagens contraditórias

Uma mensagem contraditória envolve um elogio e uma crítica ao mesmo tempo. É muito comum em pessoas com a autoestima baixa. Por exemplo, uma mensagem contraditória poderia ser: “Como você trabalhou bem, pena que demorou muito…”.

Descarte estas duplas mensagens e substitua-as por elogios e gratidão, deixando as críticas de lado. Por exemplo: “Como estou feliz pelo trabalho que fiz”.

Priorizar lugares, relações e atividades que nutrem

Os lugares que nutrem são aqueles em que recuperamos a serenidade e o prazer de viver. Podem ser montanhas, o mar, um parque, ou até a nossa casa. Inclusive, se precisarmos também podemos reorganizar a casa, pois isso poderá funcionar como um impulso para reorganizar nossas vidas.

As pessoas que nutrem são aquelas cuja presença e companhia nos trazem paz e vigor. Então, devemos nos relacionar com pessoas com as quais ficamos à vontade e evitar as relações tóxicas.

Por outro lado, as atividades que nutrem são atividades prazerosas que nos proporcionam as forças necessárias para enfrentarmos o estresse da vida cotidiana.  Ler um bom livro, assistir a um filme, praticar um esporte ou simplesmente descansar são exemplos disso.

Como vemos, aprender a se amar é fundamental. Agora, como todas as habilidades, esta também exige dedicação. Apostar em nós, nos cuidarmos e valorizarmos é essencial para cuidar da nossa saúde emocional, além de constituir os alicerces para construir uma vida feliz, rodeada de bem-estar.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.