5 sintomas iniciais da ansiedade que passam despercebidos
Muitas vezes os sintomas iniciais da ansiedade passam despercebidos porque são sutis e, para um leigo, pode parecer que não têm nada a ver com este mal. A neurociência detectou que esses indícios aparecem cedo e constituem um sinal de alerta para entender o que acontece.
Uma vez que a ansiedade já está estabelecida, os sentimentos que podem predominar são a incerteza, o medo difuso e uma espécie de abismo interior. Na ansiedade, os sistemas físicos, psicológicos, cognitivos e emocionais se unem. Daí o motivo desta ser uma condição complexa, da qual não se consegue sair facilmente.
Como acontece com todos estes problemas, quanto mais rapidamente eles forem detectados, antes poderão ser tratados e maiores serão as possibilidades de superá-los. Por isso, é importante que estejamos atentos aos sintomas iniciais da ansiedade. Estes são 5 deles.
“As ameaças à nossa autoestima ou à ideia que temos de nós mesmos causam, com frequência, muito mais ansiedade do que as ameaças à nossa integridade física”.
– Sigmund Freud –
1. Pés frios, um dos sintomas iniciais da ansiedade
A temperatura dos pés pode ser uma pista do nosso estado emocional. Um dos sintomas iniciais da ansiedade pode ser ter os pés frios de maneira recorrente, e sem uma razão fisiológica que os explique durante uma análise superficial. Por que este é considerado um elemento potencial de um estado de ansiedade?
Acontece que, quando o ser humano se sente ameaçado, o fluxo sanguíneo aumenta nos órgãos que estão localizados no peito. Basicamente, no coração e no sistema digestivo. É uma forma de reagir diante do perigo. Quando isto acontece, as extremidades, especialmente os pés, são menos irrigados. Por isso, a temperatura deles diminui.
2. Bocejos frequentes
Outro dos sintomas iniciais da ansiedade é bocejar com uma maior frequência do que o normal. Existe um estudo da Bournemouth University (Inglaterra) que confirma isso. Segundo essa pesquisa, as pessoas que estão sob estados de ansiedade, medo ou pânico tendem a bocejar com uma maior frequência.
O estudo revelou que existe uma relação direta entre o número de bocejos e a produção de cortisol, o hormônio do estresse. Quanto mais bocejos, maior a quantidade de cortisol. Isso se deve ao fato de que o cortisol aumenta a temperatura corporal. O bocejo, por sua vez, contribui para reduzir a temperatura.
3. Névoa mental
A névoa mental é uma condição que dificulta a concentração. Ela é experimentada como uma certa sensação de irrealidade. A pessoa que sofre dela sente que não consegue se conectar com o momento presente e não consegue se concentrar com facilidade.
Essa névoa mental também é conhecida como “fibro-nevoeiro”, e pode ser um dos sintomas iniciais da ansiedade. Existem tantas ideias na mente do indivíduo que se forma uma espécie de véu no seu pensamento. Por isso é tão difícil manter a atenção.
4. Pesadelos recorrentes
Todos já tivemos um pesadelo. Este fenômeno associado ao sono pode estar relacionado com situações que já vivemos, que nos impressionaram profundamente e que nós não conseguimos aceitar completamente. No entanto, quando isso começa a se tornar repetitivo, talvez seja uma manifestação de ansiedade latente.
Os sonhos e, em especial, os pesadelos, podem ser uma manifestação do nosso inconsciente. Talvez eles falem de situações das quais nós não temos lembrança em nossa consciência, mas que estão gravitando sobre a nossa vida. Assim, os pesadelos podem ser um sinal inequívoco de ansiedade embrionária.
5. Sabor metálico na boca
A Universidade de Bristol (Reino Unido) realizou um estudo sobre a ansiedade. Descobriu que as pessoas ansiosas tendem a ter uma percepção mais aguçada dos sabores salgados e amargos. Desse modo, estabeleceu-se que um dos sintomas iniciais da ansiedade é um incômodo sabor metálico na boca.
A ansiedade é uma emoção potencialmente forte que, em algumas pessoas, estimula a proliferação de bactérias bucais. Isso, por sua vez, provoca o sangramento das gengivas. No entanto, o problema pode ser muito leve e, por essa razão, muitas vezes não é notado em um primeiro momento. O que se sente mais é o sabor metálico do sangue na boca.
A ansiedade, assim como outras condições psicológicas, leva a comportamentos que vão formando padrões. Sem que nós percebamos, aprendemos esses padrões e começamos a repeti-los. Em outras palavras, aprendemos essas condutas ansiosas e as adotamos. Quando isso acontece, sair desse círculo vicioso é um desafio que se complica.
Por isso, é muito importante manter uma atitude de auto-observação. Detectar as mudanças, os novos sintomas, os incômodos, por menores que possam parecer. Se conseguirmos identificar a ansiedade em suas fases iniciais, estaremos em uma melhor posição para enfrentá-la.