Os 9 psicólogos mais famosos da história

Os 9 psicólogos mais famosos da história
Sara Clemente

Escrito e verificado por psicóloga e jornalista Sara Clemente.

Última atualização: 29 dezembro, 2022

Eles foram os fundadores de grandes escolas psicológicas. Pensadores que fizeram contribuições científicas fundamentais e que promoveram o desenvolvimento do pensamento e o conhecimento humano. Estamos nos referindo aos 9 psicólogos mais famosos e importantes da história desta ciência.

São autores clássicos que marcaram um antes e um depois na psicologia. Suas correntes continuam sendo estudadas, são objeto de pesquisa e aplicadas no âmbito clínico. Trazemos uma pincelada da trajetória dos psicólogos mais famosos de todos os tempos a seguir.

Alguns dos psicólogos mais famosos da história

1. Wilhelm Wundt (1832-1920)

Este fisiólogo, psicólogo e filósofo desenvolveu o primeiro laboratório de psicologia experimental em Leipzig (Alemanha) em 1879. Seu renome se deve ao fato de que este acontecimento supôs o começo de um novo período da psicologia: a etapa científica.

Wundt foi o precursor do estruturalismo. Teve a inquietude de banir as questões filosóficas em torno da psicologia, porque acreditava que ela devia se concentrar em estudar o que era mensurável e a estrutura da mente. Ele se interessou pela escala dos processos mentais e por investigar as sensações, as ideias, a atenção e as emoções.

Wilhelm Wundt

2. William James (1842-1910)

Em contraposição a Wundt, surgiu nos EUA o funcionalismo de William James. Este filósofo norte-americano era partidário de que o importante era saber o funcionamento da mente para podermos nos adaptar ao entorno.

William James se aprofundou no conceito de inteligência, o que propiciou o nascimento da psicometria como ciência que estuda o uso dos testes para a avaliação da mente humana.

3. Ivan Pavlov (1849-1936)

Foi um fisiólogo experimental muito influenciado pela reflexologia russa (claro, antes do behaviorismo). Sem dúvidas, atualmente é considerado um dos psicólogos mais famosos do mundo. Defendia uma metodologia experimental objetiva e rigorosa. Fugia do que havia sido estruturado até o momento, como a introspecção de Wundt, que não podia ser medida.

É considerado o pai do condicionamento clássico por suas pesquisas sobre o sistema digestivo animal, especificamente o dos cachorros. Suas descobertas o levaram a formular a lei do reflexo condicional que, por um erro de tradução, foi chamada de reflexo condicionado.

4. Sigmund Freud (1856-1939)

Este médico e neurologista austríaco de origem judia é considerado uma das maiores figuras intelectuais do século XX. Além de ser o pai da psicanálise, sua teoria do inconsciente continua sendo um dos pontos de referência mais importantes da psicologia.

Freud foi o primeiro cientista que falou de traumas emocionais, de etapas sexuais do desenvolvimento, de conflitos mentais, da tríade da personalidade e do significado dos sonhos. Assentou precedentes por seu foco revolucionário no estudo da mente e da personalidade.

5. Jean Piaget (1896-1980)

Durante a década de 30, sob um domínio total do behaviorismo, destacaram-se duas escolas centradas na psicologia do desenvolvimento ou evolutiva. Uma delas, a Escola de Genebra, teve como estandarte principal Jean Piaget.

Seu principal objetivo foi analisar o desenvolvimento do conhecimento e criar uma teoria geral do mesmo. Foi, portanto, criador da epistemologia genética, a ciência do desenvolvimento do conhecimento. Também se transformou em um dos psicólogos mais famosos por suas contribuições ao estudo da infância.

Jean Piaget

6. Carl Rogers (1902-1987)

Junto a Maslow, foi um dos máximos representantes da psicologia humanista. Contra a psicanálise, Rogers tinha uma visão positiva do homem. Defendia a ideia de que o ser humano é bom por natureza e, portanto, não deve ser controlado com os mecanismos de defesa, deve se expressar para ser livre, para poder ser ele mesmo.

Desenvolveu a terapia centrada no paciente, ou não diretiva. Baseou-se na existência de uma capacidade latente e manifesta em todas as pessoas, que lhes permite resolver seus problemas. Para exercitá-la, é preciso ter um contexto determinado no qual alcançará sua satisfação pessoal e um funcionamento pleno e adequado.

“O importante é criar uma situação que permita ao paciente ser ele mesmo.”
– Carls Rogers –

7. Burrhus Frederic Skinner (1904-1990)

Foi o principal representante do behaviorismo e foi muito influenciado por Pavlov. Determinou a existência de dois tipos de respostas, mas se concentrou nas operantes. Para isso, criou um paradigma experimental, um trabalho pioneiro em psicologia, que chamou de câmara de condicionamento operante.

Em contraposição à psicanálise, concentrou-se no mecanismo do comportamento reforçador e deixou de lado o inconsciente. Era partidário de que as consequências de nossas ações podem aumentar ou diminuir a probabilidade da conduta.

8. Abraham Maslow (1908-1970)

Este autor recebeu uma ampla formação que lhe outorgou uma visão global do ser humano. Bebeu do behaviorismo de Thorndike, dos preceitos da Gestalt, indagou a antropologia e se interessou por conceitos de psicanálise de Fromm, Horney e Adler.

Tal variedade lhe permitiu ser um dos fundadores e principais expositores da psicologia humanista. Além disso, se destacou por introduzir a pirâmide das necessidades, baseada na ideia de que as pessoas se realizam por meio da satisfação de uma série de necessidades hierarquizadas segundo a sua urgência.

Abraham Maslow

9. Albert Bandura (1925 – atualidade)

Aos seus 91 anos, este psicólogo canadense pode presumir ter consolidado a importância da cognição em relação à conduta e da sua teoria da aprendizagem social. Seu postulado do determinismo recíproco, segundo o qual a pessoa, situação e conduta estão em mútua interdependência, foi um avanço fundamental para o programa cognitivo.

Suas contribuições sociocognitivistas forneceram uma verdadeira abordagem da personalidade. Propõe um sujeito proativo; que se auto-organiza e interpreta a realidade e a si mesmo.

O último dos psicólogos mais famosos da história, o número 10, deixamos a sua escolha. Quem você acha que, por suas contribuições, citações, colaborações ou repercussão de suas pesquisas, merece ocupar este posto? Kurt Lewin? Lev Vygotsky? Erich Fromm? Conte para nós.


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