Abrace o seu momento presente para melhorar, 6 dicas da ACT

Abrace o seu momento presente para melhorar, 6 dicas da ACT

Última atualização: 21 maio, 2015

As terapias de Aceitação e Compromisso, conhecidas como ACT, nos trazem um olhar interessante a partir do qual enxergar a vida, para encontrar novos caminhos que reorientem melhor a nossa realidade pessoal. Trata-se de uma tendência eclética que coloca ênfase na pessoa, na sua realidade única e particular, aceitando seus valores e o seu momento presente; uma terapia cognitiva-comportamental e humanística que se apoia também nas tendências de mindfulness (consciência plena) para demonstrar a sua assertividade e eficácia em infinitas situações pessoais cujo sucesso está sendo revalorizado ultimamente principalmente em situações clinicas.

Qual o objetivo da ACT?

A sua finalidade é nos possibilitar uma vida íntegra e significativa de acordo com nossos próprios princípios. Ela não tem a intenção de mudar a nossa forma de ser ou a nossa personalidade, trata-se de aprofundar a nossa própria consciência para nos ajudar a aceitar o que somos, com nossos sofrimentos e defeitos. Se nos comprometermos conosco, aceitando tudo que fizermos, tudo que vivermos e sentirmos, encontraremos a chave para direcionar a nossa vida para esses caminhos mais alinhados com nossas próprias necessidades e desejos.

Aceitar seus próprios demônios

Segundo esta tendência, o resto das terapias se concentra em ver o sofrimento psicológico como algo anormal, como uma doença. A ACT assume que a dor psicológica é própria da mente humana, é uma realidade que toda pessoa experimenta em algum momento da vida; “não é uma anormalidade” nem somos pessoas defeituosas por sentir medo, ansiedade, estresse, angústia, dor…

O segredo está na nossa própria linguagem. A palavra nos ajuda a criar e imaginar coisas, a criar mapas e modelos. As vezes também serve para “reviver nossos momentos escuros”, para criticarmos a nós mesmos e até para nos condenarmos. Devemos aprender a mudar a nossa linguagem para preparar essa luta em busca de melhorias e superações. Valorizar a si mesmo começa pela palavra.

Os seis princípios da ACT

O objetivo principal das terapias de ACT é nos dar a oportunidade de desenvolver a nossa própria flexibilidade psicológica, aceitando-nos e procurando em nossa consciência estratégias e caminhos de melhoria.

1- Aceitação: Devemos aceitar nossas emoções, sensações e experiências sem lutar contra elas ou evitá-las. Sofrer é parte normal da vida, mas o ser humano tem suficiente capacidade para se sobrepor e aprender com as coisas vividas. Devemos assumir, compreender-nos, aceitar a enorme capacidade do ser humano para encontrar soluções e nos superarmos. A dor nos bloqueia, é verdade, mas não devemos evitá-la ou irá nos perseguir ainda mais. A ACT diz que as vezes é preciso abraçar nossos demônios para deixá-los ir.

2- Disfunção cognitiva: Devemos aprender a ver os pensamentos, lembranças e imagens como parte da nossa própria linguagem. Os pensamentos ou lembranças não são regras para obedecer, e sim caminhos do nosso ser que podemos usar para o nosso próprio benefício.

3- Contato com o presente: É preciso apreciar o “aqui e agora“. O presente nos determina, nos oferece compromisso e responsabilidade.

4- O eu observador: É recomendável que desenvolvamos técnicas para escutar a nossa própria consciência, porque ela é a verdadeira essência da pessoa. Os pensamentos e as emoções vêm e vão segundo o momento presente vivido, mas atrás deles estamos nós, nosso próprio EU.

5- Valores: Você sabe classificar o que é mais importante para você? Dê uma olhada no seu interior, na sua consciência, no seu coração, indague a si mesmo, conheça-se, descubra o que é valioso e imprescindível.

6- Ação comprometida: Sempre é recomendável estabelecer metas que estejam associadas a nossos próprios valores, para que dessa forma a nossa atitude em direção às conquistas tenham maior motivação e sentido para nós mesmos.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.