Aprenda a respirar quando as emoções tomarem conta de você

Aprenda a respirar quando as emoções tomarem conta de você

Última atualização: 16 outubro, 2019

As emoções são como bússolas que nos guiam, nos impulsionando à ação na maioria dos casos (não em todos; lembre-se, por exemplo, de que o medo pode ter um efeito paralisante). Mas, o que acontece quando deixamos que as emoções assumam o comando, com toda a sua energia, sem controle algum? Em primeiro lugar, o mais provável é exagerarmos na hora de agir, uma coisa que pode chegar a influenciar a nossa autoestima, especialmente a segurança que temos em nós mesmos.

Conseguir um equilíbrio emocional é um processo que requer prática e treinamento. Imagine que você precise subir em uma montanha-russa diariamente, para se sentir descarregado e motivado. Embora na hora possa ser que a intensidade emocional lhe caia bem, é possível que você termine desgastado de tantas subidas e descidas emocionais. Não só isso, o mais provável é que você acabe desorientado e colocando em questão todos os projetos da sua vida.

“Assuma o controle das suas emoções de forma coerente e consciente, e transforme as experiências da sua vida cotidiana”.
–Anthony Robbins-

Por que as emoções superam você?

Você precisa expressar as emoções intensamente para sentir que está vivo? O estouro emocional com frequência está associado à dramatização ou ao exagero. Mas nem sempre tem que ser assim. Talvez você precise sentir as emoções e expressá-las com muita intensidade, talvez seja o seu jeito de mostrar o que você sente e/ou talvez você não saiba fazê-lo de outra forma.

Mulher chorando

A intensidade emocional também está relacionada a pessoas que são altamente sensíveis, com muita empatia e capacidade de se colocar na pele dos outros. As pessoas muito afetadas por qualquer coisa podem sentir culpa ou exigir demais de si mesmas. Lembre-se de que não é fácil administrar a própria emoção que vem de se sentir extrapolado pelas emoções o tempo todo.

As emoções são como ondas, que vêm e que vão

Todas as emoções são válidas e necessárias para o seu desenvolvimento: todas elas têm uma função adaptativa. Não existem emoções boas ou ruins, e também não existem jeitos de sentir melhores ou piores. É importante se permitir sentir todas as emoções, encontrando uma forma para que sejam mais fáceis de levar.

Toda emoção, por mais intensa que seja, no fim das contas, vai embora se você a deixar fluir. As emoções são como ondas, que vêm e que vão, mas é importante não se deixar arrastar por elas. Não permita que elas o inundem, e para isso, procure encontrar a forma mais sadia de expressá-las.

“A habilidade de fazer uma pausa e não agir com o primeiro impulso se tornou um aprendizado crucial na vida cotidiana”.
-Daniel Goleman-

A respiração é a base para as suas emoções mudarem

A respiração é o pilar que sustenta todas nossas emoções. Dependendo de como respirarmos, sentiremos a emoção com uma intensidade ou outra, e isso pode até condicionar o tipo de emoção que predomina em nós. Por exemplo, se você respira de forma mais agitada e rápida, talvez se conecte com a angústia, a ansiedade ou a raiva. No entanto, você pode pausar a sua respiração e se concentrar em expulsar mais ar do que entra pelas suas fossas nasais, e certamente conseguirá ficar mais tranquilo.

A ansiedade, o medo, o estresse que você sente podem provocar falta de ar ou respirações rápidas e superficiais. Por outro lado, respirar mais lentamente ajuda o seu corpo a permanecer em um estado mais relaxado.

Aprenda a respirar quando as emoções inundarem seu corpo

Para aprender a respirar as emoções que extrapolam, primeiro será necessário:

Identificar suas sensações físicas

Observe se você está sentindo um nó na garganta, uma bola no estômago, uma sensação de cócegas nas costas…

Observe que emoção básica existe por trás da sua sensação física

Temos 4 emoções básicas que surgem por trás de qualquer sensação corporal que vivenciamos. Dar nome ao que você sente ajudará a dar sentido a sua experiência.

Respirar a emoção e expressá-la

Dê espaço à emoção em toda a sua intensidade, não tente controlar suas emoções. O controle irá levá-lo à respiração emocional. Se você pode simplesmente respirar, já estará administrando-a de forma diferente.

Se você está chateado, esfrie a cabeça

Em vez de acumular e depois expressar a sua raiva como uma bomba sobre os outros, você pode esperar a emoção esfriar e então procurar uma forma mais assertiva de expressar o que sente.

Se ainda assim você precisa soltar a sua raiva para que ela não o supere, você pode procurar um jeito de canalizá-la sem se ferir. Por exemplo, uma almofada, uma toalha para retorcer, uma garrafa de plástico que você possa amassar sempre pensando naquilo que irrita você, quanto mais preciso você for para expressar a emoção, melhor. Trata-se de liberar a energia física que contém a emoção.

Bolinha para aliviar o estresse

Um exercício prático para trabalhar a sua respiração e as emoções

Expirar (deixar o ar sair lentamente) é o que se associa ao relaxamento. Ao contrário, a inspiração (deixar o ar entrar) está associada mais ao estresse ou ansiedade. Por outro lado, lembre-se de que aprender a respirar com tranquilidade requer uma prática diária. Podemos dividir tal prática em cinco passos:

  • Respire normalmente pelo nariz com a boca fechada.
  • Deixe o ar sair lentamente pelo nariz com a boca fechada.
  • Ao deixar o ar sair, repita mentalmente a palavra “calma” ou “relaxado” (ou alguma outra palavra que seja relaxante para você), muito lentamente.
  • Conte lentamente até quatro e em seguida inspire novamente o ar.
  • Pratique este exercício várias vezes ao dia, realizando entre 10 a 15 respiração por vez.

Quanto mais você praticar a sua respiração, mais fácil será administrar suas emoções, em vez de elas tomarem conta de você ou superá-lo. O equilíbrio emocional está diretamente relacionado a aprender a usar as próprias emoções para se comunicar consigo mesmo e com os outros de uma forma sadia.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.