Chuck Feeney, biografia de um filantropo

A coisa mais admirável em Chuck Feeney é que ele é um homem íntegro, que cumpre com as suas convicções. Os milhões que ele conseguiu acumular não mudaram sua maneira de ser e de pensar. Abrir mão disso tudo também não foi uma grande mudança. Ele é um grande exemplo.
Chuck Feeney, biografia de um filantropo
Sergio De Dios González

Escrito e verificado por o psicólogo Sergio De Dios González.

Última atualização: 08 agosto, 2020

É devido a uma casualidade que hoje podemos falar sobre a biografia de Chuck Feeney, um extraordinário filantropo e modelo para o mundo. Não é possível saber quantas pessoas ele ajudou, mas pode-se presumir que elas estejam na casa dos milhares, ou talvez milhões. Ele se encarregou de distribuir toda a sua fortuna, secretamente, e apenas o acaso fez com que seu nome fosse revelado.

Dizem que Chuck Feeney é exatamente o oposto de Donald Trump. Este último nunca escondeu a sua fraqueza particular pelo dinheiro e o seu pragmatismo mercantil. Ferney, por outro lado, é exatamente o contrário.

É inteligente ser frugal.”
-Chuck Feeney-

Enquanto Trump trabalhou para entrar na lista dos mais ricos, Chuck Feeney procurou ficar fora dela. Dizem que Feeney ganhou e doou seu próprio dinheiro, mas o atual presidente dos Estados Unidos fez a sua fortuna trabalhando com o dinheiro de outras pessoas.

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Biografia de Chuck Feeney, uma origem humilde

Ao analisarmos a biografia de Chuck Feeney vemos que ele não é o herdeiro de uma grande fortuna, mas conseguiu ganhar milhões de dólares graças ao seu próprio esforço. Ele nasceu em 23 de abril de 1931 em Nova Jersey (Estados Unidos). Ele veio de uma humilde família irlandesa, recém-chegada à América do Norte, composta por uma mãe que era enfermeira e um pai que vendia seguros.

Feeney nasceu no auge da Grande Depressão nos Estados Unidos. Tudo era escasso naquela época, então ele foi criado em meio a grandes limitações. Seu primeiro trabalho foi aos 10 anos e consistia em vender cartões de Natal de porta em porta para conseguir algum dinheiro extra.

Mais tarde, ele se alistou na Força Aérea do seu país e serviu na Guerra da Coreia. Depois, ele se aproveitou de um programa do governo de benefícios para veteranos e pôde concluir o ensino superior na Universidade de Cornell, em Nova York. Lá, ele se formou como administrador hoteleiro e foi a primeira pessoa na sua família a obter um diploma universitário.

Uma grande fortuna

Chuck Feeney, juntamente com Robert Miller, fundou a empresa Duty Free Shoppers (DFS) em 1960. Este foi o pioneiro nas lojas Duty Free e começou a vender mercadorias para tropas dos Estados Unidos em outros países. Os negócios começaram a crescer e logo se tornaram uma startup muito bem-sucedida.

Em alguns anos, Feeney estava na vanguarda dos mercados Duty Free do mundo e se tornou um milionário que, para alguns, tinha algumas “excentricidades”. Ele não tinha gostos extravagantes, não desafiava o perigo ou pagava milhões em leilões de objeto ridículos. O exótico era que ele continuava se comportando de forma humilde.

Ele não gostava de restaurantes caros e sempre viajava na classe econômica. Ele usava um relógio que custava US$ 15 e nunca foi visto em grandes eventos. Quando ele já tinha uma grande fortuna, decidiu que era mais do que ele e a sua família precisavam. Então, secretamente, ele criou o The Atlantic Philanthropies e começou a doar o seu dinheiro.

A grande fortuna de Chuck Feeney

Um grande ser humano

Atualmente, Chuck Feeney é o cidadão norte-americano que doou proporcionalmente mais dinheiro em toda a história do país. Estima-se que, no total, ele tenha doado 8 milhões. Outros doaram números mais altos, mas sempre guardam a maior parte da fortuna para si. Feeney não: basicamente, ele deu tudo o que tinha.

Ele reservou apenas dois milhões de dólares, que considerou suficientes para ele e a sua família viverem. Atualmente, ele mora em um apartamento alugado em San Francisco. Ele não tem carro, continua viajando na classe econômica e sempre come em lugares modestos.

Chuck Feeney queria que todo o seu trabalho fosse mantido em segredo. No entanto, o processo com algumas das suas ações revelou o que havia acontecido com a sua fortuna. Isso terminou, por exemplo, melhorando o sistema de saúde em Cuba e no Vietnã, contribuindo também para a paz na Irlanda e financiando programas na África do Sul.

Quando lhe perguntam por que ele fez tudo isso, ele simplesmente responde que está feliz em saber que o mundo é um lugar melhor graças ao que ele fez. Ele não tinha nenhum propósito em particular ao fazer suas doações, simplesmente queria fazer os outros felizes. Ele próprio vive feliz com o que é e com o que alcançou.


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  • Panasiuk, A. (2018). El hombre más rico del mundo: Y las ideas que construyeron su patrimonio. Grupo Nelson.


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