Biografia de Martin Luther King, um defensor dos direitos humanos

O mais impressionante sobre Martin Luther King foi a coerência com a qual ele defendeu e lutou pelos seus princípios e ideais. Ele era um pacifista, mas também um ativista radical que fez progressos históricos no campo dos direitos civis e da não-segregação racial.
Biografia de Martin Luther King, um defensor dos direitos humanos
Gema Sánchez Cuevas

Escrito e verificado por a psicóloga Gema Sánchez Cuevas.

Última atualização: 30 maio, 2020

Conheça a biografia de Martin Luther King, um herói de carne e osso, com todas as letras.

Ele incorporou uma daquelas figuras que surgem uma vez por século e que representam o melhor do ser humano. É considerado um dos personagens mais importantes da história dos Estados Unidos e do mundo.

O grande mérito desse pastor batista foi ter alcançado um progresso histórico no reconhecimento dos direitos civis e no fim da segregação racial em seu país. O interessante é que tudo foi alcançado usando métodos não violentos e sustentados apenas por sua inteligência, carisma e liderança.

“Dê o primeiro passo com fé. Você não precisa ver a escada inteira. Basta subir o primeiro degrau”.
-Martin Luther King-

Martin Luther King é uma daquelas figuras históricas que mostraram uma grande congruência entre seus pensamentos e suas ações. Mais do que um líder político, foi um guia espiritual.

Mais do que a convicção sobre a importância dos direitos civis, era encorajado por suas profundas crenças religiosas. Por isso, a ética e o ativismo eram uma realidade única nele.

Estátua de Martin Luther King

A biografia de Martin Luther King, um jovem brilhante

Martin Luther King nasceu em 15 de janeiro de 1929 em Atlanta, Estados Unidos. Seu pai era um pastor batista e sua mãe uma organista da igreja. Ele tinha dois irmãos, um mais velho e uma irmã mais nova. Seu avô paterno também havia sido pastor e ele o foi até sua morte.

Quando tinha 6 anos, dois de seus amigos, que eram brancos, anunciaram que haviam sido proibidos de brincar com ele por seus pais, porque ele era negro.

King frequentou escolas públicas e teve um desempenho brilhante. Por causa de suas habilidades, pôde pular algumas séries. Por isso, entrou na universidade aos 15 anos.

Obteve seu doutorado em filosofia aos 25 anos, na Universidade de Boston. Pouco antes, casou-se com Coretta Scott, com quem teve quatro filhos. Depois de terminar seus estudos, foi nomeado pastor da Igreja Batista na cidade de Montgomery (Alabama).

Um ativista experiente

O episódio que marcou um antes e um depois na vida de Martin Luther King ocorreu em 1955. Naquela época, prevalecia uma hostilidade muito evidente contra os negros no Alabama.

Naquele ano, ocorreu um fato que mudou a história dos Estados Unidos, do qual King foi o protagonista. Uma mulher chamada Rosa Parks se recusou a ceder assento a um branco no ônibus.

Depois disso, Martin Luther King liderou um boicote aos ônibus da cidade, em um forte protesto que durou mais de um ano. Os negros se recusaram a usar ônibus e alguns deles tiveram que caminhar até 30 quilômetros por dia para ir trabalhar.

Tudo terminou quando a Suprema Corte declarou ilegal a discriminação nos ônibus de Montgomery. Desde então, King nunca parou de liderar protestos pacíficos contra os direitos civis e contra a segregação racial.

Em 1963, liderou uma marcha para Washington e lá fez o famoso discurso conhecido como I have a dream /Eu tenho um sonho. Nesse, expressou seu desejo por um mundo igualitário.

Ilustração de Martin Luther King

Uma vida ceifada precocemente

Embora Martin Luther King tenha sido radical no uso de métodos não violentos, foi submetido à violência e à repressão muitas vezes. No total, foi preso 20 vezes. Quase sempre recebia a opção de pagar fiança em troca da sua liberdade, mas a recusava.

Sua casa foi atacada várias vezes e o FBI infiltrou pessoas para fazer um monitoramento exaustivo de todas as suas atividades.

Dizem que entre 1957 e 1968 ele fez marchas e caminhadas que totalizaram 10 milhões de quilômetros. Nesse mesmo período, ele fez cerca de 2.500 discursos públicos. I have a dream, seu discurso mais emblemático, foi improvisado diante da enorme multidão que o cercava.

Aos 35 anos, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Até hoje, foi a pessoa mais jovem a obter esse reconhecimento.

Quatro anos depois, em 4 de abril de 1968, Martin Luther King foi morto por uma bala que alguém disparou enquanto ele estava em uma varanda. Os autores, bem como os motivos do homicídio, são objeto de controvérsia até hoje.


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  • Prat, E. (2004). Pensamiento pacifista: Henry D. Thoreau, Leon Tolstói, Ghandi, Albert Einstein, Virginia Woolf, Hannah Arendt, Martin Luther King, EP Thompson. Icaria.

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