5 características que definem as famílias tóxicas

As famílias tóxicas ou disfuncionais dificultam a felicidade e o bom desenvolvimento de seus membros. Descubra as características delas nesse artigo!
5 características que definem as famílias tóxicas
Gema Sánchez Cuevas

Escrito e verificado por a psicóloga Gema Sánchez Cuevas.

Última atualização: 11 maio, 2022

As famílias disfuncionais, comumente conhecidas como famílias tóxicas, são criadas por meio de padrões de comportamento nocivos que não respeitam a individualidade de todos os seus membros.

É comum que as crianças dessas famílias sejam alvo de agressões psicológicas ou físicas que prejudicam o desenvolvimento e crescimento saudável de um clima afetivo e estável. Seja como for, as famílias tóxicas são tão diversas quanto as atitudes destrutivas.

No entanto, quando certas características ocorrem dentro de um mesmo sistema familiar, é possível que estejamos falando de um ambiente de emocionalidade ambivalente, que é identificável. Mas quais são essas características? Vamos ver algumas delas.

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1. A ausência de individualidade

As famílias tóxicas não são propriamente especialistas em respeitar o espaço vital de seus membros. Portanto, acabam por converter dinâmicas afetivas livres em dinâmicas afetivas coercitivas.

Os componentes dessa família acabam sendo unidos por obrigação, não por devoção. Onde dizemos unidos, deve-se ler presente. Uma pessoa contaminada por contatos tóxicos que minam sua individualidade acaba sendo vítima da necessidade de aprovação.

Isso implica a assunção de responsabilidades dissonantes e insalubres. Os integrantes assumem atitudes extremas de superproteção ou agressão, o que inviabiliza o desenvolvimento afetivo-social saudável.

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2. Superproteção ou negligência total

Novamente falamos de extremos. Como sabemos, nenhum dos dois é bom. Entenda então que a superproteção é o polo oposto da autonomia e da liberdade, razão pela qual gera grande dependência e danos emocionais.

Se resgatarmos nossos entes queridos de todo mal, então os privaremos da oportunidade de crescer e aprender a desenvolver suas próprias estratégias de resolução. Isso gera uma intensa e devastadora sensação de inutilidade.

As pessoas superprotetoras obtêm grandes ganhos secundários do cuidado excessivo, pois dessa forma tornam os superprotegidos dependentes e mantêm suas vidas controladas em todos os aspectos. Isso é, de certa forma, sinônimo de manipulação.

Em outro ponto oposto está o total descaso com a paternidade ou o contato emocional dentro da família. Isso é quase o mesmo que falar de abandono, uma das grandes feridas da infância que persiste quando somos adultos.

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3. A regra do “o que não se fala não existe”

Evitar abordar um problema é uma das características mais comuns e prejudiciais. A comunicação deteriorada é evidente em sua forma mais pura. Na realidade, o isolamento verbal não implica em não comunicação, pois até o silêncio comunica.

Nesses casos, o que o silêncio transmite é tensão e perigo, que coexiste com a mensagem discordante e autodestrutiva de “nada acontece” ou “está tudo bem”.

Não falar dos conflitos gera verdadeiras bombas emocionais. Essas bombas aumentam com o tempo, derrubando todos os castelos quando um dia, de repente, explodem. Isso implica a destruição de todo bem-estar, mesmo que seja pura miragem.

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4. Falta de flexibilidade e limites difusos

A falta de flexibilidade em todos os aspectos impacta na ausência de limites saudáveis. Se um dos membros muda, o drama aumenta exponencialmente. Claramente, os membros da família acionarão todos os alarmes se alguém começar a se amar e mudar de atitude.

Os papéis são estabelecidos por meio de regras não escritas, de modo que tudo o que põe em risco o conforto ou calma familiar provocará atitudes extremas e dramáticas.

Também podemos nos encontrar com uma total e absoluta ausência de limites, o que produz uma falta de regulação emocional dos membros. Novamente encontramos a tendência ao drama, quer isso ocorra de forma velada ou não.

5. Abusos

Logicamente, todas essas disfunções na comunicação, na afetividade e na responsabilidade levam os familiares a cometerem abusos. Dentro da família costumam ser vistos como conflitos habituais em um núcleo como este, mas estão longe de ser normais.

Esses abusos podem ser contra os outros, como abuso físico ou emocional, ou contra si mesmo. É neste último caso que aparecem os vícios e a automutilação, por exemplo.

Essas 5 características são pilares sobre os quais se baseia a engrenagem das famílias tóxicas ou das famílias disfuncionais. Tomar consciência disso pode nos ajudar a resgatar nossa individualidade e a das pessoas ao nosso redor.


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