Comida e emoções, um binômio fantástico

Comida e emoções, um binômio fantástico

Última atualização: 31 julho, 2015

Você já escutou o ditado “O homem é aquilo que come”? Nada mais certo, mas também, nada mais subestimado. Certamente você já leu mil vezes sobre a importância de se alimentar de forma saudável e os malefícios que uma alimentação do tipo “fast food” e cheia de açúcar pode causar a sua saúde. Diariamente são oferecidos diversos produtos para conseguir esta alimentação ideal.

Pouquíssimas vezes, contudo, temos consciência do que comemos ou de por que o fazemos. Apenas prestamos atenção neste assunto quando queremos controlar o peso ou estamos doentes. Para a maioria de nós, a alimentação é um assunto mais de gosto que de análise, e não nos detemos a pensar que possivelmente o que sentimos é influenciado pela comida.

O que a comida diz sobre nossas emoções?

Nos sentimos inclinados a alguns alimentos e rejeitamos outros, mas não somos conscientes em relação ao motivo. Também mudamos de hábitos: às vezes morremos por um sorvete e, em outras ocasiões, qualquer doce nos parece muito enjoativo. Quais são os mecanismos que influenciam estas sensações?

Pesquisadores do assunto indicam que, a princípio, existe uma relação direta entre a quantidade de energia que entendemos como necessária e a inclinação a consumir certos produtos. O gosto por café, chá preto, chá-mate ou carne associa-se à percepção interna de que carecemos de energia. Em contrapartida, o uso excessivo de açúcar ou álcool relaciona-se à sensação de que temos energia de sobra e precisamos compensar a ansiedade resultante.

O consumo de alimentos que aparentemente nos ajudam a regular a energia causa uma alteração do pH do sangue, o qual torna-se mais ácido. É então que surgem problemas digestivos no plano físico, e no plano emocional há aumento de irritabilidade, depressão, ansiedade e os medos são potencializados.   

Também é possível comprovar que procuramos sabores doces quando experimentamos sensações de abandono ou de falta de afeto. Não é pouco frequente a compensação da sensação de vazio existencial com chocolate.

Foram realizados diversos estudos sobre o consumo de junk food, a qual se caracteriza por ser muito condimentada, mas com pouquíssima quantidade de nutrientes. As conclusões indicam que quem se inclina a este tipo de alimentação busca inconscientemente manter-se em um estado de indiferença. Simplesmente não quer pensar, não quer sentir, deixa a vida passar sem se ater em vivê-la. Trata-se de uma forma de fugir daquilo que causa incômodo internamente.

Comer para se equilibrar emocionalmente

A alimentação é uma grande aliada para alcançar o equilíbrio “corpo e mente saudáveis” do qual tanto falaram os antigos gregos. De acordo com especialistas, o grupo de alimentos que melhor contribui para regular as emoções são os cereais. Eles são ricos em vitamina B, que influencia diretamente o sistema nervoso. Estabeleceu-se que o consumo frequente de cereais proporciona a diminuição da ansiedade e uma melhor disposição.
Alguns alimentos consumidos em excesso aumentam a produção de adrenalina, causando a falta de concentração e a tendência à evasão. A este grupo pertencem os estimulantes (café, chá, mate), o álcool, os açúcares refinados, as farinhas brancas, o leite integral e algumas frutas de sabor potente como o abacaxi, a banana, o abacate, a manga, o mamão e o coco.
Outros alimentos ingeridos em grandes quantidades provocam um efeito de passividade, abstração e dificuldade para agir. São as gorduras saturadas, os queijos salgados e secos, os ovos, os embutidos e o sal.
Os alimentos que podem ser consumidos regularmente para equilibrar as emoções e manter a boa saúde do corpo são as frutas secas, as verduras frescas, proteínas, vegetais, cereais, massas integrais, além de peixes e mariscos. Coma isso com calma e, se possível, em boa companhia! Isso aumentará o poder nutritivo de qualquer alimento.  

Imagem cortesia de Juan Ramón Rodríguez Sosa.


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