Como resolver conflitos relacionados a dinheiro

Como resolver conflitos relacionados a dinheiro
Gema Sánchez Cuevas

Revisado e aprovado por a psicóloga Gema Sánchez Cuevas.

Escrito por Yamila Papa

Última atualização: 05 janeiro, 2023

“Nesta casa não se fala de dinheiro ”, “Não se pode começar uma conversa de negócios sem discutir”, “O almoço de domingo vira campo de batalha quando alguém se lembra da herança da avó”, “Por causa das despesas, se separaram”. Quantas vezes já ouvimos frases semelhantes? Muito mais do que gostariamos.

As diferenças econômicas estão presentes em uma grande porcentagem de famílias em todo o mundo. Bem ao contrário do que deveria acontecer, quando “o sangue” vem primeiro. Os vínculos são afetados notavelmente em milhares de casos e é por isso que os especialistas aconselham evitar qualquer tipo de transação entre membros da mesma família, como compra-venda, empréstimo, negócio em comum, etc.

É preciso, então, deixar de lado tudo o que os une além dos laços, para  ter uma melhor convivência e prosperidade. No entanto, muitos consideram isso negativo e preferem iniciar um negócio com um familiar do que com um estranho. Mas até que ponto isso é benéfico?

Três fontes principais de conflito familiar podem ser identificadas onde o dinheiro é o culpado ou responsável:

1- Disputas conjugais: as disputas nas famílias, têm a ver com casais, pois um ganha mais que o outro, gasta em coisas sem importância, não economiza o que se espera, há compras excessivas com o cartão de crédito, o casal não concorda sobre em que investir, etc. Milhares de casamentos terminam em divórcio por causa do dinheiro, já que a situação é insustentável.
2-Empresas falidas: após ter tentado montar um negócio com um parente e este ter sido um fracasso, os problemas podem começar (mesmo durante o período em que o empreendimento não avança). É provável que muitas expectativas, otimismo e entusiasmo tenham sido colocados em relação às características do parceiro do negócio. O ruim é que depois os parceiros não podem mais “se reunir” para um jantar de Natal ou um aniversário, porque os momentos ruins vêm à tona, e eles podem acabar brigando.
3- Mau negócio entre familiares: vender um carro para um primo, emprestar dinheiro para uma tia, comprar uma casa de um sobrinho, etc. Isso pode ser bom se ambas as partes tiverem intenções nobres, mas nem sempre é o caso. Há momentos em que um dos dois procura ter uma vantagem, independentemente do fato de ter um parente à sua frente, a quem deve ver com mais frequência do que se fosse qualquer outra pessoa.

É possível evitar conflitos por dinheiro na família?

Existem milhares de exemplos de empresas familiares de sucesso e isso nos dá a diretriz de que se pode ter uma convivência “econômica” harmoniosa entre membros de um mesmo clã. O dinheiro pode ser uma força, uma ferramenta, uma forma de avançar ou melhorar, consolidar riqueza, mudar de emprego, oferecer uma nova oportunidade para quem não tem emprego, etc. Mas nunca, em hipótese alguma, deve ser um veículo para ferir, brigar, discutir, gritar, separar.

É necessário verificar antes de qualquer tipo de operação financeira, se os laços familiares são tão fortes quanto se pensa. A moral e os valores devem estar em sintonia. A unidade não é só se reunir apenas para comer uma vez por semana, vai além disso. É aceitar os outros, ajudar quando eles precisam, estar presente nas alegrias e nas tristezas .

Interesse-se pelo que acontece com seu pai, tio, primo, avô, madrinha, irmã; respeite suas escolhas e seu modo de vida. Estar disponível para ajudar, participar de festas e reuniões familiares, tudo isso nos dará a diretriz de que essa é uma união verdadeira e inquebrável, mesmo para situações que envolvem dinheiro.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.