4 dicas para ser mais tolerante

Ser tolerante significa abrir a mente, ouvir e respeitar as opiniões dos outros, mesmo quando não concordamos com elas. Descubra como desenvolver essa habilidade.
4 dicas para ser mais tolerante
Elena Sanz

Escrito e verificado por a psicóloga Elena Sanz.

Última atualização: 27 janeiro, 2023

A tolerância é uma virtude fundamental que todos devemos desenvolver, pois vivemos em sociedade e interagimos com outras pessoas diariamente. Ser mais tolerante nos ajuda, em primeiro lugar, a evitar discussões e conflitos interpessoais. Mas, além disso, permite-nos conhecer outras opiniões e pontos de vista. Então, por que isso é tão difícil para nós?

Os seres humanos constroem a própria identidade em torno dos seus valores, opiniões e crenças. Portanto, tentamos protegê-los e mantê-los inalterados ao longo do tempo.

Na verdade, sentimos que parte de quem somos está em jogo quando nos deparamos com perspectivas que contradizem as nossas, especialmente se não somos muito flexíveis e tendemos a pensamentos dicotômicos como “preto ou branco”. No entanto, se você quiser começar a ser mais tolerante, existem várias estratégias que você pode seguir.

Dicas para ser mais tolerante

Reconheça seus próprios preconceitos

Como já discutimos, é normal tentarmos manter nossas crenças intactas. E, para isso, implantamos diversos vieses cognitivos. Por exemplo, tendemos a buscar e aceitar informações que estejam de acordo com as nossas ideias e, da mesma forma, ignoramos ou rejeitamos o que as contradiz. Esse processo geralmente é automático e ocorre sem que estejamos totalmente cientes. Portanto, levar em conta essa tendência pode nos ajudar a abrir as nossas mentes.

Antes de invalidar uma ideia, pense se você está fazendo isso porque realmente não lhe parece verdadeira ou adequada, ou simplesmente porque vai contra a sua opinião atual. Da mesma forma, tente se informar sobre os diferentes pontos de vista a respeito de um mesmo assunto ao invés de permanecer na sua percepção inicial.

Abra-se para a diversidade

A intolerância muitas vezes surge da ignorância, de permanecer em círculos sociais fechados e em ambientes não muito diversos. Quando isso acontece, recorremos a estereótipos para julgar todo um grupo, ou tomamos partes como representantes do todo diante de uma ideia que, na verdade, não entendemos. Para evitar isso, nada melhor do que nos abrirmos ao diferente e ao novo.

Viajar, descobrir outras culturas, dialogar com pessoas de diferentes origens, opiniões e interesses pode ampliar muito a nossa perspectiva. Conhecer outras realidades em primeira mão certamente nos levará a uma atitude mais aberta e tolerante.

Escutar de forma ativa

Para ser mais tolerantes, é essencial aprendermos a ouvir. Muitas das nossas conversas nada mais são do que lutas de poder nas quais não estamos realmente interessados ​​no que o outro tem a dizer, simplesmente tentamos rebater seus argumentos (sem nem mesmo pensar sobre o assunto) e impor a nossa opinião como a única válida.

Ouvir implica mostrar um interesse genuíno pela fala do outro, atendê-lo, analisá-lo, refletir e fazer perguntas que nos ajudem a esclarecer o seu ponto de vista. Esse processo não necessariamente nos levará a mudar de ideia, mas nos permitirá entender quais são os motivos da outra pessoa e ter empatia por ela.

Esteja disposto a mudar de opinião

Embora possa não parecer, às vezes a intolerância reflete o medo de perder aquelas crenças que apoiamos há muito tempo. Mudar de ideia não é fácil porque implica reconhecer que erramos, e isso pode ser visto como uma fraqueza ou um fracasso.

Nada estaria mais distante da verdade: retificar é sábio e não existe vergonha em adotar uma atitude diferente diante de fatos que antes não conhecíamos. Isso reflete maturidade e nos ajuda a crescer como pessoas.

Esteja disposto a mudar de opinião

Ser mais tolerante não significa modificar quem somos

Em primeiro lugar, lembre-se de que ser tolerante não significa concordar com o que o outro pensa, apenas respeitá-lo. Todas as pessoas são diferentes, e nossas preferências, interesses e decisões vitais não podem ser consistentes com os de todos, mas isso não significa que devemos rejeitá-los.

Talvez você não compartilhe o estilo de vida escolhido por um amigo, não concorde com a opinião do seu parceiro sobre um determinado assunto ou não entenda por que outra pessoa tomou uma determinada decisão. No entanto, a intolerância só lhe causará sofrimento, raiva e inquietação, e criará conflitos interpessoais.

Respeito, escuta e uma mentalidade mais flexível irão ajudá-lo a alcançar relacionamentos mais harmoniosos e, talvez, a descobrir perspectivas que antes não havia levado em consideração.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Festinger, L. (1962). Cognitive dissonance. Scientific American. 207 (4): 93-107.
  • Butrus, N., & Witenberg, R. T. (2013). Some personality predictors of tolerance to human diversity: The roles of openness, agreeableness, and empathy. Australian Psychologist48(4), 290-298.
  • Riso, W. (2007). El poder del pensamiento flexible: De una mente rígida a una mente libre y abierta al cambio. Editorial Norma

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.