Contamos os verdadeiros amigos nos dedos de uma mão

Contamos os verdadeiros amigos nos dedos de uma mão

Última atualização: 04 setembro, 2016

Contamos os verdadeiros amigos nos dedos de uma mão. Isso é uma coisa que não surpreende a maioria de nós, uma vez que já chegamos a um certo estágio da vida e acumulamos muitas experiências.

Normalmente nos esforçamos para ter bons relacionamentos e nos conectarmos de verdade com alguém. Procuramos cúmplices, pessoas com as quais contar, amizades com as quais podemos abraçar a alma e explorar cada sentimento presenteado.

Contudo, nem sempre conseguimos e a maioria das nossas amizades acaba sendo pontual e não tão profunda como gostaríamos ou desejaríamos. Ou seja, não temos tantos “amigos da alma” como gostaríamos.

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Somente a metade dos que consideramos “amigos da alma” o são de verdade

Se pensarmos naqueles amigos especiais que acreditamos ter e lhes outorgarmos um título de honra nos nossos próprios corações, obteremos uma certa quantidade. Agora, deve-se dividir essa quantidade pela metade e esse será o número de “verdadeiros amigos” que temos.

Isto é o que confirma uma pesquisa realizada pela Universidade de Tel Aviv e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts: somente a metade dos que consideramos “amigos da alma” o são de verdade. Isto, sem dúvida, manifesta uma coisa que a experiência nos diz muitas vezes.

Uma equipe de cientistas das duas instituições mencionadas criou uma espécie de “máquina da amizade” que, por meio de um algoritmo, pode avaliar a bidirecionalidade e reciprocidade das nossas relações sociais.

Ou seja, de alguma forma o algoritmo pretende saber se aqueles que consideramos verdadeiros amigos também nos consideram igualmente e, portanto, nos colocam em um estágio semelhante ao que nós mesmos lhes outorgamos.

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Os resultados obtidos com essa máquina da amizade mostram que APENAS A METADE DAQUELES QUE CONSIDERAMOS AMIGOS DA ALMA PENSAM O MESMO DE NÓS.

A pesquisa original foi realizada com 84 pessoas e, depois, foi complementada com uma pesquisa realizada com estudantes em Israel, Estados Unidos e Europa. Assim, como afirma Erez Shmueli como responsável pela pesquisa:

“Descobriu-se que 95% dos participantes na pesquisa consideravam que seus relacionamentos de amizade eram recíprocos. Se você pensa que alguém é seu amigo, espera que essa pessoa também pense o mesmo de você. Mas isso não é verdade: apenas 50% dos entrevistados se encaixavam na categoria de amizade bidirecional, isto é, a que é gerada por ambos lados”.

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As verdadeiras amizades são raras

As verdadeiras amizades são raras. Não é uma coisa que nos encha de surpresa, não é mesmo? Contudo, é uma coisa inquietante. Realmente não se pode generalizar e afirmar que o mesmo acontece com todo mundo, mas o fato é que acontece com a maioria dos nossos contatos.

Talvez certas circunstâncias de vida nos unam ou separem daquelas pessoas que hoje consideramos (ou ontem consideramos) amigos. Não é então questão de quantidade, e sim de qualidade. Com o passar do tempo e as circunstâncias vitais que nos rodeiam aprendemos a gostar mais dos nossos companheiros de vida, mas o número destes se reduz notavelmente.

Este fato em si mesmo não é ruim, nem estranho, mas simplesmente uma lei da existência. Com o tempo os sentimentos se tornam mais intensos para com aqueles que nos dão mais confiança e, portanto, nos trazem melhores “vibrações”.

Muitas vezes é uma questão de instinto e de proximidade, pois se pensamos que nos fazem bem, levaremos a confiança e os bons sentimentos como bandeira. Isto nos aproximará das pessoas que gostamos e criará amizades limpas e sinceras, dessas que chamamos de “verdadeiras”…

Ilustrações de Kristina Webb.


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