Curiosidades sobre mentiras
Pode-se afirmar que nenhum ser humano escapou da mentira. Todos mentimos de vez em quando e, da mesma forma, todos fomos enganados alguma vez. Acredita-se que a capacidade de mentir seja uma habilidade adquirida evolutivamente, pois a vida de uma pessoa pode depender de fingimento, camuflagem e outras habilidades associadas.
Segundo pesquisa realizada em 2018, as pessoas são capazes de detectar até 54% das mentiras. Se o interlocutor for conhecido ou lhe for dada atenção especial, a percentagem aumenta. Em geral, as mulheres são mais hábeis em detectar mentiras, pois tendem a reconhecer melhor as emoções humanas.
Outra das curiosidades sobre a mentira é que os famosos “detectores de mentiras” nunca funcionam cem por cento. Embora sejam geralmente eficazes com a pessoa comum, também é possível que alguém se treine para enganar o dispositivo e ter sucesso. Vamos ver outras curiosidades sobre este tema.
“As grandes massas sucumbirão mais facilmente a uma grande mentira do que a uma pequena.”
-Adolf Hitler-
Algumas curiosidades sobre mentiras
Muitos pensam que as crianças pequenas não conhecem a mentira, mas não é assim. Estima-se que o ser humano comece a mentir por volta dos 2 anos de idade. A princípio, os pequenos fantasiam sobre a realidade, mas logo descobrem que uma ou outra mentira pode lhes trazer benefícios.
Os psicólogos descobriram que é mais fácil mentir para si mesmo do que para os outros. Uma pessoa comum raramente testa a validade de suas próprias ideias ou crenças. Em geral, ela se dedica mais a justificá-las. Essa é uma das razões pelas quais muitas vezes as pessoas acabam acreditando na mentira que contaram aos outros.
Acredita-se que uma pessoa média recorra à mentira de uma a dez vezes por dia. Isso significa que cerca de 365 mentiras são contadas por ano e que um jovem de 20 anos terá contado cerca de 7.300 mentiras em sua vida. Obviamente, na maioria dos mentirosos, esse número pode ser o dobro ou o triplo.
Mentiras e o corpo
Os vestígios da mentira permanecem no corpo. As evidências disponíveis apóiam a ideia de que, quando uma pessoa mente, ocorre o efeito Pinóquio. Consiste na ponta do nariz ficar um pouco mais vermelha. Também é comum que haja alguma coceira. É por isso que, quando alguém conta mentiras, provavelmente toca o nariz.
Da mesma forma, há uma mudança na temperatura do rosto que é mais perceptível no canto interno do olho. Claro, seria preciso tocar em alguém e ter um tato altamente desenvolvido para perceber isso. Em vez disso, há um sinal mais óbvio de mentira: tocar o pescoço como se estivesse coçando.
Se você fizer uma pergunta cuja resposta seja “sim” ou “não”, é possível detectar se uma resposta negativa é verdadeira ou falsa. As pessoas tendem a balançar a cabeça; quando elas começam esse movimento à esquerda, você pode acreditar nelas.
Se a negação começar pela direita, elas estão mentindo. É porque o cérebro processa esse gesto em relação direta com o hemisfério a que corresponde. A esquerda lembra, enquanto a direita cria.
Mais curiosidades sobre mentiras
A ciência descobriu que o cérebro de quem mente com frequência é diferente do das pessoas sinceras. Um estudo realizado em 2018 e publicado no The British Journal of Psychiatry descobriu que os mentirosos compulsivos têm mais massa branca do que cinzenta no lobo frontal do cérebro.
Muitas vezes se pensa que é mais fácil enganar uma pessoa honesta do que um mentiroso descarado. Na realidade, ocorre o contrário. Quanto mais sincero alguém é, maior sua capacidade de detectar a falsidade nos outros. Por outro lado, os mentirosos costumam ter uma percepção fraca do que é verdadeiro e do que é falso, para que possam ser enganados com mais facilidade.
Finalmente, deve-se dizer que mentir é uma das armas fundamentais durante uma guerra. Há uma razão pela qual se diz que a primeira vítima de um confronto armado é a verdade. É por isso que toda vez que você ler informações sobre um lado conflitante, duvide de pelo menos metade do que eles lhe dizem.
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