Este curta-metragem nos ajuda a ver nossos defeitos como virtudes

Este curta-metragem nos ajuda a ver nossos defeitos como virtudes
Gema Sánchez Cuevas

Escrito e verificado por a psicóloga Gema Sánchez Cuevas.

Última atualização: 29 dezembro, 2022

Dizem que os grandes clássicos e as grandes obras de arte são classificadas assim porque podem ser interpretadas de maneiras diferentes, dependendo do observador. Hoje quero compartilhar com vocês um curta-metragem que me inspirou muito.

Talvez você esteja esgotado, entediado ou cansado da sua vida. Quase nada satisfaz e sua existência parece não ter sentido. Nada o preenche, e quando acha que algo pode devolver os seus sonhos, você se dá conta de que não era exatamente o que você esperava.

Seus complexos pesam cada dia mais. Você quase ousaria dizer que não gosta de si mesmo, nem por dentro, nem por fora. Para você o ideal seria não ser você, mudar e polir tudo aquilo que vê como “seus defeitos“. Certamente, se perguntarem como você é, seus adjetivos ao se descrever seriam todos obscuros e, às vezes, parece que você não pode sequer encontrar as palavras que o definem…

Esgotado de buscar milhares de opções para ver se seu sorriso volta, você acaba acreditando de maneira desesperada que não, que esta vida não é para você. E você age em consequência disso, como se não tivesse direito de desfrutar e ser feliz.

É assim que se encontra Anton, o protagonista de nossa história. Cansado, esgotado e oprimido por seus “complexos” e “defeitos”, decidindo tomar uma drástica decisão para colocar fim ao seu sofrimento e mudar sua existência.

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Quando nos vemos como um saco de defeitos

Anton, o protagonista do nosso curta, escolhe, como já havíamos dito, desaparecer e colocar um fim em sua existência. Assim, seus medos não poderão aparecer, não terá que ver seus defeitos e nem sequer se preocupará com suas limitações…

Às vezes, ainda que não cheguemos a tomar a decisão drástica de nosso protagonista, decidimos nos fingir de cegos e caminhar pela vida sem prestar atenção em nós… “Se eu não gosto disso, não olharei; me considero ruim em tal coisa, então vou ignorar…” quase chegando a nos desconhecermos completamente.

Também pode acontecer que façamos o contrário, que estejamos tão preocupados com nós mesmos que somente sejamos capazes de ver nossos defeitos ou aquilo em que não nos destacamos. A questão é não nos reconhecermos… Aceitar que só temos a condição de defeituosos e ficarmos com isso. Uma autêntica sabotagem a nós mesmos, na qual nos consideramos um saco de defeitos.

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A felicidade é uma atitude que nasce do interior

Compramos coisas, nos prendemos a sonhos, idealizamos nosso futuro e as pessoas que estão ao nosso redor, acreditamos que quando conseguirmos aquilo que nos propusemos, seremos felizes, mas a felicidade tão esperada nunca chega… Por quê?

A felicidade é uma atitude que é cultivada de dentro para fora.

A felicidade não chega com o que compramos, com as metas alcançadas ou por nos encontrarmos ao lado de alguém que amamos. Podemos ter tudo isso e não ter nenhum ápice de felicidade… A felicidade é uma atitude e, como atitude, todos nós podemos aprendê-la, mas sempre cultivando-a desde nosso interior.

Conheço pessoas nem tão bonitas, de nem tanto sucesso assim, nem tão ricas, nem tão perfeitas, mas que são realmente felizes. As pessoas felizes não se contentam em ter ou conseguir, mas em ser, apreciar e agradecer por tudo o que a vida oferece. Você pode ver em seus olhos… Elas decidiram ser felizes, cultivando sua atitude de se aceitar e amar a si mesmas.

Cada defeito pode ter sua pequena parte de virtude

As pessoas felizes não são felizes porque não têm defeitos, mas porque souberam descobrir a grandeza que se encontra em cada deles. Deixaram de se comparar com os demais porque compreenderam que não serve de nada se comparar, já que cada um de nós viveu determinadas circunstâncias, tem uma forma de ser e se relaciona de uma maneira específica.

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Você pode ser mais alto, eu mais baixa, ele mais tímido e ela mais extrovertida. A questão é que nossos “defeitos” não nos fazem melhores ou piores pessoas, fazem com que sejamos nós mesmos. Cada defeito tem escondida sua pequena parte de virtude, trata-se apenas de descobri-la.

Além disso, pode ser que falar não seja o seu forte, mas você se expressa maravilhosamente bem escrevendo, ou talvez seja complicado para você fazer coisas manuais, mas você se dá muito bem em esportes… Você já tentou descobrir quais são seus potenciais? Anton parece que descobriu o seu potencial por surpresa, ao final da história…

Acredite no que digo, nunca deixamos de nos descobrir. Temos muitos segredos guardados em nosso interior que quase nenhum de nós sabe que podem existir, mas um dia aparecem ou você mesmo os encontra. A condição fundamental é que comecemos a amar a nós mesmos.

Lembre-se: não há ninguém como você, é impossível… Por isso, descubra-se, cuide-se e ame-se; certamente você não voltará a ser o mesmo.

Se nós mudarmos de atitude, deixarmos de nos comparar, começarmos a nos amar e tentarmos ver o aprendizado de cada circunstância que acontece conosco, o cansaço e falta de vontade sairão de perto de nós. Não seja como Anton e espere que seja muito tarde, porque não há nada mais bonito que começar a se cultivar por dentro e observar como a visão de tudo o que temos ao nosso redor muda…


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.